Capítulo 15

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Heitor On

Eu quase não acreditei quando ouvi a voz dela no telefone,depois de todo esse tempo,depois das buscas serem encerradas,eu sabia que ela estava viva,e agora que tinha-mos a localizado,em pouco tempo estaria de volta em casa. Hoje fazem três dias desde seu contato, estamos planejando tudo com muito cuidado,nada pode dar errado.

-Heitor,vem ver o que achamos. Clara diz me chamando e acompanho.

O que é isso?

-Um convite para reinauguração do bordel do Henrique.

E onde acharam isso?

-Chegou até um dos nossos policiais,não sei como.

Será que é alguma armadilha?

-Não sei,mas o dia é amanhã e nós vamos mandar um dos nossos pra lá e ao seu sinal vamos invadir.

Ótimo,me mantenha informado. E avise a todos que o Henrique é meu,ninguém encosta nele.

-Ok.

Heitor Off

Três dias amarrada aqui,e a única coisa que meu estômago estava vendo eram dois copos de suco ao dia,me sintia fraca,tudo em mim dóia.

-Espero que tenha aprendido a lição e nunca mais tente contra mim. Era ele,depois de três dias ele deu as caras.

Veio fazer o que aqui? Preferia morrer sem ver essa sua cara de psicopata.

-Sem drama. Ele me desamarra e sinto um alivio sem tamanho.

Onde estão as meninas?

-Você vai saber. Vamos.

De volta a casa encontro as meninas reunidas na cozinha,as mesmas ficam espantadas ao me ver.

-Hoje minha querida você não vai me impedir de inaugurar esse lugar,mas não vai de maneira nenhuma. Agora coma.

Vocês estão bem? Pergunto assim que ele sai.

-Estamos,nós achavamos que ele tinha te matado. Maria diz olhando meus machucados.

Ele até tentou,mas não foi dessa vez.

-Ele trancou a Marcela em um quarto lá em cima. Paula diz.

Mas por quê?

-Ela perguntou de você e o gritou.

Mas é um filho da mãe mesmo,eu vou acha-la não se preocupem.

-Você tem se arriscado muito,tá toda machucada.

Eu vou ficar bem,fiquem tranquilas. Termino de comer,não colocava nada sólido no estômago á dias e vou até a parte superior da casa em busca da Marcela,depois de abrir alguns quartos sem sucesso,encontro um fechado e ao chamar ela responde.

-Clarice,eu achei que você estivesse morta.

Você não vai se livrar de mim tão fácil. Eu vou dar um jeito de tirar daqui. Saio do quarto e vou ao escritório do crápula,a chave devia estar lá. Para minha sorte nem ele e nem o fiel escudeiro dele estavam,reviro tudo até achar a chave no fundo de uma das gavetas,volto correndo pra onde estava e abro a porta.

-Obrigada Clarice...

Ele te fez alguma coisa?

-Não,só me deixou sem comida.

Então venha,vamos comer.

-Ele não vai gostar,é melhor eu ficar aqui não quero que ele desconte em você.

Já disse que não precisa se preocupar comigo. Vamos. Chegando a cozinha as meninas correm para saber o que aconteceu com Marcela,eu observo tudo de longe esperando ansiosamente pelo Henrique,que também não demora chegar.

-Mas que diabos está acontecendo aqui???? Eu não tinha te trancado no quarto??

Tinha meu querido,mas eu a tirei de lá. Digo sem demora.

-Que inferno de mulher. Minha paciência com você acabou de zerar. Diz me segurando pelos cabelos,eu claro não fico por baixo e pego a frigideira que estava em cima do fogão e bato sem dó em sua cabeça,o fazendo cair apagado no chão.

Me ajudem aqui meninas,vamos leva-lo pro quarto e amarra-lo.

-Mas e se ele acordar?

Isso não vai acontecer nem tão cedo,agora vamos antes que o Paulo chegue. Com certa dificuldade conseguimos chegar até o quarto,lá o sentamos em uma cadeira e amarramos,as emninas deram tantos nós que nem se ele quisesse se soltar fácilmente ele conseguiria. Agora vamos passar fita na boca dele.

-E agora?

Agora vamos procurar um telefone celular e entrar em contato com a polícia.

-O que você vai fazer com a chave da porta? Maria me pergunta

Jogar no vaso e dar descarga,Marcela você vai ter que ficar escondida,o Paulo não pode te ver,ele tem que achar que achar que você está no quarto.

-Certo. E depois?

Ainda não sei,mas vamos conseguir sair daqui. Eu ainda não tinha pensado em nada,depois que tentei fugir Henrique só deixou um carro aqui e ele estava com o Paulo,fugir a pé era arriscado já que não sabíamos pra onde ir. Tudo estava indo bem,Paulo chegou por volta das duas horas e estranhou a ausência do chefe claro.

-Você sabe pra onde o chefe foi? Pergunta a mim.

O cachorinho dele é você,então não me pergunte.

-Você se acha demais garota,por mim você já tinha sido devorada pelos urubus.

Me poupe Paulo,agora vai correr atrás do seu chefe e deixa a gente em paz.

-O que vamos fazer? Paula pergunta assim que ele se retira.

Fique aqui.Volto ao escritório do Henrique e procuro pelo frasco com o liquido que ele usou para apagar todas nós,estava quase desistindo quando vi em cima de uma estante,subi em uma cadeira e o peguei,destampei e senti o cheiro,era ele. Agora vocês estão ferrados.

-Onde você estava?

No escritório do Henrique,cadê o Paulo?

-Tá na sala.

Ótimo,fiquem atentas ao meu chamado. Digo e saio. Antes de chegar na sala ensopo todo pano com o liquido do frasco e vou ao seu encontro. Como ele estava sentado no sofá de costas pra mim não seria dificil conseguir êxito,ao colocar o pano em seu nariz ele se debate o quanto pode,tenta levantar mas já estava embriagado pelo cheiro forte,apertas minhas mãos e se isso não o apagasse logo ele iria quebra-las......Finalmente.

Meninas,venham aqui. Chamo e elas aparecem.

-O que você fez com ele?

Fiz ele provar do próprio veneno.Agora me ajudem,temos que tira-lo daqui. Sem demora as meninas me ajudam,ele era duplamente mais pesado que o Henrique e eu estava exausta,perder aquilo tudo de sangue no acidente com certeza não foi nada bom.

-Clarice você está pálida. Maria diz parando em minha frente.

Eu tô um pouco cansada,só isso. Ao chegar no quarto as meninas o colocam na cadeira e então começamos a amarra-lo,eu como estava com um braço engessado foi difícil fazer com agilidade,mas no fim deu tudo certo,o amarramos e tapamos sua boca com fita.

-E agora?

Só temos um carro aqui,não cabem todas,então vamos ter que esperar até a noite,vamos usar os carros dos convidados para fugir.

-Eles vão desconfiar da ausência deles.

Deixem essa parte comigo. Agora vamos nos arrumar que falta pouco para eles chegarem.

O Acaso de ClariceOnde histórias criam vida. Descubra agora