cap 6

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Dream estava deitado em sua cama, deixando seus discos tocarem ao fundo e olhando para o papel de parede. "Por que me deu, então?"

Como Dream poderia responder isso? Ele deu a George porque queria que sua pessoa favorita tivesse sua coisa favorita, mas tudo estava tão errado. Ele se importava com alguém que nem existia ainda.

Ele se importava com seu melhor amigo Sapnap também, mas não da maneira como ele se importava com George, alguém que ele nunca tinha conhecido.

"Dream?" George murmurou ao telefone.

"Oh... uh sim, acho que não vou precisar no futuro." Ele respondeu falsamente. "Hm, tudo bem." George parecia estar lutando para pegar mais itens.

Na cápsula tinham outras pequenas coisas, como uma velha fita cassete de música e cartões de baseball. Depois de um tempo, George viu uma pequena vasilha e levantou contra os olhos. Ele então a abriu, era uma tinta, estava seca, rachada e vencida, uma tinta verde-limão que agora era um verde floresta escuro.

"O que você abriu?" Dream perguntou baixinho.

"Tinta verde." George enfiou o dedo e o que viu o surpreendeu. Seu dedo quebrou a dura camada rachada e mergulhou em uma tinta aguada e preservada que ele tinha certeza era da cor original.

"Tenho certeza que está feia agora, né?" Dream brincou, mas George olhou para o dedo coberto de tinta. "Não. É perfeita."

George teve uma ideia. Ele derramou uma boa parte da tinta na mão e espalhou com o dedo.

"Você tá aí? O que você tá fazendo?" Dream perguntou, mas George foi até a parede de seu quarto.

Ele olhou para a marca da mão de Dream e, com um movimento, colocou a mão coberta de tinta bem ao lado dela. A diferença no tamanho de suas mãos era interessante, junto com o detalhe de que a impressão da mão de Dream era velha e rachada, enquanto a de George era limpa e fresca e ainda tinha uma cor brilhante.

George agarrou o telefone com a mão limpa, "Sim, estou aqui."

"O que você fez?"

George olhou para as duas impressões de mãos, "Nada." Ele murmurou.

"Ah..." Dream murmurou: "Bem, tem mais uma coisa aí. Presa com fita adesiva no interior da cápsula. Você pode olhar, mas vou ter que desligar."

"Por que?" George perguntou.

"Tchau, George. Tenha uma boa noite." Dream se despediu e antes que George pudesse pedir uma explicação mais uma vez, a conexão foi cortada.

George desligou o telefone com um suspiro e verificou o interior da cápsula. Dentro havia um pedaço de papel. Uma polaroid.

Era de Dream. Aparentemente tirada por outra pessoa. Ele estava sorrindo, com um lindo cabelo loiro escuro e uma estatura alta. Ele estava segurando um gato de estimação e estava no mesmo quarto em que George estava naquele momento.

George o achava muito bonito. Ele estava ficando com sono, e seus olhos se fecharam com a foto perto dele.

flores de 1970 (tradução pt-br)Onde histórias criam vida. Descubra agora