Heitor On
Eu quase não acreditei quando ouvi a voz dela no telefone,depois de todo esse tempo,depois das buscas serem encerradas,eu sabia que ela estava viva,e agora que tinha-mos a localizado,em pouco tempo estaria de volta em casa. Hoje fazem três dias desde seu contato, estamos planejando tudo com muito cuidado,nada pode dar errado.
-Heitor,vem ver o que achamos. Clara diz me chamando e acompanho.
O que é isso?
-Um convite para reinauguração do bordel do Henrique.
E onde acharam isso?
-Chegou até um dos nossos policiais,não sei como.
Será que é alguma armadilha?
-Não sei,mas o dia é amanhã e nós vamos mandar um dos nossos pra lá e ao seu sinal vamos invadir.
Ótimo,me mantenha informado. E avise a todos que o Henrique é meu,ninguém encosta nele.
-Ok.
Heitor Off
Três dias amarrada aqui,e a única coisa que meu estômago estava vendo eram dois copos de suco ao dia,me sintia fraca,tudo em mim dóia.
-Espero que tenha aprendido a lição e nunca mais tente contra mim. Era ele,depois de três dias ele deu as caras.
Veio fazer o que aqui? Preferia morrer sem ver essa sua cara de psicopata.
-Sem drama. Ele me desamarra e sinto um alivio sem tamanho.
Onde estão as meninas?
-Você vai saber. Vamos.
De volta a casa encontro as meninas reunidas na cozinha,as mesmas ficam espantadas ao me ver.
-Hoje minha querida você não vai me impedir de inaugurar esse lugar,mas não vai de maneira nenhuma. Agora coma.
Vocês estão bem? Pergunto assim que ele sai.
-Estamos,nós achavamos que ele tinha te matado. Maria diz olhando meus machucados.
Ele até tentou,mas não foi dessa vez.
-Ele trancou a Marcela em um quarto lá em cima. Paula diz.
Mas por quê?
-Ela perguntou de você e o gritou.
Mas é um filho da mãe mesmo,eu vou acha-la não se preocupem.
-Você tem se arriscado muito,tá toda machucada.
Eu vou ficar bem,fiquem tranquilas. Termino de comer,não colocava nada sólido no estômago á dias e vou até a parte superior da casa em busca da Marcela,depois de abrir alguns quartos sem sucesso,encontro um fechado e ao chamar ela responde.
-Clarice,eu achei que você estivesse morta.
Você não vai se livrar de mim tão fácil. Eu vou dar um jeito de tirar daqui. Saio do quarto e vou ao escritório do crápula,a chave devia estar lá. Para minha sorte nem ele e nem o fiel escudeiro dele estavam,reviro tudo até achar a chave no fundo de uma das gavetas,volto correndo pra onde estava e abro a porta.
-Obrigada Clarice...
Ele te fez alguma coisa?
-Não,só me deixou sem comida.
Então venha,vamos comer.
-Ele não vai gostar,é melhor eu ficar aqui não quero que ele desconte em você.
Já disse que não precisa se preocupar comigo. Vamos. Chegando a cozinha as meninas correm para saber o que aconteceu com Marcela,eu observo tudo de longe esperando ansiosamente pelo Henrique,que também não demora chegar.
-Mas que diabos está acontecendo aqui???? Eu não tinha te trancado no quarto??
Tinha meu querido,mas eu a tirei de lá. Digo sem demora.
-Que inferno de mulher. Minha paciência com você acabou de zerar. Diz me segurando pelos cabelos,eu claro não fico por baixo e pego a frigideira que estava em cima do fogão e bato sem dó em sua cabeça,o fazendo cair apagado no chão.
Me ajudem aqui meninas,vamos leva-lo pro quarto e amarra-lo.
-Mas e se ele acordar?
Isso não vai acontecer nem tão cedo,agora vamos antes que o Paulo chegue. Com certa dificuldade conseguimos chegar até o quarto,lá o sentamos em uma cadeira e amarramos,as emninas deram tantos nós que nem se ele quisesse se soltar fácilmente ele conseguiria. Agora vamos passar fita na boca dele.
-E agora?
Agora vamos procurar um telefone celular e entrar em contato com a polícia.
-O que você vai fazer com a chave da porta? Maria me pergunta
Jogar no vaso e dar descarga,Marcela você vai ter que ficar escondida,o Paulo não pode te ver,ele tem que achar que achar que você está no quarto.
-Certo. E depois?
Ainda não sei,mas vamos conseguir sair daqui. Eu ainda não tinha pensado em nada,depois que tentei fugir Henrique só deixou um carro aqui e ele estava com o Paulo,fugir a pé era arriscado já que não sabíamos pra onde ir. Tudo estava indo bem,Paulo chegou por volta das duas horas e estranhou a ausência do chefe claro.
-Você sabe pra onde o chefe foi? Pergunta a mim.
O cachorinho dele é você,então não me pergunte.
-Você se acha demais garota,por mim você já tinha sido devorada pelos urubus.
Me poupe Paulo,agora vai correr atrás do seu chefe e deixa a gente em paz.
-O que vamos fazer? Paula pergunta assim que ele se retira.
Fique aqui.Volto ao escritório do Henrique e procuro pelo frasco com o liquido que ele usou para apagar todas nós,estava quase desistindo quando vi em cima de uma estante,subi em uma cadeira e o peguei,destampei e senti o cheiro,era ele. Agora vocês estão ferrados.
-Onde você estava?
No escritório do Henrique,cadê o Paulo?
-Tá na sala.
Ótimo,fiquem atentas ao meu chamado. Digo e saio. Antes de chegar na sala ensopo todo pano com o liquido do frasco e vou ao seu encontro. Como ele estava sentado no sofá de costas pra mim não seria dificil conseguir êxito,ao colocar o pano em seu nariz ele se debate o quanto pode,tenta levantar mas já estava embriagado pelo cheiro forte,apertas minhas mãos e se isso não o apagasse logo ele iria quebra-las......Finalmente.
Meninas,venham aqui. Chamo e elas aparecem.
-O que você fez com ele?
Fiz ele provar do próprio veneno.Agora me ajudem,temos que tira-lo daqui. Sem demora as meninas me ajudam,ele era duplamente mais pesado que o Henrique e eu estava exausta,perder aquilo tudo de sangue no acidente com certeza não foi nada bom.
-Clarice você está pálida. Maria diz parando em minha frente.
Eu tô um pouco cansada,só isso. Ao chegar no quarto as meninas o colocam na cadeira e então começamos a amarra-lo,eu como estava com um braço engessado foi difícil fazer com agilidade,mas no fim deu tudo certo,o amarramos e tapamos sua boca com fita.
-E agora?
Só temos um carro aqui,não cabem todas,então vamos ter que esperar até a noite,vamos usar os carros dos convidados para fugir.
-Eles vão desconfiar da ausência deles.
Deixem essa parte comigo. Agora vamos nos arrumar que falta pouco para eles chegarem.