🫀°• Aikawa Eiko
"Se nos esbarrarmos em outra vida por favor não me dirija a palavra. Não quero te perder de novo."
Doente e sem esperanças de recuperação. A única maneira de deixá-la viva foi fazendo um pacto com uma maldição. Eiko esconde seu segr...
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Sumkiko-no-Mae estava em pé no topo da torre de Tokyo.
Uma tempestade assolava a capital japonesa.
Estava na sua forma de maldição, com seus 189cm de altura. Seus cabelos estavam molhados, da mesma forma como o pelo das suas oito caldas, que balançavam de maneira disforme por causa do vento e nervosismo dela.
A kitsune segurou o leque antigo que tinha roubado de um museu que possuía uma exposição de quimonos e objetos de gueixas dos séculos XIX e XX.
Ela havia conseguido três leques amaldiçoados, que haviam pertencido a gueixas, vendidas e forçadas a trabalhar no ramo por anos contra a sua vontade.
O quimono que tinha escolhido era roxo, mas apesar de ser bonito, não era bom para a luta ou para ser usado na chuva.
Sumkiko estava pensando em que tipos de roupa deveria arrumar, quando sentiu os elétrons negativos e positivos se chocarem.
Ela abriu o leque e o estendeu para cima. O raio atingiu a lateral dele, que estava coberta por energia amaldiçoada, e ficou preso nas armações de madeira quando ela o fechou com um baque.
A maldição encarou o objeto, séria. Era o terceiro. Ela o guardou dentro do obi junto dos outros e saltou da torre, pisando no chão.
Suas habilidades eram muitas. Sendo que cada uma foi gravada no sangue dela e melhorada a cada século pelo qual passava, ou seja, a cada calda que ganhava.
Mudança de forma forçada, velocidade, possessão, força física, aparecer em sonhos, o endurecimento das garras e resistência física aumentada, foram as habilidades que conseguiu até a sétima calda, quando foi selada.
Não usava nada. Sempre se recusando a lutar com esses poderes que considerava demoníacos, mas ao ouvir as explicações de Aikawa Eiko e Fushiguro Megumi, ela percebeu que muitos humanos os usavam para o bem, enquanto que as maldições os usavam para o mal.
Não era porque se parecia com uma maldição que ela precisava agir como uma.
Sumkiko se aproximou de um poste elétrico e o tocou.
Os deuses certa vez tentaram matá-la com um raio, mas não conseguiram porque se tratava do elemento que ela manipularia com a oitava calda.
O feitiço de condução elétrica.
Ela ainda não sabia até onde podia evolui-lo, e é por isso que estava praticando agora.
Sumkiko já havia conseguido prender relâmpagos em objetos amaldiçoados e aprendido a reutilizar essa energia usando o próprio corpo quando era atingida por um, mas queria saber se era necessário que a eletricidade viesse da natureza, ou se poderia usar a criada pelos humanos.
Suas garras afundaram no poste, o quebrando. Por causa do aviso meteorológico, não havia ninguém na rua, mas um carro vazio foi atingido pelo poste elétrico.
Alguns fios se partiram e começaram a balançar na rua, enquanto soltavam faíscas. Sumkiko foi até um deles e o segurou com as duas mãos.
Sentiu cada elétron percorrer seu corpo e preenchê-lo.
A província de Tokyo sofreu um apagão naquela noite. Culparam a tempestade, mas a verdadeira culpada saiu caminhando contente na chuva por ter descoberto outra coisa que podia fazer.
