Como Os Velhos Tempos

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Todos já tinham finalmente fugido do orfanato, e agora, se encontravam em um esconderijo no meio da floresta.

E eles já tinham se encontrado com Norman, que deixou todos surpresos, pois todos pensavam que ele tinha morrido. Mas também ficaram felizes por saberem que ele estava vivo. 

Mesmo que eles tivessem se reencontrado, não ficavam muito tempo juntos, já que estavam ocupados. Norman estava ocupado fazendo a droga que poderia exterminar os demônios junto com Vicent, Cislo, Barbará e Zazie. Emma, Ray e os outros cuidavam das crianças, as mantendo protegidas, saudáveis e seguras.

Mas, mesmo que Norman estivesse ocupado, ele sentia falta dos outros, da sua família, dos velhos tempos. Sentia falta de passar um tempo com Emma, e principalmente com seu amado, Ray.

Então, um dia, ele resolveu passar um tempo com Ray. Mesmo que não fosse tanto tempo, queria aproveitar ao máximo, já que sabia que não teria muito tempo de vida.

E, para sua sorte, ele conseguiu arranjar um tempo para passar com Ray. Conseguiu um tempo para conversar sozinho com ele. E isso já lhe deixava feliz por completo. 

Agora, os dois estavam andando pela floresta enquanto conversavam. Aproveitando ao máximo a conversa, já que não conversam sozinhos há muito tempo. 

— Vocês realmente passaram por muita coisa. — Norman falou após Ray falar sobre tudo que eles passaram até agora. — Ainda bem que estão seguros e protegidos. 

— É. Mas… Você ainda não me contou o que aconteceu com você depois da remessa. — Norman o olhou surpreso. — Você falou do Lambda, mas não falou muito o que aconteceu lá. 

Norman o olhou surpreso, logo começou a olhar para o chão. Ele não sabia muito bem como contar sobre isso, e nem sabia se deveria contar. Norman sabia que Ray ficaria preocupado se contasse, e não queria isso. Ele não queria ver Ray preocupado, e sim feliz. Queria ver ele feliz e animado até o final de sua vida, que não estava tão longe devido o Lambda que estragou sua saúde, que já era frágil. 

— Se não quiser contar, não precisa. Pelo o que você já falou, deve ser um lugar terrível. Ainda bem que saiu de lá. — Ray disse, tirando Norman de seus pensamentos. — Mas, está tudo bem? 

— Está sim. — Norman olhou para Ray, mostrando um pequeno sorriso no rosto. — Eu, Vincent, Cislo, Zazie e Bárbara conseguimos fugir de lá. Ainda bem que destruímos aquele lugar. Não era nem para aquele lugar existir. 

Norman olhou para o chão com ódio. Ele ainda tinha raiva de Lambda por terem feito aquilo, não apenas com ele, mas com várias outras pessoas. Mesmo que já tivesse destruído aquele lugar, o ódio ainda se fazia presente. 

Ele se surpreendeu após sentir Ray lhe abraçar, o fazendo sair de seus pensamentos.

— Você queria que nós saíssemos para relembrarmos os velhos tempos, não era? Então, você ainda não me deu um abraço como dava antigamente. 

Norman sorriu e retribuiu o abraço de Ray, dando um selinho rápido nos lábios do outro, logo vendo ele corar. 

— Você ainda continua um fofo corado. — Norman riu e logo viu o outro emburrado. 

— Idiota. 

Norman riu novamente, e em pouco tempo, puxou Ray para um beijo, que foi continuado por Ray. E depois de longos segundos, eles se separaram e se olharam enquanto o rosto de Ray começava a corar. 

Eles ficaram se olhando por alguns segundos, até que Norman deu um selinho na testa de Ray, começando a levar ele para caminhar pela floresta novamente. 

[...] 

Já estava anoitecendo, e os dois estavam na frente do esconderijo onde Ray ficava junto com os outros. 

Norman deu um selinho em Ray, e o outro o abraçou, mas logo saiu do abraço. 

— Tchau Norman! Até mais! 

— Tchau Ray! Até! 

Ray entrou no esconderijo e Norman ficou olhando para Ray até ele sumir da sua vista. E então, ele sumiu e Norman logo começou a andar até seu esconderijo. 

Durante o caminho, a cabeça de Norman começou a doer, o fazendo cair no chão e colocar as mãos na cabeça, tentando de alguma maneira evitar aquela dor. 

Ele colocou a mão na boca, começando a tossir. E depois de longos segundos, ele parou de tossir e olhou para sua mão, a vendo suja de sangue. 

Norman apertou sua mão e levantou do chão com uma grande dificuldade, mas mesmo assim conseguiu levantar e continuar andando até o esconderijo. 

“Me desculpe, Ray… Desculpe por mentir, por não contar toda a verdade… Eu não queria que você ficasse preocupado e parasse de ficar feliz do jeito que está agora. Fazia bastante tempo que eu não via um sorriso em seu rosto, e eu não queria que você parasse de sorrir por minha causa.” Ele pensou enquanto andava até o esconderijo, enxugando sua mão no manto e olhando para o chão. 

Depois de longos minutos, ele chegou no esconderijo e tirou seu manto juntamente com a máscara, logo foi conversar com Vicent sobre as pesquisas.

One - Shots (NorRay)Onde histórias criam vida. Descubra agora