Cap7

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   - Menina, eu vou ser madrinha do bebê um ou do bebê dois?
   - Eu ainda tenho que decidir... - ela me interrompeu.
   - Eu vou ser a tia/madrinha Amy, eu tô amando isso. - rimos.
   Estamos no campus da Universidade aqui da nossa cidade, quem diria que sou uma universitária agora.
   Chegamos ao mês de março e está notório que estou grávida de 17 semanas, já ganhei até direito ao assento preferencial no ônibus. O problema é o peso desses bebês, eu quase sempre to cansada e com os pés inchados.
   A Amy conseguiu nota no ENEM pra cursar psicologia e agora fala muito com o Ethan, sendo que eles não se suportam, sobre a futura carreira dela por causa da mãe dele, o que eu acho mais do que ótimo.
   Ethan não larga do meu pé, ele tem medo que aconteça novamente o "quase aborto" que ele fala, por conta do nervosismo que eu sinto pelas minhas provas. Eu sei que não vai acontecer novamente, mas ele gosta de se prevenir.
   Tenho vários novos amigos aqui no campus, um deles é o Liam, ele é um amor, faz medicina comigo e entende demais a minha gravidez não planejada. Talvez eu já tenha saído com ele um dia desses, outro motivo pro Ethan não sair do meu pé.
   Tenho também a Hannah, ela é maravilhosa e já tem em mente a especialização que ela quer, medicina oncológica. Ela namora com a Addison que faz fisioterapia, elas duas são o casal do Campus.
   - Kate, quando vai ser a sua consulta?
   - Vai ser daqui a dois dias... - ela me interrompeu, ela sempre faz isso.
   - Posso ir junto, quero saber se vou ter duas afilhadas? - ela me olhava com uma carinha, eu não podia negar.
   - Você promete que não vai se matar com o Ethan dentro do consultório?
   - Óbvio que prometo, tudo pelos meus afilhados!
   - Então tá, eu vou deixar você ir então.
   - Mesmo se você não deixasse, eu ia aparecer. - rimos.
   Conversamos um pouco mais e eu voltei pra minha aula, me sinto mal em saber que não estudo mais com a Amy, mas gosto de saber que ela faz o que mais gosta.
   Entrei na sala e um professor novo estava dando aula de anatomia, cumprimentei e sentei na minha cadeira. Ele ficou me olhando com uma cara estranha, medo.
   - Cheguei atrasado e tem um homem diferente aqui... - Liam sentou do meu lado.
   - Ele fica me olhando de um jeito estranho, devo me preocupar?
   - Ele deve conhecer teu pai, ou tua mãe...
   - É, pode ser.
   Logo depois Hannah sentou do meu lado também e o professor levantou.
   - Bom dia turma, sou o novo professor de anatomia humana. - ele mostrou o nome no slide "Victor Ricci", ótimo um italiano. - Parece que temos uma celebridade na nossa turma... - todo mundo ficou se olhando, quem é a celebridade? - A senhorita Katherine Wilson.
   Todo mundo sabe quem são meus pais, mas não ao ponto de eu ser uma celebridade, já que a carreira é deles né.
   - Eu não sou uma celebridade... - ele me interrompeu, por que todo mundo fica me interrompendo?
   - Mas o seu pai é muito famoso na medicina, ou vai me dizer que não conseguiu essa vaga na Universidade por causa dele? - comecei a me irritar, Hannah segurava minha mão.
   - Eu consegui pelo meu esforço, estudei por anos pra isso!
   - Mas se você está até grávida, se fosse mesmo o que você queria, teria se cuidado muito mais. Então só está aqui por causa do seu pai. - Eu quero chorar agora.
   - Eu estou aqui por que eu amo a medicina!
   - Mas eu não posso aceitar uma aluna grávida na minha sala, tira a concentração dos meus alunos!
   - A minha concentração ela não tira. - Hannah começou a me defender.
   - Nem a minha, isso é preconceito da sua parte. - Liam segurou minha mão.
   - Não é preconceito da minha parte não, isso é a realidade. Mulheres grávidas não são aceitas em empregos e nem se mantém neles.
   - Isso é total machismo da sua parte! Ou vai dizer que a mulher merece ganhar menos por que ela engravida? - eu cerrei os punhos.
   - Não é machismo e não estamos falando de salário, isso só mostra que a família Wilson não é tão perfeita quanto mostram nas revistas, já que a filha engravidou precocemente. - foi o momento mais do que necessário pra mim levantar da cadeira e sair da minha aula, eu não aguentava mais.
   Corri até o banheiro chorando, em pleno século XXI e mulheres ainda tem que passar por situações assim?
   Entrei em uma cabine, fechei a porta e sentei no vaso chorando, não costumo chorar assim, mas meus hormônios me deixam sensível. Até que bateram na minha porta.
   - Quem é? - nem abri a porta.
   - Você é a Kate?
   - Sou eu sim.
   - Um menino quer falar com você lá fora. - um menino?
   - Eu não posso agora...
   - Ele disse que é urgente.
   Levantei né, sai da cabine e fui na pia lavar meu rosto. O lugar que eu devia me preparar para começar a fazer o que mais amo, acabou virando um pesadelo.
   Sai pra fora e Ethan estava encostado na parede, ele me viu e veio rapidamente até mim.
   - O que aconteceu? - ele me abraçou.
