Todos estavam brincando pela floresta, e é claro, Norman estava junto com as crianças, andando pela floresta enquanto procurava pelas crianças que estavam escondidas.
Porém, mesmo que Norman estivesse procurando as crianças, sua mente estava em outro lugar. Sua mente estava concentrada em outra coisa, na verdade, em uma pessoa. E essa pessoa, era Ray.
Ele conseguiu notar o comportamento de Ray mais estranho ultimamente. Mesmo que todos achassem que ele estivesse normal, Norman sabia que tinha alguma coisa errada.
Norman observava Ray, e conseguia ver que alguns dias ele não aparecia na hora do almoço, e quando aparecia, arranjava um jeito de sair sem ninguém perceber, deixando o prato de comida na mesa. Pensou na possibilidade dele não estar comendo, mas sabia que se perguntasse isso, ele obviamente negaria. Então, decidiu ter certeza antes de falar com ele.
Logo saiu de seus pensamentos e voltou a procurar as crianças, tentando ao máximo não pensar em Ray para conseguir achar as crianças mais rapidamente.
[...]
O dia se passou, e logo anoiteceu. Todas as crianças estavam em casa, brincando enquanto esperavam o horário de dormir.
Norman percebeu que Ray não tinha aparecido na hora da janta, o que o deixou um tanto preocupado. Pensou em falar com ele, mas, primeiramente, tinha que lavar a louça junto com Emma. Então, queria terminar de lavar o mais rápido possível para encontrar Ray.
— Está pensativo. Aconteceu alguma coisa? — Emma perguntou enquanto lavava os pratos, vendo Norman olhar para si surpreso. — Sei que você é inteligente, mas você está tão pensativo ao ponto de não conseguir esconder isso. — Ela riu baixo.
— Estou preocupado com Ray. — Norman voltou a olhar para os talheres.
— Aconteceu alguma coisa com ele? — Emma começou a ficar um pouco preocupada.
— Ele não apareceu na hora do almoço, nem na hora da janta. Quase não o vejo comer. — Norman suspirou. — Estou preocupado de que esteja acontecendo alguma coisa e eu não saiba.
— Tentou falar com ele?
— Ainda não, pois sei que ele vai negar e falar que não está acontecendo nada. Mas, vou falar com ele hoje. Tentar fazer ele comer também, por isso deixei o prato dele na mesa. Vou levar para ele depois.
— Leva para ele agora. — Norman a olhou confuso. — Eu posso terminar de lavar a louça.
— Mas a Mama pediu para eu e você lavarmos.
— Só falta alguns pratos. Consigo terminar em pouco tempo, ela nem vai notar! — Emma sorriu. — Vai ser rápido.
— Obrigado. — Norman sorriu gentilmente.
— De nada!
Norman enxugou os talheres e enxugou as mãos com o mesmo pano, colocando ao lado da pia. Andou até a mesa, pegando o prato de Ray junto com um garfo e uma faca, logo saindo da cozinha e começando a procurar o Ray pela casa.
Andou pela casa por um longo tempo, mas não achou Ray. E quando passou pela porta do quarto, começou a ouvir barulhos de choro. Então, abriu a porta lentamente para não fazer barulho.
Olhou para o quarto, ficando surpreso ao ver alguém na cama de Ray, percebendo que os barulhos de choro vinham de lá.
Se aproximou e colocou o prato com a comida na cabeceira, em seguida sentando na cama de Ray, começando a passar a mão por cima da pessoa que estava coberta pelo lençol.
Percebeu que a pessoa tinha parado de chorar na mesma hora, vendo uma certa pessoa de cabelos pretos aparecer, tirando o lençol de cima de si.
— Ray... Por que está chorando? — Norman perguntou preocupado, passando a mão pelo rosto de Ray, enxugando as lágrimas que estavam no rosto dele.
— E-Eu não estou chorando. — Ray virou seu rosto, desviando o olhar de Norman. — É i-impressão sua.
