Grávido Do Meu Vizinho:: Jikook

Capítulo 11 - Último mês.

A barriga de nove meses dava para Jungkook, um ar de fofura. Apesar de estar mal-humorado o tempo inteiro, o barrigão deixava o Jeon como um boneco e claro, começava a pesar. O bebê não parava um segundo de chutar, seus pais diziam que era porque Jungkook estava longe do Park e ele pedia que não fosse por isso.

Sabendo que seu filhote poderia nascer a qualquer momento, deixava Jimin paranoico e em alerta, desde o oitavo mês tem ficado bem próximo de Jungkook. Ia atrás dele para onde fosse, todo cuidado era importante, já que Jungkook parou no hospital repentinamente.

Desde então, Jimin tem tomado conta de Jungkook muito bem, apesar de quase não deixar fazer as coisas sozinho. Jungkook não reclama, até gostava de ser mimado pelo alfa.

Por estarem no séc. XXI, Jungkook recebeu endereços de clínicas para remover a marca e ele sabia que a prima só queria o melhor. No sexto mês da gestação, Jimin renovou a pedido do próprio ômega. Até achou estranho, mas fez o pedido.

— Só pense nessa hipótese, okay? Não precisa se sentir pressionado. — a Jeon mais velha falou após segundos.

Só que essa ideia deixou Jungkook mal e o lobo revoltado.

Tudo bem que ele e Park não definiram o que seriam depois que o filhote nascesse, mas a possibilidade de remover a marca deixava Jungkook, e seu lobo, triste.

Ele também tinha que pensar em Jimin, porque querendo ou não a remoção da marca poderia causar danos para o alfa igualmente. Por isso, naquele final de tarde deixou a tv de lado e, com muita dificuldade por causa da barriga, virou para o alfa.

— Você ficaria bem se eu tirasse a marca? Eu não sei você, mas eu não vou ficar, e não quero que se sinta preso a mim. — falou apressadamente e por pouco, Jimin não entendeu.

— Ei, respira, tá bem? Tá tudo bem se você quiser tirar a marca, contando que você fique confortável. Mas não vou mentir — suspirou. — Ficarei muito mal. Você tem uma vida inteira pela frente e não tem que ficar preso ao lado de um alfa que você não gosta.

Não iria mentir, falar aquilo em voz alta doía demais para Jimin. Mas ele estava certo, Jungkook ainda tem uma vida pela frente, precisa achar alguém que o ame e que o faça feliz.

O ômega ao escutar, sentiu todas as esperanças morrerem. Queria que o alfa fosse contra, que dissesse que um dia iria se apaixonar por ele. Não isso.

— Ah...

Foi tudo que Jungkook disse antes de voltar atenção para televisão.

[...]

Naquele dia de doze de novembro, os amigos de Jungkook estavam reunidos na sala enquanto entregava ao Jeon alguns presentes para o filhote.

A prima de Jungkook, Jiwoo, permanecia ao lado do companheiro, Matthew. Ninguém comentou sobre eles serem alfas, só Jungkook quis saber em como ele aguentava a prima, o que arrancou várias risadas e xingamentos da alfa.

Quando Jungkook levantou para pegar mais suco, sentiu um líquido escorrer de suas pernas e Taehyung, que estava perto, gritou já que o ômega estava paralisado sentindo as primeiras contrações chegarem.

Até a música que tocava foi parada e todas as atenções estavam em Jungkook, que tinha a respiração acelerada.

— Meu filho vai nascer.

Questão de segundos para todos começarem correm em direção ao carro, a mãe de Jungkook conseguiu pegar a bolsa maternidade e escutava o marido falar com a atendente do hospital. Quase esqueceram do Jeon grávido, mas por sorte escutaram o grito dele.

A separação nos carros ficou: S/n, Jinwoo, Jiwoo e Matthew no primeiro e no segundo carro, os irmãos Jimin e Yoongi, Taehyung e Jungkook.

As contrações vieram de cinco em cinco minutos e com a ajuda de Taehyung, Jungkook respirava que nem cachorrinho.

