flores de 1970 (tradução pt-br)

cap 1

George deu os primeiros passos até sua casa, chaves em mãos e um olhar sombrio em seu rosto.

A vizinhança parecia ser bem quieta exceto pelo barulho ocasional de um carro ou outro passando, que não ajudava sua batalha com a isolação e solidão.

Quanto mais quieto estivesse, mais altos eram seus pensamentos, então ele entrou em sua casa vazia, tão vazia que uma gota de água pingando seria claramente audível, sua cabeça estava lotada com uma massa de conceitos.

Ele seguiu seu caminho até seu quarto, carregando sua jaqueta em sua mão enquanto ele jogava suas chaves na mesa e se jogava na cama.

Ele esperou um tempo, sua cabeça era a única coisa lhe fazendo companhia, e não era uma boa companhia. Tudo o que ele tinha eram arrependimentos e cenários de futuros melhores se ele tivesse tomado decisões melhores no passado.

De repente ele ouviu um toque vindo do outro lado do quarto. Não estava vindo do seu celular, mas do telefone vintage que ele tinha encontrado em sua casa assim que se mudou.

Ele tinha passado semanas tentando consertar o telefone, mas eventualmente acabou desistindo, mas agora parecia estar totalmente operacional.

Ele correu para o telefone e atendeu, "Alô?"

"Eai Sap, você acredita que o governador Schlatt teve um ataque cardíaco e morreu hoje? Isso é insano." Um homem do outro lado da linha resmungou pelo telefone.

"Sinto muito, mas você deve ter errado o númer- Hoje?" George perguntou, confuso.

"Oh, bem, desculpa então, mas é, hoje. Tá nos jornais." A voz respondeu, não se importando em desligar a chamada mesmo que fosse o número errado.

George arqueou a sobrancelha, "Você tá falando sobre o governador Schlatt da Florida?"

"É, de quem mais." O homem respondeu, seu encolher de ombros visível em seu tom.

"Schlatt morreu a uns cinquenta anos atrás." George estava convencido de que ou ele estava falando com alguém que não foi educado, ou alguém completamente maluco.

O homem riu alto, "Eu não sei você, mas eu não lembro de Schlatt morrendo em 1920."

Agora George sabia que o homem não sabia matemática. Cinquenta anos atrás não era 1920.

"Todo mundo sabe que ele morreu em 1970. Então o seu braço direito Jack quase foi assassinado no dia seguinte." George disse ao homem.

Ele não sabia porque ele estava tão decidido em corrigir um estranho, mas ele fez apesar disso.

"Jack? Todo mundo ama o Jack. Ele está bem e está dando um discurso agora, escute." O telefone soou como se estivesse se movendo, e então estava virado para um rádio.

O rádio mal conseguia ser escutado, mas George conseguia entender palavras como "Foi uma perda trágica." e outras. Definitivamente parecia com Jack.

George percebeu que estava falando com uma pessoa maluca e desligou. Ele andou até sua cama, pensou na ligação por não mais do que três minutos antes de acabar dormindo.

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