Nomeando Estrelas

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Estava de madrugada, e devido o horário, todos estavam dormindo. Até que Ray acabou acordando por causa da vontade de beber água.

Ray sentou na cama, calçando as pantufas e levantando em seguida. Olhou para os lados, vendo todos dormindo, mas ficou surpreso ao ver a cama de Norman vazia. Porém, ele não ligou muito para isso e saiu do quarto, começando a andar até a cozinha.

Chegou na cozinha, pegou um copo na prateleira, o encheu com água e logo tomou a água do copo. Lavou o copo e o colocou na prateleira novamente, saindo da cozinha e começando a andar pelos corredores.

Ray estava pensando em ir para a biblioteca, já que não estava mais com tanto sono ao ponto de querer voltar a dormir. Mas, depois de passar por alguns corredores, parou de andar depois de ouvir barulho de passos pela casa.

É óbvio que Ray estranhou aquele barulho. Afinal, todos na casa estavam dormindo. Ele pensou que poderia ter sido alguma criança que acordou para ir no banheiro ou na cozinha, então, decidiu andar para o local onde tinha acontecido o barulho.

Subiu as escadas, andou pelos corredores, subiu mais escadas, e parou de andar após parar na frente de uma sala.

A sala onde faziam os testes diários.

No início, Ray se surpreendeu, mas não demorou para abrir a porta e entrar na sala. Quando entrou e fechou a porta, viu a janela aberta. Andou até a janela e colocou a cabeça para fora, olhando para os lados e vendo alguém no telhado da casa.

Ray subiu na janela e passou por ela, pisando no telhado da casa. Andou com cuidado para não cair e subiu no outro telhado. E quando olhou para a pessoa, que se encontrava sentada olhando para o céu, ficou surpreso.

— Norman?! 

Ray olhava surpreso para Norman, que olhou para si com um sorriso no rosto.

— Ray! Senta aqui. — Norman bateu levemente no local do lado dele. Ray andou até ele e sentou do seu lado. 

— O que está fazendo acordado? Afinal, com certeza Mama não deixaria alguém ficar acordado a essa hora.

— Estou sem sono. Já tentei dormir, mas não consegui. Então, resolvi vir para cá. 

— Entendi. É a sua primeira vez aqui? Ou você já veio aqui antes?

— Eu sempre venho para cá quando estou sem sono. 

— E o que você faz quando fica aqui? 

— Fico olhando para o céu. — Norman começou a olhar para o céu. — Olhando as constelações, as estrelas, e até chegando a dar nome para algumas estrelas.

— Você fica dando nome para as estrelas? — Norman olhou para Ray e balançou a cabeça positivamente. — Cria nomes para elas?

— Não. Eu nomeei elas com nome de pessoas que acho importantes. 

— Pessoas importantes? — Norman balançou a cabeça positivamente. — E quem são essas pessoas?

— Mama, Emma, as crianças do orfanato. 

— E alguma estrela tem meu nome?

— É claro! — Ray o olhou surpreso. — Por que você não teria uma?

— Apenas pensei que não teria uma. Mas, qual estrela que tem meu nome? 

— Não dá para mostrar agora. — Ray olhou para Norman de maneira confusa. 

— Por que não?

— Ela não aparece durante a noite, só durante o dia. 

— Que tipo de estrela aparece durante o... — Ray parou de falar depois de entender o que Norman quis dizer. — E-Está falando sério?!

— O Sol é a estrela mais importante do sistema solar. E você é a pessoa mais importante para mim. Então, para mim, você é o Sol.

Ray olhava para Norman surpreso, vendo um sorriso no rosto do garoto. Ele sentiu seu rosto esquentar, sentindo seu rosto corar. Então, desviou o olhar de Norman e escondeu seu rosto com as mãos, ouvindo Norman rir.

— Você é um fofo corado. — Norman falou, passando a mão pelos cabelos de Ray e o bagunçando mais do que já estava bagunçado. 

— Idiota. — Norman riu, abraçando Ray e sentindo o outro retribuir o abraço.

Eles ficaram abraçados por alguns segundos, logo se separaram. Ray colocou a cabeça no ombro de Norman, começando a olhar para as estrelas junto com ele enquanto conversavam sobre o céu e as estrelas.

One - Shots (NorRay)Onde histórias criam vida. Descubra agora