O Amor mora logo ali.

Jantar do apocalypse

Narrativa feito por Bruno

Dizem que quando você está bem próximo do perigo a ponto de ver parte da morte, você vê tudo que se passou na sua vida como se fosse um filme, você perde pessoas e briga com pessoas que agora, você vê que não valiam as palavras ditas ou amaldiçoadas, talvez a grande virada tenha acontecido nesse dia.

— eu não vou a esse jantar de maneira alguma!— respondo para Dylan assim que ele termina de contar o encontro patético que teve com Derek no supermercado e do convite para o jantar na casa dele.

— você não tem escolha já foi marcado inclusive — revelou Dylan me fazendo pular da cama para ir até ele encara-lo incrédulo de tudo.
—Dylan que ideia foi essa? Custava ter só visto ele é cumprimentado ?— reclamei fazendo negação com a cabeça.
— ontem parecia um dia bom pra falar sobre acertos, estou tentando fazer a coisa certa, porque está tão receoso Bruno ?— questionou ele procurando algo em sua gaveta de roupas.

— eu não gosto e não me sinto à vontade com Derek e sua família,você quer mais detalhes?— exemplifiquei
— imagino que olhar pro cara que você é afim não deve ser ... fácil — comentou ele ficando notoriamente desconfortável com o que ele mesmo tinha feito.

( as vezes parece que falta neurônios em Dylan, ele está bem e do nada coloca Derek no nosso diálogo e convívio, isso é vontade de ser corno a todo custo né amores ?- pensamentos )

—eu não disse isso, não me faça me sentir mal por uma coisa que você disse — reportei eu fazendo ele ficar bastante desorientado.

( o feche )

— como eu iria dizendo ... o jantar será hoje, ele irá avisar o horário a qualquer momento e sim nós vamos — explicou ele me fazendo ficar ainda mais atordoado com aquilo.
— por Deus quem vai estar lá ? Tenho que ver o que vou vestir, eu não posso ir de qualquer jeito — expliquei indo para a porta do closet.

— " eh só coisa da sua cabeça não me faça me sentir mal por uma coisa que você disse — disse Dylan fazendo uma voz fina tentando me imitar, uma tentativa ridícula diga-se de passagem.

— Dylan você está insuportável hoje — disse eu voltando do closet.
—hey, vem cá — pediu ele pegando em minha mão e me levando até o banheiro, me colocando de frente para o espelho, tirando algo de seu bolso, uma pequena caixinha chamativa da cor dourado e verde, tirando um colar lindo, olhei para ele, estava fazendo uma cara meio sensual ou estava tentando.

— que isso? Tá tentando me seduzir ? Pare sua cara parece que tá com dor — disse fazendo ele desmanchar a cara e substituir por uma de total negação.
— não seja mal comigo, eu tenho uma coisa pra você, vem — afirmou ele colocando o colar no meu pescoço, era um pouco pesado e bastante brilhante.

— o que é isso ?— perguntei vendo o óbvio fazendo Dylan ignorar a pergunta.
— veja se gostou — pediu ele me fazendo olhar para o espelho.
— Céus é incrível, brilha mais do que qualquer diamante que eu tenha visto — disse ficando maravilhado com aquilo.

— se chama coeur D' Forêt -
— o coração da floresta — disse eu
— exatamente, excelente francês — elogiou Dylan me abraçando por trás me fazendo ficar em alerta.

— porque me deu isso ?— pergunto eu sem tirar os olhos da peça.
— você anda melancólico demais, queria te dar algo, ouça Bruno, não há nada que eu não posso lhe dar, não há nada que eu lhe negarei, se você não me negar — falou ele ainda me abraçando de maneira mais forte.

—obrigado — disse me virando para ele sem fazer ele me tirar do abraço
— você está lindo, como imaginei — acrescentou o homem a minha frete sorrindo.
— ei, quero que feche os olhos agora — pedi, ele fez uma cara de desconfiado mas fechou.
— tá bom, assim está bom?— perguntou ele, fiquei um tempo em silêncio olhando ele, caramba o Dylan era tão bonito, então ele abriu os olhos pela demora, ele me viu sorrindo para ele, ele ficou me olhando com uma cara de tonto.