Capítulo 6

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Alexia narrando:

-Não! -Gritei assim que Carter disparou em direção ao Finn. -Não, não, não. -Tentei me levantar da cadeira e ir até ele, mas não consegui graças as cordas.

-Idiota. Eu sabia que não podia confiar nele. -Abaixou a arma e o vi olhando em minha direção.

Observei o corpo de Finn já sem vida no chão. Ele só estava tentando me ajudar.

-Há quanto tempo ele vinha até aqui? -Perguntou.

Não ergui meu olhar para ele, já que meus olhos estão cheios de lágrimas. Me recuso a deixar ele ver eu chorando.

-Está surda, minha querida?

Ele caminhou até mim e pegou em meu rosto com força, me obrigando a olha-lo. Assim que notou minha expressão, um sorriso se formou em seus lábios.

-Vai chorar por esse moleque? -Riu e soltou meu rosto. -Eu devia ter matado ele há muito tempo.

-Você é um monstro. -Falei baixo.

-Como? -Voltou sua atenção para mim. -Escuta aqui, quem está pensando que é para falar assim comigo?

Assim que ele se aproximou o suficiente do meu rosto, sem pensar duas vezes cuspi em seu olho esquerdo. Isso o fez me encarar por um tempo, sem acreditar no que acabei de fazer. Nem eu acredito no que acabei de fazer.

-Agora você está fodida.

Ele puxou meu cabelo para trás e isso acabou fazendo a cadeira cair comigo junto.

-Me larga! -Comecei a gritar.

-Você está muito espertinha pro meu gosto.

Arregalei os meus olhos assim que ele apontou com a arma na direção do meu rosto.

-O que que é? Perdeu o medo, foi? -Apertou mais a arma contra a minha bochecha. -Acha que eu não sou capaz de meter um tiro na sua cabeça, sua filha da puta!?

-Desculpa, desculpa. -Repeti diversas vezes.

-Devia ter me agradecido por eu ter deixado você viva até agora.

-Eu não vou fazer mais isso, eu prometo. Por favor. -As palavras mal saíam de minha boca. Sinto que meu corpo todo está tremendo.

-Eu não vou te matar. Hoje não. -Apertou mais. -Mas garanto que não vai demorar muito pra isso acontecer.

As lágrimas que estavam em meus olhos acabaram saindo e eu não fui capaz de fazer nada para detê-las.

-Só que vou fazer uma coisa para te mostrar quem é que manda aqui. -Se levantou. -Você não perde por esperar.

-Espera, não, por favor! -Tentei me levantar. -Eu vou me comportar, eu prometo.

-Cala a boca. -Dito isso, saiu.

(...)

Um tempo depois de Carter ter saído, um outro cara entrou aqui e me deu uma bebida sem eu querer. Ao sentir que aquilo não se tratava de água, tentei cuspir mas ele tampou minha boca, me impedindo de fazer isso.

Segundos depois eu já fui perdendo a consciência e tudo o que me lembro é de minha cabeça caindo para frente.

(...)

-... no pai? Mas eu pedi para ser mirado no garoto!

Fui abrindo meus olhos aos poucos e consegui escutar duas pessoas conversando do lado de fora do cômodo em que estou.

-Vocês não prestam nem pra fazer o que foi mandado, seus idiotas!

-O pai dela entrou na frente, senhor.

Eu preciso de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora