Ciumento

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[ AU - Universo Alternativo]

Ray estava achando Norman mais estranho conforme os dias passavam. Percebia seu namorado ficar mais distante, mesmo morando com ele na mesma casa.

Norman estava saindo mais de casa, e na maioria das vezes com a melhor amiga dele e de Ray, Emma, que agora estava em um relacionamento com Gilda.

Ray até chegou a pensar que Norman estaria lhe traindo com Emma, mas depois se chamou de idiota mentalmente por pensar nisso. Tentava tirar aquela ideia da cabeça, pois sabia que Norman nunca faria aquilo, mas não conseguia pensar em outra coisa a não ser naquilo.

E agora, Ray se encontrava deitado na cama enquanto mexia no celular. Até que parou depois de ver Norman abrir a porta.

— Vou sair com Emma, tudo bem? — Norman falou enquanto andava até Ray, dando um selinho na bochecha dele. — Volto mais tarde.

— Tudo bem. — Ray disse, fazendo com que os pensamentos de Norman lhe traindo voltassem.

Norman olhou para Ray, percebendo que ele tinha ficado um pouco mais estranho e desconfiado.

— Aconteceu alguma coisa? — Norman perguntou, sentando na cama e olhando para Ray.

— Não aconteceu nada. — Ray colocou o celular na cama e cruzou os braços.

— Sabe que não precisa mentir para mim.

Norman continuou olhando para Ray, vendo ele olhando para si. E ficou surpreso depois de notar que Ray desviou seu olhar.

— Apenas conte se quiser. Não vou te obrigar a fazer alguma coisa que você não queira.

Norman pegou na mão de Ray enquanto olhava para ele, vendo o seu namorado ainda ignorar e evitar seu olhar.

Norman suspirou, dando outro selinho no rosto dele e soltando a mão de Ray. Levantou da cama e foi até a porta.

— Volto antes das 16 horas. — Norman abriu a porta e olhou para Ray, logo saiu.

Ray ficou olhando para a porta com os braços cruzados. Os pensamentos de Norman não lhe amar mais e estar lhe traindo não paravam de rodar sua mente. Ele tentou tirar esses pensamentos de sua mente e pegou o celular, começando a olhar.

[...]

Norman já tinha chegado em casa novamente, e como tinha falado antes, chegou antes das 16 horas.

Ele estava preocupado com Ray, afinal, nunca tinha o visto assim. Quer dizer, ele já tinha visto, porém sempre Ray explicava o que estava lhe incomodando, e Norman sempre ajudava.

— Talvez ele apenas queira guardar alguma coisa para si, certo? — Norman murmurou para si mesmo, começando a subir as escadas da casa e ir para o quarto.

Quando entrou no quarto, viu Ray na mesma posição que estava antes: sentado na cama enquanto mexia no celular.

— Como foi o dia? — Norman perguntou, entrando no quarto e indo até Ray, dando um selinho na testa dele.

— Normal. — Ray respondeu simplista e rapidamente, com um tom de desconfiança, que infelizmente não conseguiu evitar.

— Está tudo bem com você, Ray? — Norman perguntou preocupado, pegando na mão dele, vendo ele evitar o seu olhar e voltar a olhar para o celular.

— Está tudo ótimo.

— Então porque está desse jeito?

— Que jeito, Norman?

— Desconfiado, pensativo, não fala muito comigo, às vezes não presta atenção no que eu falo ou me ignora.

— Apenas estou ocupado.

— Com o quê? Eu posso ajudar.

— Não, você não pode.

— Por que não?

— Porque você está estranho.

— Como assim? — Norman o olhou confuso. Realmente não tinha entendido o que Ray quis dizer.

Ray parou de olhar para o celular e o colocou na cama, começando a olhar para Norman, que lhe olhava de forma preocupada.

— Você ainda me ama?

Norman ficou surpreso e mais confuso do que já estava. Ele nunca esperava que Ray fizesse aquele tipo de pergunta, muito menos pensasse naquilo.

— É claro que eu te amo, se não eu nem namoraria com você. Por que pensou que eu não te amava?

— Eu não disse isso.

— Para você ter perguntado isso, deve ter pensado nisso.

Ray começou a olhar para a cama, pensando no que tinha acabado de fazer e que tinha deixado óbvio para Norman descobrir o que estava pensando.

— Você está saindo muito ultimamente e, na maioria das vezes, é com Emma. Você não me pergunta se eu quero ir junto, nem me chama para sair com você e Emma. Quando você chega, você sempre fala que saiu com Emma para conversar sobre trabalho. — Ray suspirou. — Eu sei que Emma namora, mas eu mesmo assim odeio isso. Não gosto de quando você sai sozinho com ela!

— Você está sendo bastante ciumento.

— É claro que estou! — Norman ficou surpreso, já que sempre que chamava Ray de ciumento, ele sempre negava. E naquela vez, ele não negou. — E se você não estiver mais gostando de mim, e estiver gostando de Emma?!

— Você está achando que eu estou te traindo?

Ray o olhou surpreso. Ele não sabia se dizia a verdade ou se mentia. Então, respirou fundo e balançou a cabeça positivamente.

— Desculpe por fazer você pensar nisso. — Norman respirou fundo, soltando a mão de Ray e começando a passar pelo rosto dele. — Quer saber o que eu realmente estou fazendo com Emma? — Ray balançou a cabeça positivamente. — Eu pedi ajuda com ela para uma coisa. E desde então, ela está me ajudando.

— Que coisa?

Norman tirou a mão do rosto de Ray e começou a olhar o bolso de sua calça, pegando uma caixinha preta de lá. Olhou para Ray, vendo ele olhar surpreso para a caixa.

— Acho que você já sabe o que tem dentro da caixinha, não sabe? — Norman sorriu e abriu a caixa, vendo os olhos de Ray brilharem, tanto pela surpresa e pelo o que tinha dentro. — Sei que não é a hora adequada, mas... Ray, você quer casar comigo?

Ray estava surpreso e sem palavras. Ele achava que Norman estava lhe traindo, mas na realidade, estava sendo ajudado por Emma para ele lhe pedir em casamento. E é claro, que ele se sentiu muito culpado por pensar naquilo.

— É óbvio que eu quero casar com você! Mas, me desculpe por pensar que você estava me traindo.

— Não tem problema, afinal, eu dei motivos para isso. — Norman sorriu, confortando Ray e vendo ele sorrir também. — Meu noivo ciumento.

Ray riu e viu Norman pegar o anel, colocando ele no seu dedo anelar da mão direita.

— Eu te amo, e quero passar minha vida inteira com você, Ray. — Norman passou a mão pelo rosto de Ray, pegando no queixo dele e o puxando para um beijo romântico.

Ray continuou o beijo, pegando na mão de Norman e entrelaçando a sua mão com a dele.

E em questão de segundos, eles se separaram e se olharam. Norman sorriu e deu um selinho na testa de Ray.

— Eu também te amo e quero passar minha vida inteira com você, Norman. — Ray disse, sorrindo e abraçando Norman. — Eu te amo.

— Eu também te amo. — Norman retribuiu o abraço.

Norman e Ray ficaram abraçados por um longo tempo, conversando entre si. E depois daquilo, eles iriam ter uma longa vida pela frente, uma vida onde eles iriam ficar juntos.

One - Shots (NorRay)Onde histórias criam vida. Descubra agora