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Pov Madison Collins

– Não ouse tocar em mim. – eu falo recuando.

– Filha, eu...

– NÃO SOU SUA FILHA! – eu grito e ele se assusta e me puxa pelo braço, olho assustada pra JJ e sinto meus olhos ficarem marejados.

– Olha aqui. Somos kooks agora. Não precisamos nos preocupar com nada dessas merdinhas que você faz. – ele diz.

– E como conseguiu dinheiro? Vendeu o que dessa vez? Cocaína? – provoco e ele aperta mais o meu braço.

– Não fala assim garota. Não consegui te salvar desses merdas, dessa vida horrível. Que bagunça essa sua vidinha de merda. – ele fala e eu faço força e consigo soltar meu braço.

– Você não conseguiu me salvar, mas não consegue me deixar ir pra longe de você. – eu falo irritada.

– Você é exatamente igual a mim. Eu também era assim na sua idade. Você se identifica comigo, não é? Por isso faz essas coisas.

– Eu não me identifico com você, não. Porque eu nunca me trataria de forma tão merda. Você fez eu te odiar. E eu não falo mal de você pros meus amigos. Nunca disse nada de ruim pra ninguém que não tenha feito nada errado. E isso é vergonhoso, porque você era meu tudo, mas agora tudo o que você fez foi me fazer mal pra caralho. Então não vou perder mais tempo com você, porque isso só me deixa chateada. Você tornou minha vida um inferno. – eu falo chorando e o empurro, fecho a porta na cara dele e sento no chão, em frente a porta, choro mais e escondo o rosto com as mãos e percebo Sarah se sentando ao meu lado.

– Sinto muito. – ela fala acariciando meu ombro.

  Ouvimos alguém bater na porta e eu me irrito, me levanto e Sarah se levanta junto e me viro pra porta.

– Sai daqui pai! Você não é bem-vindo! – eu grito.

– Definitivamente não é o seu pai. – ouvimos a voz de Rafe e eu abro a porta e o vejo, logo o abraço, ele fica confuso e apenas retribui o abraço.

  [...]

  Nós vamos a praia surfar, porém fico apenas olhando na areia e vejo Rafe voltando da sorveteria com dois sorvetes.

– Vai comer isso tudo? – eu pergunto e ele ri.

– Um é pra você. – ele fala me dando um dos sorvetes e eu pego.

– Valeu!

– Não sabe surfar?

– Sei e muito bem. Só não tô muito no clima. – respondo.

– Você andou meio triste nos últimos dias. – Rafe comenta.

– Ah, muita coisa acontecendo na minha vida. Quebrei o braço. Fui sequestrada por uma antiga colega de escola. Meu pai aparece lá no castelo do nada. É muita loucura. – afirmo.

– Deve ser um saco. Sinto muito.

– Pois é... Ei, uma pergunta. Você vai ao baile da escola? – eu pergunto.

– Talvez. – ele diz. – você vai?

– Se meu braço estiver melhor, sim.

– Tem par? – ele pergunta.

– Tenho. O JJ.

– É estranho voltar lá na escola. Tipo, vai ter muita gente com quem eu estudava e maioria era insuportável. – ele diz.

– Você se formou com dezesseis anos? – eu pergunto.

– Sim.

– E agora tem dezenove... Caramba. – falo.

– Você tem dezesseis... É uma grande diferença. – ele comenta e eu abaixo a cabeça, chateada com algo que não sei o que é.

– Faço dezessete daqui a alguns dias. – eu digo.

– Então não é tanta diferença assim. Se esse daqui a alguns dias não for ano que vem. – ele fala e eu dou risada.

– Não, não. É realmente daqui a alguns dias.

– Tá anotado. – ele afirma e eu dou um sorriso, que ele retribui.

  Pouco depois, o grupo que estava surfando volta pra areia e vem até mim e Rafe.

– E aí? O que estão fazendo? – Pope perguntando.

– Conversando.

– Aqui pessoal, a gente precisa ir na escola se inscrever no baile. – Kie diz.

– Vamos agora? – John B pergunta.

– Por mim pode ser.

  Todos concordamos e vamos na escola. Nos inscrevemos no baile e voltamos pro castelo, assistimos a um filme e depois eu vou dormir com JJ no quarto de hóspedes.

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Hope | JJ MaybankOnde histórias criam vida. Descubra agora