ACIDENTE DE UMA NOITE || JJK

- O que sabe fazer? -

Go-eun

   Algumas horas depois, eu me levantei, indo até a porta e chamei o Jungkook para ir no mercado comigo. Eu fiquei muito contente de ele ter aceitado me acompanhar. Chegamos no lugar e ele parecia uma criança, observando tudo com muita curiosidade. Eu o olhei e ri, antes de negar com a cabeça, rindo de suas reações.

   — Parece até que nunca veio num mercado — contei, ouvindo-o rir.

   — Eu nunca vim em um mercado. — Eu o olhei, surpresa e ele concordei. — Eu sempre tive pessoas que fizessem isso por mim, então eu nunca precisei vir — explicou, sem tirar os olhos das prateleiras diversas e eu olhei a lista que havia trazido com os ingredientes que faltavam para fazer o bolo que eu queria.

   — Fique à vontade pra explorar, só não se perca — avisei, pegando um dos itens, então ele saiu para andar pelo local. Eu acabei rindo com a curiosidade que ele tinha e continuei com as minhas compras, até ouvir uma voz conhecida.

   — Oi, não esperava te ver aqui. — Ouvi essa voz tão familiar e me virei, vendo Jin atrás de mim. Eu sorri, animada e o abracei, contente. — Não te vejo há tanto tempo. Pareceu uma eternidade. Sua mãe me contou que você está grávida e vai casar. Meus parabéns — falou, sincero e eu concordei com a cabeça, emocionada.

   — Sim, eu estou muito feliz, de verdade — confessei, então coloquei a mão na barriga. — O sexo do bebê vai ser uma surpresa pra mim, mas o pai dele não aguentou a emoção e perguntou pra obstetra — contei, inocentemente e Jin riu.

   — Seu plano de manter a surpresa nunca vai mudar. — Eu concordei com a cabeça, enquanto achava graça da situação, então Jeon apareceu, abraçando a minha cintura, olhando para o homem da frente, incomodado. — Boa tarde, você deve ser o noivo da Go-eun — supôs e o outro, assentiu, sem dizer muito.

   — Então, eu vou continuar com as compras. Bom te ver, de verdade — falei, puxando meu noivo para longe e segui com as minhas compras. — Olha que bonitinho — elogiei, achando as roupinhas de bebês fofas. Eu peguei aqueles macacões lindos e me derreti todinha olhando para aquela roupinhas.

   — Você vai querer comprar?

   — Ah, não. Eu nem sei o sexo do bebê ainda.

   — Mas a gente não pode deixar o nosso menininho sem roupas — disse, sem pensar e eu arregalei os olhos, ao perceber que ele havia dito o sexo do nosso filho. Ele percebeu o que havia feito e pareceu ficar tão abalado, quanto eu. — Ah, eu quis dizer que... é... — Mesmo que ele bolasse a melhor desculpa do mundo, o seu nervosismo o entregou.

   — Nós... vamos ter um menininho? — perguntei, segurando o meu sorriso e ele concordou, minimamente e eu sorri, contente. — Um menininho lindo — comemorei, deitando a minha cabeça no seu ombro. — Esse não era o plano, mas... isso me deixou tão feliz que eu nem consigo ficar brava. Vamos comprar — pedi, segurando alguns casaquinhos de várias cores e ele o segurou, colocando no carrinho.

   — Querendo, ou não, é um alívio que agora você sabe. Eu sou ansioso e não aguentaria não dizer — avisou e eu concordei com a cabeça, enquanto ria. — Me desculpe por estragar a tradição da sua família, foi automático — pediu, novamente e eu neguei, sem me importar.

   — Está tudo bem, de verdade. É bom saber antes do nosso bebê nascer — respondi, animada e depois de pagarmos as nossas coisas, nós voltamos para casa e eu deixei as compras em cima do balcão da cozinha. — Eu queria fazer um bolo. Já tentou fazer? Pode ser divertido — sugestionei, animada e ele deu de ombros.

   — Vamos fazer um bolo juntos, então. — Concordei, puxando-o para me ajudar.

   — Você pode quebrar três ovos nessa bacia? — pedi, então o vi, segurar o que pedi, mas percebi que ele encarou os ovos com certa confusão e segurou o garfo, sem saber o que fazer. — O que aconteceu? — indaguei, chegando perto dele e o homem, suspirou, agoniado.

   — Como que eu faço isso? — perguntou, quase, desesperado. Eu acabei rindo e o ajudei a fazer o que queria. — Eu vou tentar — avisou, confuso e eu assenti, indo fazer as outras coisas para o preparo do doce. Assim que colocamos a nossa forma no forno, ele sorriu, aliviado. Quando tiramos o bolo pronto, ele suspirou, um pouco frustrado.

   — Eu não sei fazer nada, não é? — perguntou, chateado e eu bati em seu ombro de leve.

   — Bom... já sabe fazer bolo — contei, empurrando o doce e ele olhou para a massa cozida. — Não se preocupe, Jungkook. Você... sabe pintar. Seus quadros também são lindos — avisei e ele concordou, minimamente, orgulhoso. Ele pareceu ficar mais tranquilo e eu subi para o quarto depois de comer. Passei várias horas para terminar de costurar o meu vestido de noiva, até que finalmente consegui finalizar.

   — Você acabou? — Ouvi a voz de Jungkook e me virei, vendo ele encarar o meu vestido no manequim. — Ele ficou muito bonito — elogiou e eu sorri, contente. Eu, realmente, havia feito aquele vestido em poucos meses. E ele havia ficado lindo.

   — Ele ficou, não ficou? Agora sua mãe não vai me dizer pra eu usar aquele vestido horrível que ela comprou — reclamei, verdadeiramente, o ouvindo rir sobre a minha declaração. — De verdade, eu não sei quem costurou aquilo, mas não é algo que eu usaria. Eu passei meses, até conseguir e consegui. No tamanho exato que vai estar a minha barriga no mês que vem. Que é o nosso casamento — contei, olhando para a peça com certo orgulho.

   — Você... está nervosa, sabe... sobre isso? — perguntou, olhando para o meu rosto e eu o olhei. Na verdade, eu nunca havia pensado sobre isso. Nunca cheguei a pensar numa conclusão para essa história.

   — Eu não sei. Não pensei sobre isso. Eu imagino que vamos ficar juntos no primeiro ano de vida do nosso bebê e depois vamos achar um motivo pra mídia pra dizer o motivo de termos nos separado — contei, um tanto incomodada e suspirei. — Mas de verdade. Não há motivos pra eu ter algum nervosismo, se vamos nos divorciar em um ano.

   — É uma boa linha de raciocínio. — Concordei com a cabeça e me deitei na cama, fechando os olhos para descansar. Então, eu abri os olhos, rapidamente, ao sentir algo se mexendo dentro de mim.

   — Ah, meu Deus, ele chutou! — avisei, me sentando na cama e Jungkook se aproximou, colocando o ouvido na minha barriga. — Ele está se mexendo — disse, colocando a mão em cima dos chutes do bebê e Jeon ficou tão animado, quanto eu, beijando demoradamente a pele que o bebê estava interagindo com a gente.

— O bebê do papai está feliz? A gente está muito feliz também, carinha — citou, fazendo carinho na minha barriga, enquanto o bebê ainda se mexia. — O papai ama muito você, sabia? — perguntou, encantado e eu acabei rindo com isso, completamente, apaixonada pelo amor do Jeon pelo filho.