   - O professor, começou a me jogar na cara todos os meus problemas. - solucei.
   - Não chora, eu vou te levar pra casa. - ele secou minhas lágrimas.
   - Mas e a sua aula?
   - Você é mais importante. - sorri instantaneamente.
   Fomos em direção ao estacionamento, sim Ethan tem carro agora.
   Entrei no Porsche dele e tirei meus tênis.
   - Seus pés estão muito inchados, isso é normal?
   - Sim, é por causa do peso. Me leva pra tua casa, não quero correr o risco da minha mãe já estar em casa e ter que explicar tudo pra ela agora. - ele concordou e ligou o carro.
   - Eu estou só pela consulta quinta, preciso saber dos meus dois meninos. - ri.
   - Amy disse que são duas meninas. - ele revirou os olhos
   - Ela não sabe nada! Ela é quase psicóloga, não ginecologista. - eu tive que rir, esses dois ainda vão se matar no consultório.
   - E você é odontologista, conhece apenas dentes.
   - Isso não vem ao caso. - ele riu e ficamos nos olhando por um bom tempo. Eu precisava mudar de assunto pra quebrar esse clima.
   - Só sei que minha mãe quer saber logo pra comprar as roupas.
   - Eu também quero, tenho que arrumar um enxoval gigante. - ele sorriu e colocou a mão na minha perna, eu estou nos famosos "quatro meses terríveis", senti um arrepio no corpo. - O que foi?
   - Tira a mão por favor. - fechei meus olhos e ele tirou.
   - Mas por que? - eu estava louquinha pra morder os lábios.
   - Eu posso não controlar meus atos. - ele riu.
   Andamos um pouco mais pela estrada e chegamos na casa dele. Eu queria apenas me sentar.
   - Quer assistir algo? - ele sentou no sofá.
   - Tipo o que? - sentei junto.
   - Gravity Falls?
   - Me julgue, mas hoje eu quero ver algo diferente.
   - Diferente como?
   - Vamos subir lá e eu vejo no catálogo. - ele concordou.
   - Quer ajuda pra subir?
   - Não precisa, eu aguento. - por que uma escada tão grande?
   - Tá demorando demais. - ele me pegou no colo e me levou até lá em cima, senti uma leve palpitação naquele lugar. Porra Ethan.
   Sentei no sofá dele enquanto ele ligava a TV, fiquei olhando a bunda dele e que rica bunda, mordi os lábios, mas o que tá acontecendo comigo?
   - Para de olhar minha bunda Katherine. - ele ria.
   - Quem disse que tô olhando?
   - Aparece no reflexo da TV ué. - fui traída pelo meu reflexo.
   Ele sentou do meu lado e me entregou o controle, eu passava o catálogo, mas não prestava atenção em nada, apenas em mil formas de jogar ele na minha cama.
   Não aguentei e olhei bem na cara dele.
   - O que foi? - eu não aguentava mais e puxei ele pra um beijo, no começo ele teve aquele susto, mas depois ele se entregou, o que me deixou louca.
   Ele passou a mão nas minhas costas que me fez arrepiar e eu sentei no colo dele, eu preciso apagar esse meu "fogo". Mas ele parou o beijo, o que me deixou bem frustrada.
   - Kate, não podemos...
   - Por que não? - eu já estava com a mão no abdômen dele.
   - Por causa dos bebês né! - comecei a levar minha mão em direção ao pênis dele. - Kate, não adianta me provocar.
   - Mas eu preciso disso! - eu já estava com a mão no botão da calça dele.
   - Eu posso te ajudar então... - ele ajoelhou no chão enquanto eu fiquei sentada.
   Ele pediu pra mim baixar as minhas calças, ele vai mesmo tentar me satisfazer? Óbvio que eu baixei né, ele olhou pra mim com uma cara de safado e quando menos eu percebi ele já estava com a língua na minha vagina, eu senti uma arrepio e gemi de prazer, eu precisava disso. Ele sabia o que estava fazendo, ele conhecia muito bem o clitóris, coisa que muitos não conhecem. Ele estava me deixando louca já. Só senti o líquido correr e ele sentou no meu lado.
   - Fui bem? - só olhei pra ele rindo.
   - Se quiser fazer mais vezes... - ele riu e me deu um selinho. - Quer também?
   - Não precisa ser com a boca. - entendi o recado.
   Coloquei a mão dentro da calça dele e comecei a masturbá-lo enquanto assistimos "Naruto".
   Ficamos assim por um bom tempo, de vez em quando ele roubava alguns beijos, as vezes era eu, a companhia dele me faz bem.
   Quando estava prestes a anoitecer ele me levou até a minha casa, antes de eu sair do carro ele me puxou pra um beijo demorado, um beijo que tinha uma sensação estranha, era como se estivéssemos esperando a vida inteira por aquele beijo. Ele sorriu.
   - Te cuida.
   - Te cuida também.
   Entrei em casa e sentei no sofá, meus pais não tinham chegado ainda e eu tinha que contar do ocorrido.
   Fui na geladeira e peguei um pote cheio de Nutella, outro desejo que eu amei.
   Sentei no sofá e esperei meus pais. Eu precisava acabar com o machismo e com o preconceito na Universidade.

Mais um capítulo pra vcs rs
Eu tinha que falar sobre o preconceito, pq muitos duvidam, mas coisas assim acontecem com muitas mulheres grávidas no seu lugar de trabalho, escola, faculdade, etc...

Deixe a sua estrelinha que ajuda mt beijos do ferreiro rocher. ❤️

Grávida Do Meu Melhor Amigo😝Onde histórias criam vida. Descubra agora