— Então porque seu rosto está molhado com lágrimas? — Norman começou a passar a mão pelo cabelo dele. — Você sabe que não consegue mentir para mim. E sabe que você pode contar o que quiser para mim.
Norman ficou olhando para Ray, esperando que ele falasse alguma coisa, mas apenas o via calado. Então, continuou passando a mão pelo cabelo dele, esperando ele falar alguma coisa enquanto tentava o acalmar.
E depois de um tempo, Ray virou seu rosto, sentando na cama e olhando para Norman enquanto ainda estava coberto com o lençol.
— Você... me acha feio? — Ray perguntou quase em um sussurro, mas mesmo assim, dando para Norman ouvir, o fazendo ficar surpreso pela pergunta.
— Claro que não. Você é perfeito. — Norman passou a mão pelo rosto de Ray, afastando um pouco a franja e vendo ela ficar na frente do olho esquerdo dele novamente.
— Você gosta do meu jeito? Não me acha grosso demais? Não me acha ignorante ou feio?
— Seu jeito é perfeito, e isso nunca vai mudar. Você não é grosso demais, não é ignorante, muito menos feio. Você é perfeito, maravilhoso, lindo, inteligente, carinhoso e cuidadoso com quem você gosta, mesmo não demonstrando muito isso. Você é maravilhoso do jeitinho que você é.
Ray o olhou surpreso, vendo um sorriso gentil e sincero surgir no rosto dele.
— Você... Você realmente acha que eu sou isso tudo, ou está mentindo e falando isso apenas para eu me sentir melhor?
— Se eu estivesse mentindo, seria a pior mentira do mundo.
Ray ficou surpreso, começando a olhar para o lençol enquanto pensava na possibilidade de ele estar mentindo. Talvez ele estivesse falando isso apenas para Ray se sentir melhor? Talvez Norman estivesse mentindo apenas para fazer ele se sentir melhor?
Ele não sabia se deveria confiar em Norman, nem sabia se deveria se convencer por aquelas palavras.
— Eu não te convenci, não foi? — Norman perguntou, fazendo Ray sair de seus pensamentos e olhar para ele. — Acho que não. Então, vou falar isso para você todos os dias. Vou falar e te chamar de perfeito todos os dias até conseguir te convencer.
Ray ficou surpreso, logo viu Norman lhe abraçar. Então, retribuiu o abraço, colocando a cabeça no ombro dele e começando a chorar. Norman apenas o ouviu chorar, acariciando os cabelos dele na tentativa de o acalmar.
E então, depois de longos minutos, Ray conseguiu se acalmar, tirando a cabeça do ombro de Norman e vendo ele olhar para si, começando a passar a mão pelo seu rosto.
— Você é perfeito. — Norman disse, mostrando um sorriso no rosto e dando um selinho na testa dele. — Você é perfeito do jeito que você é.
— Obrigado, Norman. — Ray mostrou um pequeno sorriso no rosto. — Obrigado por tudo.
Norman deu outro selinho na testa de Ray, vendo ele colocar a cabeça em seu colo, e em seguida, começou a fazer carinho nos cabelos dele.
— Você quer comer? — Norman perguntou, passando a mão no cabelo de Ray e vendo ele olhar para si. — Você não comeu o dia todo. Não acha melhor comer agora?
Ray olhou para a cabeceira, vendo o prato em cima dela. Então, depois de alguns segundos, balançou a cabeça positivamente.
Então, Norman pegou o prato com a comida em cima da cabeceira e começou a dar a comida para Ray, que no início achou aquela atitude um tanto infantil, mas depois ficou apenas vendo Norman levar o garfo de comida para a sua boca enquanto o chamava de fofo algumas vezes, o fazendo corar levemente.
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One - Shots (NorRay)
FanfictionEu não sei se isso aqui pode ser considerado como one-shot, porém eu acho que sim. Aqui vai ter alguns one-shots de NorRay. Pode ter um pouco de Gilemma. Vai ter Au's diferentes. Nenhum one-shot tem relação com o outro. Alguns one-shots podem ter...