Capítulo 23
Energia amaldiçoada
Abril, 2021
Escola Técnica Superior de Jujutsu de Tokyo🌙
Depois do primeiro dia de treinamento com os alunos do segundo ano, Aikawa Eiko estava no seu quarto, lendo um livro de Alexandre Povoa. Sua mente por outro lado, estava em outro lugar. Estava pensando na última missão em que participou. Se distraiu disso também e começou a encarar o piso do quarto, assim que as vozes se agitaram.
Ela jurou sentir o cheiro de Sukuna do lado de fora do quarto, o que a fez parar de olhar o piso e encarar a porta.
Largou o livro sem marcá-lo e pulou da cama.
Itadori!
Ela abriu a porta e deu de cara com Gojou, que levantou uma mão.
- Yo!
O sorriso de Eiko se fechou e sua expressão ficou confusa.
- Vim trazer os resultados do seu exame sanguíneo. Vai ficar surpresa com o que eu descobri. Você é
- Sensei. - Ela o cortou e se aproximou dele, quase colando o rosto contra seu peito. - Está escondendo alguma coisa?
Ele a encarou por um tempo. A expressão ranzinza no rosto dela seria engraçada, se não fosse a situação em que estavam.
- Como você descobriu?
- Seu cheiro.
Ele sorriu, nervoso e a puxou para perto de si. Eiko se segurou no casaco dele, de olhos arregalados e quando deu por si estavam em um local completamente diferente.
- Sensei, já voltou? - Yuuji perguntou, se levantando do sofá. - Aikawa?
A garota correu até ele e o abraçou. Itadori corou, sem saber o porquê de ela estar ali.
- Não sabe o quanto eu estou feliz por você estar vivo! - Ela falou, segurando o rosto dele.
Yuuji sorriu, contente ao ouvir o que ela disse.
Gojou, incomodado por não ser o centro das atenções, afastou os dois, puxando-os pelos colarinhos do uniforme.
- Por que ele está aqui? - A mais baixa o olhou brava. - Por que não contou para os alunos sobre isso?
. . .
- Ah. - Ela resmungou depois da explicação.
- É o mesmo motivo para nós termos escondido o seu contrato com uma maldição. Jamais aceitariam. Talvez até gostassem de te dissecar para ver como seus órgãos funcionam. Eles iriam te abrir e
- Tá bom, sensei. - Yuuji levantou uma mão. - Não precisa mais continuar. Eu estava te esperando, afinal você disse que nós íamos começar a treinar.
- Sim, e a Eiko estar aqui deixa tudo melhor!
- Por que? - A garota perguntou, desconfiada.
Gojou levantou os papéis do exame e balançou-os perto do rosto dela.
- Você faz parte de uma família antiga de feiticeiros. Encontramos o nome de um deles em um memorial de todos que enfrentaram Sukuna mil anos atrás.
Itadori os olhava impressionado, enquanto Satoru contava os detalhes.
- Mas infelizmente, esse parece ter sido o último feiticeiro da família da sua mãe. Como faz muito tempo, não temos registro das habilidades dele. O nome dele era Miyazaki Shotaro.
- Só pode ser uma piada. - Sukuna apareceu na bochecha de Yuuji. - Essa garotinha pequena é descendente daquele monge?
- Você o conhece? - Itadori perguntou.
- Claro, não ouviu o que ele falou? Eu o matei.
Eiko encarou a boca fixamente. Cada vez que ela aparecia o cheiro de Sukuna ficava mais forte em Yuuji e seu estomago se revirava de fome.
- Quais eram os feitiços dele? - Gojou perguntou e a maldição riu.
- Até parece que vou falar. - Dito isso, a bochecha de Itadori voltou ao normal.
Os dois mais novos reviraram os olhos ao mesmo tempo, o que acabou em risos.
- Mesmo sem a boa vontade de Sukuna, Shoko e eu chegamos a conclusão de que você consegue baixar a temperatura a sua volta ou a do seu corpo quando algo a surpreende. Se for assim, você precisa aprender a controlar isso para não machucar os outros sem querer.
Itadori a olhou, animado e mal aguentou esconder o sorriso quando decidiu dar um susto na garota para ver se era verdade.
- AAAAA! - gritou do nada e quase levou um soco por isso.
Gojou estava segurando o punho dela e sentiu sua mão esfriar, então a largou rápido.
- Deu certo? - Yuuji sorriu.
- Minha mão está roxa. - Gojou falou, encarando-a.
- Rápido tem que esquentar ou vai perder a mão! - Eiko gritou.
- Não pode ser! - O garoto começou a entrar em pânico também. - E agora, sensei?!
. . .
Gojou estava esquentando a mão na boca de um fogão. Achou que seria melhor não deixar Eiko tocá-lo de novo até ela conseguir controlar sua energia amaldiçoada. Também pensou em arrumar uma arma com Maki para ela, mas como a garota ainda não havia recebido de volta a faca que ele havia pegado para Yuuji, achou que ela acabaria negando outro empréstimo.
Ele olhou para trás e viu Itadori e Aikawa sentados no sofá assistindo o filme que ele havia trazido. Cada um deles estava com um corpo amaldiçoado, feito por Yaga, no colo.
Aikawa ia continuar o treinamento físico com o segundo ano de dia para não levantar suspeitas, mas ia passar uma parte da noite com Yuuji para treinar o controle da sua energia amaldiçoada. O fato de não saberem do que se tratava sua técnica dificultava a aprendizagem, pois era como se ela tivesse que descobri-la e cria-la do zero.
- Ai merda!
- Porcaria!
Os dois gritaram juntos quando foram socados pelos corpos amaldiçoados.
- Derrubei todo o meu refrigerante. - Itadori choramingou.
- Eca! Você melou o sofá!
- Chega para lá!
- Não! Esse lado é meu! Fica aí no lado molhado!
Gojou ponderou onde poderia arrumar um instrumento amaldiçoado legal e lembrou de uma exposição no Kuwana City Museum. Quando precisasse ir para a província de Mie, podia passar lá e pegar uma lâmina.
- Vou sair um pouco.
- Até mais.
- Tchau.
Os dois nem se viraram para olhá-lo.
Gojou riu quando ouviu outro golpe e saiu da sala.
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comer, matar e amar - jujutsu kaisen
Fanfiction🫀°• Aikawa Eiko "Se nos esbarrarmos em outra vida por favor não me dirija a palavra. Não quero te perder de novo." Doente e sem esperanças de recuperação. A única maneira de deixá-la viva foi fazendo um pacto com uma maldição. Eiko esconde seu segr...