Onde as Cerejeiras Florescem (Meu Sonho Meu Pesadelo)

Festival da Lua

"Mergulho do alto em ondas congeladas onde o passado volta à vida
Luto contra o medo pela dor egoísta, e valeu a pena todas as vezes
Seguro firme antes de batermos porque nós dois sabemos como isso termina
Nosso relógio bate até quebrar seu vidro e eu me afogar em você de novo
Porque você é o pedaço de mim
Que eu gostaria de não precisar"

Sasuke observava Sakura inconscientemente. Na verdade, ele sabia que fazia isso às vezes, mas naquele dia, depois de esperar Sakura pegar suas coisas e irem juntos para o restaurante, ele percebeu que fazia isso com mais frequência do que pensava.

Óbvio que ele não arriscava olhar quando sabia que ela estava olhando, mas quando tinha chance seus olhos iam para ela, e sem perceber, estava prestando atenção até aos pequenos detalhes.

No restaurante, Sakura e Ino dividiram uma garrafa de sake. O Uchiha percebeu como as bochechas dela ficaram rosadas e como os olhos esmeraldas brilhavam. Ele viu que a risada dela ficou mais alta, e que os lábios ficaram mais avermelhados e brilhantes. Parecia que alívio e felicidade estavam estampados no rosto dela, e Sasuke não conseguiu deixar de pensar como ela ficava bem assim. E no fundo ele desejava que pudesse vê-la assim mais vezes.

O curativo no ombro dela ainda era um lembrete de que as coisas estavam longes de serem simples. Mas o jeito que ela brilhava naquele momento fez Sasuke esquecer algumas de suas preocupações.
Ele sabia que não deveria deixar sua mente divagar desse jeito, e que isso era apenas uma distração. Por isso, quando percebia o que estava fazendo, Sasuke simplesmente colocava sua atenção em outra coisa. Como por exemplo o karaage que estava no seu prato.

Não era novidade que ele não entendia nada sobre sentimentos, e muito menos que não soubesse lidar com eles. Mas também quando percebeu o jeito em que Naruto olhava Sakura, e se lembrava do jeito em que ele era apaixonado nela quando tinham 12 anos, não conseguiu chegar a outra conclusão a não ser que tudo não passava de problemas e dores de cabeça. 

Apesar da proximidade entre os dois, depois do episódio daquela noite, seguiram como se nada tivesse acontecido. Sasuke achou que ela preferia assim, e também não é como se ele pudesse fazer algo. Se ele queria uma mudança, que mudança queria?
Entretanto, em alguns poucos segundos, silenciava a razão e se deixava admirar Sakura Haruno.

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-Achei que já tínhamos resolvido isso - disse Tsunade bufando enquanto olhava os relatórios.

-Colocamos alguns ninjas de olho, mas ainda não identificamos os suspeitos. Provavelmente não são do País do Fogo. - diz Capitão Yamato.

Tsunade junta as mãos na frente do rosto, pensativa.
-Parece que quando parece que quando nos livramos de um problema, um novo aparece rapidinho.

-Você acha que esses suspeitos estão envolvidos com aqueles caras?- perguntou Shizune se referindo aos homens que vieram atrás de Sasuke um tempo atrás.

-Não sei- diz Tsunade suspirando.

-Talvez seja outra organização?

-Talvez. Mas se eles estão agindo de modo suspeito, não quero perdê-los de vista. Vou deixar avisado os outros kages também. Não quero mais surpresas.

-Podemos interrogá-los ou tentar invadir o esconderijo para encontrar evidências- diz Yamato.

Tsunade apenas balança a cabeça.
-Diz para os Anbus terem o dobro de atenção e para qualquer atividade suspeita me avisar. Quero ir com calma porque caso eles saibam que estamos os vigiando, eles vão para outro lugar.  Quero eles em vista.