O Diário

776 85 13
                                    

Don estava andando pela casa. Quando vai andar na biblioteca, vê um caderno caindo no chão.

– Hm? – Don murmurou enquanto pegava o caderno e olhava. – É o diário do Ray!

Don folheou as folhas e saiu da biblioteca com o diário na mão.

[...]

– Gilda, Emma, Norman! – Don chamou eles enquanto se aproximava dos mesmos.

– Olá Don! – Norman disse enquanto olhava para Don.

– Olá Don! – Gilda falou olhando para Don.

– Olá Don! O que é isso na sua mão? – Emma perguntou curiosa.

– Vocês não vão acreditar.

– Fala logo!

– O diário do Ray!

Emma ficou animada, Gilda ficou surpresa e Norman também. Norman não fazia a mínima ideia de que ele tinha um diário.

– Vamos ler!

– Não acho que isso seja uma boa ideia. – Norman disse preocupado. Mesmo que ele quisesse saber o que tinha escrito, não acharia certo invadir a privacidade de Ray.

– Tenho que concordar com Norman. – Gilda falou preocupada.

– Ele não deve esconder mais nada de nos, certo? – Don disse tentando convencer Gilda e Norman.

– Concordo, ele não deve esconder nada da gente. Aqui provavelmente vai ter coisas que a gente já sabe! – Emma falou pegando o diário de Ray da mão de Don. – Não deve ter nenhuma novidade!

– Emma, eu não acho que seja o certo. – Norman tentou impedir a amiga, mas a mesma ignorou e começou a olhar o diário.

Emma olhou surpresa para o diário e depois o fechou.

– O que foi? – Don perguntou curioso.

– Eu concordo com Norman.

– Qual é! Não deve ter coisas tão ruins assim! – Don pegou o diário e o abriu.

– Don, melhor não. – Emma tentou impedir, mas Don apenas ignorou e abriu o diário em uma página aleatória. – Don!

– "Querido diário, por que eu tenho que ser tão idiota? Eu ainda tenho aqueles sentimentos idiotas pelo Norman. Sei que ele gosta de Emma, mas mesmo assim eu fico triste. Por que eu tenho que ser tão burro? Por que eu simplesmente não paro de ter esses sentimentos e pronto?!" – Don leu o final surpreso, mas foi impedido por Ray pegando o caderno.

– Que merda é essa?! Onde achou isso?! – Ray largou o caderno no chão e pegou na gola de Don, o olhando seriamente. Ele queria chorar, já que Don tinha lido aquilo em voz alta e Norman tinha ouvido tudo. – Não sabe o que significa privacidade?!

– Ray...? – Norman olhou para Ray surpreso, o mesmo soltou a gola de Don, pegou o caderno do chão e começou a andar rapidamente para casa. – Ray! Espera!

Norman correu atrás de Ray, mas quando o alcançou, Ray já tinha entrado em um quarto vazio e trancado a porta.

– Ray!!! Vamos conversar! Por favor!

– Vai embora. – Norman percebeu que Ray estava com voz de choro, e se preocupou mais ainda.

– Ray...

– Vai embora!

Norman olhou para a porta surpreso, mas depois olhou para baixo, suspirou e voltou a olhar para a porta.

– Tudo bem... Mas, depois nos podemos conversar?

Ray ficou calado por um tempo, Norman apenas esperava alguma resposta.

– Uhum. – Ray murmurou, fazendo Norman dar um pequeno sorriso aliviado.

– Quando se sentir confortável, poderemos conversar.

Norman saiu e Ray ficou no quarto olhando para o diário.

– Diário idiota... – Ray jogou o diário na parede e abraçou as pernas. – Nem deveria ter aceitado esse diário idiota da Mama.

Ray colocou a cabeça entre os joelhos e ficou lá por um tempo.

[...]

Já estava de noite, Norman não conseguia parar de pensar em Ray. Ele estava bastante preocupado.

Norman levantou da cama e saiu do quarto, foi até o quarto onde tinha visto Ray pela última vez e bateu na porta.

Ele não ouviu nada então bateu novamente, mas não aconteceu nada.

Norman pegou um grampo de seu cabelo e abriu a fechadura, quando abriu a porta, viu Ray dormindo, deitado e encolhido no chão.

Norman se aproximou de Ray cuidadosamente para não fazer barulho, sentou no chão e colocou a cabeça de Ray em seu colo, em seguida começou a passar a mão pelos cabelos de Ray.

"Queria que você soubesse que eu não gosto de Emma... Gosto de você, Ray." – Norman deixou escapar um sorriso enquanto olhava para Ray.

– Te amo... – Norman sussurrou enquanto dava um beijo na testa de Ray, depois continuou a passar a mão pelos cabelos dele.

Depois de um tempo, Norman acabou dormindo com a cabeça de Ray em seu colo.

One - Shots (NorRay)Onde histórias criam vida. Descubra agora