ACIDENTE DE UMA NOITE || JJK

- O que ele faz aqui? -

Go-eun

   Eu havia conversado muito com o senhor Choi e ele queria conhecer o meu filho, então marcamos de ele nos encontrar em casa. Eu arrumei o meu filhinho, colocando uma roupinha quentinha. Eu fiquei com ele, esperando que o homem chegasse em casa. Toseong já havia feito um mês e eu estava contente em vê-lo tão grandinho.

   — Você é lindo, sabia? — perguntei, beijando a sua barriguinha, coberta pelo macacão que ele usava. No entanto, não demorou muito até que o garotinho abrisse o berreiro. — Ah, não, mamãe. Por quê? — O segurei no colo, sabendo que ele estava com fome e o deixei mamando. Ele parecia faminto.

   Jungkook havia ido trabalhar. Mesmo assim, ele não aguentava ficar muito tempo sem ver o pequeno e fazia uma chamada de vídeo a cada duas horas para ver o rosto do pequenino. Jeon era muito apaixonado pela nossa sementinha. Assim que ouvi a porta batendo, corri até ela, depois de colocar uma mantinha na frente do rosto do pequenino.

   — Senhor Choi. Como vai? Pode entrar, fica à vontade — disse, assim que o vi na porta e ele concordou, entrando em casa. Como eu estava? Bom, um lixo. Cabelos avoados, pijama largo. Eu não estava bonita. No entanto, eu não me importava, eu tinha um filho para criar. — Me desculpe como eu estou, não tive tempo de fazer nada hoje. O Toseong está mamando, depois que ele fizer isso, eu entrego ele pra você conhecê-lo.

   — Não se preocupe com a sua aparência — avisou e eu concordei com a cabeça, me sentando ao lado dele. — Você não precisa me chamar de senhor Choi. Sabe disso, não sabe? — questionou, curioso e eu concordei com a cabeça, sabendo desse fato.

   — Eu sei, é só... muito estranho. Em um dia, eu não sabia quem era meu pai e no outro... Bom, ele foi no meu casamento. É tão estranho — respondi, verdadeiramente e terminei de dar de mamar ao meu bebê. — Aqui está ele. Todo mundo diz que ele é a cara do pai. Já desisti de tentar convencê-los do contrário — contei, colocando meu filho do colo do avô.

   — Ele é realmente a cara do pai, mas... ele tem seus olhos verdes. — Eu sorri ao ouvir a sua declaração. É verdade que os olhos de Toseong são bem clarinhos. Ficamos horas conversando sobre como estava sendo difícil para mim, já que é o meu primeiro bebê e como eu estava animada com a situação e o sentimento de ser mãe, até a campainha tocar. — Está esperando alguém? — perguntou, curioso e eu neguei, me levantando.

   — Deve ser o Jungkook. Acho que ele deve ter voltado mais cedo — contei, correndo para abrir a porta e arregalei os olhos, ao ver a minha mãe. Tudo que eu menos queria no momento. Mãezinha, eu te amo, mas precisava vir agora? — Mãe? O que está fazendo aqui? — questionei, desesperada, enquanto ela mantinha um sorriso animado no rosto.

   — Vim ver a minha filha e o meu neto. Quis fazer uma surpresa. Fiquei sabendo o que suas amigas fizeram com você e resolvi te consolar, era pra eu ter vindo antes, mas Jungkook me avisou que você não estaria em casa — contou, entrando na minha casa, sem esperar um convite e meu desespero aumentou ao vê-la perceber o homem em minha casa. — O que faz aqui? — indagou, parecendo se irritar e Choi pareceu pensar rapidamente em uma desculpa.

   — Eu estava esperando o Jungkook chegar. O pai dele deixou com ele alguns documentos e a senhorita ali, estava esperando ele comigo e me apresentou o filho dela. — Boa desculpa. Eu quase concordei com o fato. Quase. Eu não queria que ele fosse excluído das festas de aniversário do meu filho, então tomei a maior decisão da minha vida e me aproximei.

   — Não... Eu não quero mentir sobre isso. Ele está aqui, porquê... ele veio conhecer o neto dele — confessei e os dois arregalaram os olhos. Acredito que nenhum dos dois acreditou no que eu havia dito. — Eu entendo que queira me proteger e não queira que meu pai apareça aqui, mas... ele é avô. E do meu bebê. Eu jamais o privaria de ser avô.

   — Tudo que eu fiz até hoje foi pra te proteger. Como descobriu? Ele te contou? — questionou, encarando o homem ao lado dela e eu neguei com a cabeça, segurando em sua mão.

   — Eu ouvi a conversa de vocês. Mamãe... por favor. Deixa ele ser o avô do meu filho. Ele te abandonou 20 anos atrás, mas ele está tentando se redimir. Comigo — contei e ela respirou fundo, concordando com a cabeça. — Te amo, mãezinha. Tudo que eu quero, é que não falte nada na vida do meu bebê. — Ela concordou e o homem, avisou que estava indo embora e me entregou o meu bebê.

   — Vamos mudar de assunto. Como se sente? Suas amigas não estão falando com você? — Eu neguei com a cabeça, indo me sentar no sofá e arrumei Toseong em meu colo. 

   — Bom... Eu sinto falta delas. Elas me bloquearam em tudo, então não faço ideia do que elas estão fazendo. Eu sinto falta delas, mas... se elas não querem mais me ver, também não queremos — falei, sobre eu, meu filho e meu marido, vendo a minha mãe suspirar, mexendo em meu cabelo que estava solto e embaraçado.

   — Está tudo bem, querida. Você tem a mamãe. Eu sempre vou estar aqui por você — falou, me abraçando e eu fechei os olhos, aproveitando o momento tão silencioso com a minha mamãe. — Como tem estado a sua vida? Algo tem te incomodado? — Neguei com a cabeça, ultimamente, tudo tem estado perfeito. Perfeito até demais.

   Jungkook chegou alguns minutos depois e se animou ao ver a minha mãe, então mostrei à ela onde dormiria, já que meu marido insistiu que ela ficasse um pouco aqui. Ele percebeu que eu estava para baixo e imaginou que se eu estivesse com a mulher aqui, isso me animaria. Eu coloquei o meu menininho no berço e voltei para a sala, onde me sentei no sofá para tirar esse tempinho da soneca para descansar.

   — Se sente bem? — perguntou, minha mãezinha, se sentando ao meu lado e eu concordei com a cabeça, me sentindo cansado.

   — Estou bem. Eu só... descobri que ou você é bonita... ou você é mãe — confessei, sorridente e a mulher ao meu lado deu risada, me abraçando. — Foi difícil cuidar de mim? Imagino como foi complicado. Eu tenho a ajuda de Jungkook, mas... você não tinha ninguém. Como foi cuidar de mim? Disse que sua mãe não gostou da ideia de você ter tido um bebê tão jovem. — De fato, ela não gostou. Tanto que nunca conheci a minha vó e bom... minha mãe nunca falou muito dela.