Vivendo uma vida agitada como médica em Nova York, de problemas Laura Dessner já estava cheia. A começar pelos sentimentos mal definidos pelo seu ex marido, Daniel.
Após saber que sua tia estava doente, Laura resolve passar as férias junto da famíli...
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Duas semanas depois
Setembro chegou, trazendo de volta uma rotina que eu não estava sentindo nem um pouco de falta. As aulas da Vee voltaram, e eu voltei a atender meus pacientes na clínica, mas o lado bom é que isso serviu para nos distrair um pouco da saudade causada pela primeira semana longe de Rhode Island.
Eu e Maya estamos mais próximas do que nunca. Aliás, ela continuou voltando todos os finais de semana para lá junto com o Daniel, até o fim do verão. Vê-la misturada aos Dessners e Stans se tornou normal.
Mas aqui em Nova York, as coisas já começaram a dar errado cedo demais. Parece que houve um problema sério na empresa de Sebastian, no qual ele passou a semana inteira empenhado em resolver. Inteira mesmo. E acabou que não conseguimos nos ver no primeiro final de semana.
Tudo bem, eu sabia que esse tipo de coisa poderia acontecer, mas não posso esconder o quanto meu coração está doendo de saudade. Hoje ainda é quinta feira. Suspiro, me encostando ao balcão da Maya e a entregando algumas fichas sobre os pacientes que atendi pela manhã. Ela estreita os olhos para mim.
— Boston nunca foi tão distante, não é? — ela diz. Eu confirmo com a cabeça, com uma feição sofrível. — E o tempo nunca passou tão devagar.
Maya me lança um sorriso terno, comprimindo os lábios logo depois.
— Mas acho que o que recebi aqui pode te animar. — Como assim?
Ela se vira e abre uma gaveta, retirando um envelope lá de dentro, que coloca sobre o balcão. Há um S.S escrito no canto superior e um L.D no inferior. Sorrio imediatamente.
— Não acredito nisso. Foi ele quem... — Não, não foi o Sebastian quem veio entregar, se é isso que você quer saber.
Eu hesito um pouco diante da confusão, mas Maya me incentiva a abrir o envelope de uma vez e saciar a minha curiosidade - e provavelmente a dela. Era um cartão escrito "melhor avô do mundo" na frente, o que me faz dar uma gargalhada na mesma hora. Definitivamente coisa do Sebastian.