Quando chegaram no hospital, as enfermeiras já colocaram Jungkook na maca a fim de levar para cirurgia.

Por mais que fosse um ômega, ainda era um homem. Não tinha por onde sair a criança, então parto normal estava descartado. Betas machos, quando engravidavam, também faziam o parto cesariana.

Jimin, pela marca, sentia o quanto Jungkook estava com medo, tentou entrar na sala de cirurgia mas foi barrado, só quando rosnou para enfermeiras betas conseguiu entrar.

Já tinham aplicado anestesia no ômega quando Jimin entrou — depois de ser todo esterilizado. Segurou a mão do moreno e virou a cara quando Kang cortou a barriga alheia. Não segurou as lágrimas quando escutou o choro do filhote.

— É um menino! — o médico falou animado, após entregar o bebê para as betas limparem. No momento que ia costurar a barriga do ômega, escutou o barulho dos batimentos dele caírem.

— Saturação caindo para 65. — uma das betas falou.

— Droga! Tirem o senhor Park daqui! - mandou e quase não conseguiram tirar Jimin de lá, ele só queria uma resposta do que estava acontecendo.

[...]

— Por que vocês não podem dar uma resposta? — S/n perguntou pela milésima vez à recepcionista.

Por ironia do destino, Kang apareceu nas vistas da família de Jungkook e sem querer esperar ele falar, Jimin foi disparando as perguntas.

— O que aconteceu com o Jungkook? Ele está bem? O meu filho está bem? Onde eles estão?

— Calma senhor Park. — Kang suspirou. — Eles estão bem, o senhor Jungkook apenas teve uma parada cardíaca, mas já está melhor e se encontra descansando no quarto. Seu filhote está na maternidade e logo vocês poderão visitar ambos. Por pouco não perdemos.

Após dizer onde se localizava pai e filho, o beta permitiu a entrada da família e novamente pediu que deixassem Jungkook quietinho.

Os pais de Jungkook foram logo beijar o filho, falando palavras afetuosas e avisando que ia ver o neto, levando Jiwoo e Matthew, esses que nem conseguiram trocar alguma palavra com o primo.

Jungkook mantinha uma expressão cansada no rosto e isso deixou o lobo de Jimin mal, tentou passar disfarçadamente seu cheiro para fazer Jungkook descansar e se assustou quando deu certo.

Cochichando, Yoongi e Taehyung parabenizaram Jimin e foram atrás de Jinwoo e S/N para conhecerem o bebê.

— Nós prometemos que vou cuidar muito bem de vocês dois. — Jimin e seu lobo falaram, segurando a mão do ômega adormecido e aproveitando para dar um beijo na testa também.

[...]

— Eu não vou quebrar, hyung, agora me dê meu filho.

Faz dois dias que o filhote nasceu, ele e Jungkook continuavam na supervisão do hospital. Jeon Jungkook chorou muito quando sentiu a sensação vazia dentro de si, não ter seu filho dentro da sua barriga o assustou muito. E o choro apenas aumentou quando viu o pequeno alfa pela primeira vez.

Não deixaram — Jimin não deixou — ele pegar o próprio filho, estava preocupado com a recuperação do seu ômega. Jungkook teve que lutar muito para fazer a cabeça do Park.

— Tem certeza, Jun?

— Sim. — revirou os olhos. — Todos vocês já pegaram o meu bebê, eu quero segurá-lo também.

— Tudo bem...

Tendo seu filhote nos braços, Jungkook lacrimejou e contornou o rosto do bebê com o dedo.

— Ele tem seus olhos, Jungkook-ssi. — Park falou sorrindo. Sentou do lado do ômega com todo cuidado, queria curtir aquele momento com os dois.

— Enquanto tem suas bochechas, hyung... — soluçou. — Ele é tão lindo, Jimin. Papai promete protegê-lo, neném. Eu te amo, alfinha.

Jurando promessas para o filho, Jungkook e Jimin sentiram os coração ficarem mais calmo.