Capítulo 10

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Alexia narrando:

-Alexia, Alexia! -Stefan entrou correndo aqui. -A polícia está aí na frente. -Ele sorriu e eu me levantei do chão ao sentir a adrenalina me atingir em cheio. -Preciso que você mantenha a calma e finja que não sabe o que está acontecendo. Caso contrário, Carter vai fazer questão de vir aqui e te matar para que não a levem com vida.

Concordei diversas vezes, mesmo não entendendo muito bem.

-Tenho que ir agora. Vejo você lá do lado de fora.

Stefan se aproximou um pouco mais de mim e beijou minha cabeça antes de sair correndo. Voltei para o local em que eu estava e abracei minhas pernas.

Eles vão conseguir, eu vou ser salva. Eles vão conseguir, eu vou ser salva. Eles vão conseguir, eu vou ser salva.

Sons de tiro ecoou aqui do lado de dentro e eu tive que tampar os ouvidos ao parecer que isso está acontecendo bem aqui do lado de fora do cômodo. Os tiros começaram a ficar constantes e minha cabeça começou a doer.

Parece que somente agora que meu corpo está se dando conta de tudo o que aconteceu. Toda a exaustão, má alimentação e desidratação me atingiu em cheio.

Sinto como se meu corpo simplesmente quisesse se desligar por alguns dias.

-Você! -A porta se escancarou e Carter entrou, trancando a porta do lado de dentro logo em seguida.

-O que está fazendo? Não, não. Me solta! -Me debati assim que ele segurou meus braços com toda a força que possui.

-Fica de boquinha fechada, me entendeu? Se não fizer isso, eu juro que meto uma bala na sua cabeça, sua filha da puta.

Senti meus olhos arderem diante de tanta brutalidade. No local em que ele está segurando, notei estar ficando vermelho.

-Polícia! Abra a porta.

Minha atenção correu para a porta e involuntariamente eu comecei a gritar.

-Eu já mandei você calar a boca. -Carter apontou a arma na direção de minha cabeça e isso fez o meu corpo todo tremer.

Eu vou morrer.

-Abra a porta agora ou nós vamos arrombar!

-P-Por fa-avor, Carter. Por favor. -Disse histérica. -Eu não falo nada sobre você. Eu juro. Juro por tudo o que eu tenho. Só por favor, por favor me deixa sair daqui. -Chorei.

-Você acha mesmo que vou deixar você sair viva dessa? -Sua risada abafada causou um arrepio em meu pescoço.

-Eu faço qualquer coisa. -Solucei. -É só me pedir.

Um som de tiro do lado de fora me fez tremer mais ainda. Logo em seguida vários gritos histéricos de mulheres invadiu todo o local. Ele realmente mantinha outras aqui.

-Carter. -Implorei.

-Eu já mandei você calar a porra da boca!

Outro som de tiro ecoou aqui dentro. Mas diferente das outras vezes, dessa vez foi realmente aqui dentro. Olhei para baixo ao sentir algo escorrendo sobre minha perna. Sangue começou a jorrar dela, do lugar em que fui baleada. O choque do momento não me deixou sentir dor, mas isso não me impediu de gritar.

Assim que comecei a fazer isso, sons começaram a vir da porta, como se estivessem realmente tentando arrombar.

-Por que você... o que você?

Comecei a ficar tonta ao ver a quantidade de sangue que estava pingando no chão. Senti minha garganta se fechar e eu me esqueci completamente de como se respira.

Eu preciso de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora