Cada vez mais perto.

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Capítulo 17.

Cada vez mais perto.

Bendito o momento em que os pais de Bakugou decidiram usar o fim de semana para praticar esportes radicais, ele poderia muito bem reclamar por não vê-los, já que saia da escola justamente para isso, no entanto Bakugou estava extremamente grato naquela noite. Nada parecia capaz de estragar a euforia que o enchia e esse sentimento era avassalador.

Enquanto dirigia, avançando sinuosamente com a moto, ele sentia o corpo quente de Uraraka colado no seu, os braços lhe circulando num gesto caloroso e quase protetor. Por um segundo, Bakugou desejou que a noite se estendesse por mais algumas horas, que o caminho para sua casa fosse mais longe, só para tê-la tão perto por mais tempo.

Quando finalmente pararam, de frente para a casa de Bakugou, a real proporção da situação atingiu os dois. Caramba, eles estavam mesmo a fim um do outro, se beijaram loucamente e iam passar a noite juntos. Na casa dele. Talvez no quarto dele. Na mesma cama. O coração de Uraraka saltou enquanto ela pendurava seu capacete no guidão da moto.

— Você quer beber alguma coisa? — ele perguntou depois que entraram na casa. Os dois tiraram os calçados, ficando de meias. Quando ele acendeu as luzes da cozinha, Uraraka encontrou um ambiente totalmente limpo e bem organizado.

— Uma água gelada seria bom. — Uraraka respondeu. Tudo estava tão silencioso que ela conseguia ouvir as batidas de seu próprio coração.

Rapidamente ele pegou dois copos de vidro no armário, a jarra de água na geladeira e serviu a Uraraka e a si. O líquido gelado deveria ajudar a amenizar o calor que sentia, mas não surtiu qualquer efeito. Eles bateram os copos ao mesmo tempo sobre o balcão e se encararam.

— Onde os seus pais estão? — ela puxou assunto a fim de acabar com aquele clima de tensão sexual. Bem, não totalmente.

— Estão em algum lugar praticando esportes radicais. — ele fez pouco caso, sacudindo os ombros.

— Você não quis ir com eles?

— Nem se fosse obrigado. Sério, a minha mãe tira a minha paciência como ninguém e a falta de ação do meu pai me enlouquece, se eu fosse com eles seria provável ter um ataque do coração. — ele se irritou só de imaginar. Uraraka deu uma risadinha.

— Que bom que decidiu ficar. — ela ficou profundamente grata. Se Bakugou saísse naquele dia, sem dúvidas eles não teriam se resolvido e ainda estariam se martirizando por conta do beijo.

— E que bom que você está aqui. — Bakugou soou com tanta naturalidade que se chocou. Uraraka sorriu largamente, era maravilhoso ouvir aquilo dele.

Observando o rubor lindo subindo pelo rosto dela, Bakugou pigarreou baixinho, deu alguns passos e segurou a mão dela.

— Vem, vamos para o meu quarto. — ele disse simplesmente, sem esboçar qualquer constrangimento.

Uraraka arquejou, tentada, ele acabara de concretizar a suposição dela. E, ainda que o nervosismo a dominasse, Ochako permitiu que Bakugou a guiasse sem protestar. Como se ela sequer pensasse nisso!

Bakugou percebeu que nunca levara uma garota ao seu quarto antes, os encontros carnais que tivera sempre foram na casa da pessoa ou em lugares quase inapropriados. Ele se perguntou se Uraraka gostaria do cômodo ou julgaria. Agora era tarde para indagações.

No entanto, Uraraka boquiabriu-se quando eles adentraram o dormitório. Ela guardava a impressão de que Bakugou fosse um pouco bagunceiro; talvez um par de meias espalhados pelo chão, calçados empurrados para baixo da cama, blusas penduradas na cadeira da escrivaninha. Porém, não havia nada fora do lugar, tudo estava perfeitamente organizado e limpo.

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⏰ Última atualização: Aug 21, 2021 ⏰

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flame [𝑏𝑎𝑘𝑢𝑔𝑜𝑢 x 𝑢𝑟𝑎𝑟𝑎𝑘𝑎]Onde histórias criam vida. Descubra agora