Capítulo 9 - Segundo mês.

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— Jungkook, você não pode comer isso. — S/n alertou para o gestante de dois meses.

Sim, se passaram 2 meses e a barriguinha do Jungkook começava a parecer um volume. Era pequeno, mas dava para perceber o quanto a barriga do ômega estava avantajada.

Os pais dele descobriram sobre a gravidez e ficaram tristes por Jungkook ter escondido. Mas depois de uma conversa esclarecedora com Jimin e Jungkook, o casal compreendeu os motivos deles. Quiseram saber da verdade e a responsabilidade para contar o que havia acontecido entre eles caiu para Jimin, Jungkook tinha ficado tão vermelho na hora. Até pensaram que ele estava passando mal.

A relação de Jimin e Jungkook estava estável, nos últimos dias eles vinham conversando muito. Possíveis nomes para o filhote e qual classificação ele seria. Jimin apostava que seria um alfa e Jungkook, um ômega. E independente de sexo e classificação, eles amariam como todo coração.

Os pais do ômega — principalmente o senhor Jeon — ficaram mais protetivos com o filho, não queriam que ele sofresse um aborto instantâneo. Apesar de novo, Jungkook sabia todos os riscos que a gravidez teria. Por isso não reclama dos cuidados excessivos, apenas fica incomodado, contudo dá para suportar.

Por pedidos dos pais Jeon vai fazer os estudos em casa. Ele não queria, mas viu que seria pro bem dele e do bebê. Por isso naquele início de mês ele já começaria a estudar em casa.

[...]

Ainda não tinha caído a ficha que estou esperando um bebê. Só no segundo ultrassom que eu pareci entender que tinha um ser dentro de mim. Diferente da primeira vez, Jimin me acompanhou e ficou emocionado assim como eu por ver o brotinho na tela.

Pedi, novamente, uma foto do ultrassom. Queria guardar e mostrar para meus pais. Queria que eles vissem o netinho dele.

— Está tudo certo com seu bebê, Jeon-ssi. O desenvolvimento dele é saudável, não há com que se preocupar. — Kang sorriu me dando os papéis para limpar minha barriga. — Está tomando as vitaminas que passei nos dias e horários certinhos?

— Sim. — Concordei jogando as folhas fora. Jimin me ajudou a descer da maca e ficou segurando minha mão. — Doutor, é normal ficar o tempo todo enjoado? Desde que acorda, até a hora de ir dormir?

— Nos primeiros meses sim, mas irei passar um remédio para dar uma diminuída, está bem?

— Aham.

Ficamos ali um pouco tirando as nossas dúvidas e quando estávamos saindo do consultório, escutei o médico falar para o alfa.

— Vocês formam um casal bonito.

[...]

Durante o tempo que permaneci na casa de Jimin, pensei no que éramos. Se éramos um casal ou não, o que o Kang disse ficou rondando na minha cabeça a tarde toda.

O Park tinha percebido a minha mudança de humor, até chegou a questionar o que seria, mas preferi não contar. Não agora que o tínhamos estava bem. Era uma relação boa. Só não sabia se era por causa do brotinho.

Esperava que estivesse errado.

— Filho...

— Sim, mamãe?

Antes de ir embora da casa vizinha, Jimin me convidou para jantar no restaurante que trabalha. No início, fiquei confuso, mas aceitei o convite. Por isso pedi ajuda para minha mãe escolher uma roupa pra mim.

— Você gosta do Jimin, querido? — perguntou, me fazendo congelar. Nem eu sabia responder essa pergunta, mamãe...

— E-eu não sei. — suspirei. — Sinceramente, eu já não sei de mais nada.

— Oh meu bem, eu não queria te deixar triste. — mamãe me abraçou por trás e beijou minhas bochechas. — Perdoe a mamãe, não sabia que era um assunto tão difícil pra você.

— A senhora não tem culpa. Mas me ajude a achar uma roupa, uh? — Mudei de assunto.

Acho que no final, eu que tenho a culpa...

[...]

Já tinha chegado em frente do restaurante onde Jimin trabalha. Papai tinha me levado, não confiava em eu sair sozinho pela noite.

— Obrigado papa.

— Coelhinho, qualquer coisa me liga que venho te buscar. — pediu enquanto me via sair do carro. — Papai te ama, filho.

— Eu também, pai. — acenei vendo o carro ir embora.

Me virando, ofeguei vendo a fachada da loja. Era linda, assim como era encantadora. Quando cheguei na recepção constatei que a parte de dentro era melhor ainda. O restaurante era revestido na cor vermelha, as toalhas das mesas eram brancas com detalhes pretos e todos que estavam ali pareciam ser da classe alta.

Me sinto inferior diante a essa comparação. Enquanto usava calça jeans e um casaco branco, essas outras pessoas usavam ternos e roupas chiques.

Uma mulher — julgo ser uma ômega pelo cheiro doce demais — que recepcionava os clientes vestia um uniforme melhor que a minha roupa. Bem que eu deveria ter aceito a ajuda da minha mãe.

— Boa noite. — sorri pra ela.

— Boa noite senhor, fez reserva?

— Hm, não. Estou procurando Park Jimin, ele trabalha aqui.

— Oh, então você é o tal ômega dele. — a ômega ficou me encarando e soltou um riso irônico. — Não acha que essas roupas são simples para estar perto do Jiminnie?

Jiminnie? Quanta intimidade para uma ômega.

— Olha, será que você pode chamá-lo? Por favor. — pedi batucando o pé.

— Não acho que o Minnie esteja livre para falar com você, sabe, ele está com muito trabalho hoje.

Rosnei com a fala da moça, mas logo me acalmei. Não me rebaixaria a ela.

Inspira e expira, Jungkook. Não deixa essa loira aguada estragar seu humor.

Meus sentidos ficaram em pé quando senti o cheiro dele. No meio de vários cheiros, o de licor se sobressai. Só não sabia se era porque tínhamos alguma ligação.

— Jungkook-ssi! Você veio. — sorriu antes de me abraçar.

Corei com a aproximação repentina e aproveitei para sentir mais daquele forte cheiro.

— Sim, hyung. Só que essa loira aguada não foi te chamar. — fiz um bico empinando o nariz.

— Ora seu ômega atrevido!

— Yah, Jun... não trate-a assim, deixe as provocações para mais tarde. — risonho, Jimin passou as mãos nos meus fios escuros.

— Hyung, vai despentear meu cabelo! — bati nas mãos deles me afastando.

— Hm, tudo bem, não mexo mais. Agora vamos, quero te mostrar duas pessoas!

Quando passei pela ômega, dei a língua como um boa garoto mimado.

Jimin me levou até uma mesa afastada onde estavam sentados dois homens, um beta e um alfa. Fiquei surpreso, porque não são muitos casais assim.

— Jeon, quero que conheça Kim Hoseok e Kim Namjoon.

— Muito prazer, Jeon-ssi. O Jimin falou muito de você. — o alfa sorriu enquanto apertava minha mão.

— Puxa, é verdade? — riu gostando de ver o Park tímido. — Ele nunca falou de vocês.

— Ora Mochi, por que não contou sobre a gente para seu ômega? Como ousa?! Eu confiava demais em ti.

Observando o casal, percebi que minha noite não vai ser tão ruim assim. E de quebra irei ganhar informações sobre Jimin. 

Grávido Do Meu Vizinho:: JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora