Go-eun
— Digamos que ela é a perfeitinha. A irmã mais velha. A que vai cuidar dos negócios da família. A preferida — falou, quase, com desgosto e eu ri, me sentindo cansada. Talvez por ter passado o dia correndo com o enjoo, ou talvez pela gravidez. Vou poder culpar o bebê pelo meu mal-estar, durante um tempo. — Você parece cansada.
— Posso dormir aqui? — perguntei, fechando os olhos para descansar e ele concordou com a cabeça, se aproximando para deitar ao meu lado, um tanto, afastado do meu corpo. — Obrigada por não ir embora. Ficar sozinha me deixaria triste hoje — disse e fechei os olhos para aproveitar a noite.
— Não dorme ainda — disse, perto do meu ouvido e eu arrepiei, me virando para ver o que ele queria. — Me deixa te mimar, um pouquinho — sussurrou, me fazendo arrepiar e enfim, eu sorri, me virando para encarando. Ele tomou meus lábios e me puxou para perto de si, me deixando extasiada.
O homem tirou a minha calcinha, já que eu usava, apenas, uma camisola e colocou o seu pau para fora, se enterrando dentro de mim, sem qualquer preparação. Jungkook metia em minha entrada com força, enquanto puxava os meus cabelos e eu gemia, descontroladamente. Ele pareceu cansar e saiu de dentro de mim, ficando no meio das minhas pernas e lambendo a minha buceta com carinho. Eu passei a fazer um cafuné em seu cabelo e gozei na sua boca.
— Jungkook! — gritei, me sentando no colchão. Eu havia dormido... e sonhado com Jeon? Um sonho erótico? O homem pareceu se preocupar com o meu grito repentino e abriu os olhos, confuso. — Te acordei? — perguntei, curiosa e ele sorriu.
— Sem problemas — disse, se sentando na cama e passou as mãos nas minhas costas. — O que aconteceu? Foi um pesadelo? — Não, sonhei que você estava me comendo. No entanto, correta como sou e com noção da nossa relação, eu só resolvi concordar com a questão.
— Foi... um pesadelo horrível — contei e ele me puxou para deitar.
— Está tudo bem. Já passou, foi só um sonho — contou, tentando me tranquilizar e eu concordei. Era esse o problema. Foi só um sonho. Eu me virei de costas para ele e fechei os olhos, tentando relaxar para conseguir dormir novamente e sem sonhos com Jungkook dessa vez. Espero eu.
No dia seguinte, me levantei, indo até o meu quarto, me preparando para tomar banho. Quando terminei de me arrumar, desci para a sala, me sentando no sofá, um tanto, enjoada com o cheiro forte de queijo que vinha da cozinha. Eu não tinha problemas com cheiros, mas desde que a minha gravidez começou, isso virou um pesadelo.
— Você não parece bem — falou, a mãe de Jungkook, assim que eu me sentei na mesa de jantar e eu concordei com a cabeça, colocando a mão no rosto, sentindo o enjoo piorar, quando o prato de queijo foi colocado em cima da mesa, perto de mim. Eu tive que correr até o banheiro do térreo para colocar tudo para fora. — Tire as comidas com cheiro forte, vai deixar ela mal. — Ouvi a mulher dizer do banheiro e suspirei, lavando a minha boca.
— Estou melhor — contei, assim que me sentei, de novo na mesa, procurando algo para comer. Eu comi tudo o que eu tinha direito. Parecia que eu nunca havia comido na vida, mas de qualquer forma, foi a melhor sensação da minha vida inteira. — Estava tudo muito gostoso — elogiei a comida, me levantando e arregalei os olhos.
Fazia, exatas, cinco semanas que eu não ia trabalhar! Eu levantei da mesa, tropeçando nos meus próprios pés, indo até o meu quarto, colocando toda a papelada, dentro da bolsa para tentar explicar ao meu chefe o motivo de ter faltado tanto. Quando eu estava chegando na porta e quase alcançando a maçaneta, fui impedida por alguém.
— Onde você está indo? — perguntou, o pai de Jungkook, curioso e eu o olhei e sorri em desespero. Eu estava com pressa, não tinha tempo para, simplesmente, explicar o que estava acontecendo.
— Olha... eu preciso ir trabalhar, ou eu vou ser demitida — expliquei, rapidamente, abrindo a porta, sem me importar com os apelos para que eu não saísse de casa. — Muito obrigada pelo seu cuidado, mas vou ficar bem. Volto antes dos seus familiares chegarem, eu prometo — falei, saindo da mansão e ele não permitiu que fechasse, gritando da porta para que eu ouvisse.
— Você vai pra lá vestida dessa maneira? — perguntou, quase, incrédulo e eu olhei para as minhas próprias vestimentas, enquanto caminhava. Não havia nada de errado com as minhas roupas. Um cropped sem manga, rosa e uma calça folgada da mesma cor. Eu usava um tênis branco. Sinceramente? Eu estava uma puta gostosa. Tenho que aproveitar, enquanto a minha barriga não cresceu. Logo minhas roupas não vão mais me servir.
Ao chegar no estabelecimento, os funcionários estavam todos na sala do chefe, eu entrei, afoita, quase, desesperada em dar a explicação sobre o meu sumiço. Apesar de acreditar que poucos levariam minha explicação à sério. Engravidei de um cara rico que todos já viram na televisão, por ser o filho rebelde dos pais milionários e agora eles não querem que eu trabalhe. A última coisa que eles vão é acreditar. Nem eu acreditaria.
— E... Go-eun. Que milagre te ver — disse, o meu chefe e eu acenei, timidamente. — Eu preciso conversar à sós com você. Cinco semanas sem vir. Espero que tenha uma boa explicação pra isso — falou, então eu suspirei com todos os olhares sendo direcionados à mim.
— Eu... estou grávida. — Após a minha fala, todos ficaram surpresos e me encararam com certo desespero. Claro que eles conheciam minha fama em boates, então, acredito que eles não me imaginam sendo mãe. — Surpresa. Eu estou grávida. Essas semanas foram complicadas. Não tive tempo nem de respirar e... ainda tenho que aturar o pai do bebê.
— Quem é o pai do bebê? — perguntou, um dos funcionários.
— Não importa. — Resolvi mentir, não valeria à pena. Era isso que eu pensava, pelo menos. No entanto, aconteceu o que eu já imaginava. Claro que fui demitida. Gravidez não era uma desculpa para tantas faltas incoerentes. Grande merda! Fui de uma funcionária do mês à uma grávida irresponsável. — Cheguei — falei, assim que abri a porta com a chave que havia roubado do hall de entrada.
Eu coloquei a chave de volta no lugar e voltei ao meu quarto, me sentando na cama. Minha vida mudou tanto nessas últimas semanas que chegava a me assustar. Não trabalhar era algo que me incomodava, mas eu sabia que o pai de Jungkook, jamais, deixaria que eu arrumasse um novo emprego. Chegava a me irritar. Mas estava tudo bem, estava fazendo pelo meu feijãozinho.
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ACIDENTE DE UMA NOITE || JJK
FanfictionGo-eun adorava festas. Ela adorava ir para boates se divertir, dançar bêbada em uma mesa. Certo dia, ela acabou na cama com um homem que acabou a engravidando. Justamente por esse motivo, ela foi obrigada a se casar com o pai do bebê. Jungkook não e...