Go-eun
— O que há com você? Ele disse que tinha orgulho com você — contei e ele negou com a cabeça, colocando um cigarro na boca, indo para a varanda do seu quarto para não acender dentro de casa. — O que aconteceu, Jungkook? Você dizia tanto que queria orgulhá-lo, você conseguiu. — Eu tentei segurar o seu braço, mas ele me impediu, antes que eu o fizesse.
— Não, Go-eun. Não é a hora e eu não quero brigar com você — falou, irritado, tragando o cigarro e eu juntei os lábios, chateada. — Eu odeio te ver triste e não quero gritar com você — disse, então eu abri meus braços, rodeando sua cintura para abraçá-lo.
— Não precisa falar nada. Só fica quietinho e deixa eu te abraçar — contei, beijando seu peitoral e ele assoprou a fumaça que havia tragado e usou sua mão livre para retribuir a minha ação. — Eu também odeio te ver triste. De verdade. Fica bem — pedi, então vi ele sorrir, se aproximando para beijar a minha cabeça.
— Muito obrigado — agradeceu, então eu mordi os lábios, animada.
— Não é nada. Eu só quero te ver bem — confessei, então ele me soltou, voltando a tragar o seu cigarro. — Eu vou descer. Tente se acalmar. — Eu o dei um selinho e ele sorriu, se aproximando para me dar um segundo beijo. Eu desci as escadas, indo para a sala de estar e fechei os olhos, sentindo meu pequeno se mexer.
— Olha, ele está com soluço — disse, a mãe de Jungkook, quando a minha barriga começou a dar pequenos pulinhos, sem que eu pudesse controlar esse acontecimento. — Tão bonitinho. — Colocou a mão na minha barriga e eu sorri. Soojin tinha sentimentos, afinal de contas. Na hora de dormir, eu deitei na cama, ainda sentindo os pulinhos do bebê.
— Neném, faz assim, olha — falei e prendi o respiração para ensinar à ele como parar o soluço. — Prometo que vai melhorar, depois que fazer isso. — Fechei os olhos, deitada de barriga para cima e tentei relaxar para conseguir dormir. Eu ouvi a porta se abrindo e me virei. Meu marido chegou no quarto e se deitou ao meu lado.
— Ele está soluçando?
— Sim. Onde estava? Não te vi a tarde inteira — contei e ele concordou, se arrumando no colchão para procurar um lugar confortável para dormir, então me abraçou, um tanto agoniado com alguma coisa.
— Eu só... queria ficar sozinho.
— Não acho que ficar sozinho seja a solução dos seus problemas — expliquei e ele negou, bagunçando os cabelos. — Olha... se precisar de alguém pra desabafar... pode falar comigo, eu sou sua esposa — relembrei, olhando em seu rosto e ele sorriu, alisando meus fios de cabelo.
— Eu sei, mas tem momentos que a gente só... não quer falar com ninguém — contou, despreocupado e eu concordei com a cabeça. — Eu queria um tempo pra colocar a minha cabeça no lugar, então... eu precisei disso, mas não se preocupe. Eu consegui algo pra nos livrar dessa situação horrível — contou, então eu cerrei os olhos, confusa, vendo-o concordar.
— O que conseguiu?
— Nós vamos morar em outro lugar — avisou e eu arregalei os olhos, assustada. Não sabia nem se estava preparada para isso. — Pensa, vai ser melhor pra nós dois. Confia em mim, vai ser bom. — Eu concordei com a cabeça e me deitei de barriga para cima, observando o tamanho do meu abdômen.
No dia seguinte, Jungkook quis visitar sua falecida mulher e filho, então eu o acompanhei, ficando ao seu lado, ouvindo ele desabafar e fiquei encantada com o carinho que ele tinha pelos dois. Eu esperei que ele dissesse algo como um "adeus", então esperei, pacientemente, ele dizer tudo o que queria.
— Faz três anos que o céu está em festa, por sua presença lá. Eu quero que você descanse em paz, cuide do nosso bebê aí em cima. Eu... preciso superar o que aconteceu com você. Muito obrigado por tudo que fez por mim, Sae-rom. Durma bem — falou com a mão na lápide de sua esposa e eu sorri, abobada. Ele se virou à lápide de Mokseong e se ajoelhou. — Quanto a você, carinha, seu sorriso era a coisa mais linda desse mundo, eu espero que sua mamãe esteja feliz cuidando de você e que você esteja bem aí no paraíso. Ela sempre disse que você ia ser grande e forte, como Júpiter. Ela estava certa, você foi. Eu te amo, mais do que tudo — disse suas últimas palavras e se virou para mim, me abraçando.
— Foi uma boa despedida. — Ele sorriu, encostando sua testa na minha. — Vamos voltar pra casa — pedi e ele concordou, voltando para o carro.
— Temos uma reunião com um CEO que vai fazer parceria com a empresa do meu pai — avisou, Jungkook e eu concordei com a cabeça, entrando no carro, arrumando meus fios no espelho em frente ao vidro da frente. — Prepare sua cara gentil, vamos passar momento tediosos na mesa de jantar — contou e eu acabei rindo, enquanto ele dava partida no carro.
Quando chegamos na nossa casa, eu arregalei os olhos e claro, meu marido percebeu isso, mas não disse nada. Era ele... eu nunca esqueço um rosto. Era ele com quem a minha mãe conversava. Ele era o meu pai. Neguei com a cabeça e fechei os olhos, por um momento, até sorrir e estender a minha mão para ele.
— É um prazer te conhecer, senhor Choi. Fiquei sabendo que vai fazer uma parceria com a empresa dos Jeon's. Ótima escolha — parabenizei e ele me olhou, como se não me conhecesse e eu sabia que era mentira. Minha mãe nunca havia me contado sobre ele, então franzi o cenho, desconfiada, mas ele não demonstrou reação sobre isso. Talvez, porquê desconfiava que eu soubesse.
— Eu tenho certeza disso, mocinha. — Eu sorri, forçadamente, vendo ele olhar para o meu abdômen. — Aliás, sua barriga está enorme. Parabéns pelo bebê. — Agradeci, verdadeiramente e me aproximei de meu marido, tendo Jungkook segurando a minha mão, carinhosamente.
Algumas semanas passaram e eu estava com vinte e oito semanas. Eu já morava com Jungkook em um apartamento e ele estava agarrado na minha barriga, enquanto também abraçava um ultrassom recente. Eu sorria, alisando seus cabelos, enquanto ele conversava com a nossa criança. Atrasamos um pouco, mas queríamos fazer um chá de bebê ao nosso pequeno. Estava tudo arrumado para o final da tarde, onde teríamos a presença da família do Jungkook e da minha.
— E aí, nós podemos passar o resto do dia, só assistindo televisão — falou, alisando a minha barriga e eu acabei gargalhando, sobre o seu assunto. Basicamente, ele conversava sobre como queria o nosso dia fosse correr, quando o nosso garotinho começasse a falar e andar. — Eu não vejo a hora de ver o seu rostinho, mas não tenha pressa. Leva o seu tempo pra nascer.
— Será que o papai me permite levantar pra tomar café? — Ele fez um biquinho chateado, mas concordou com a cabeça, se levantando, me deixando fazer o mesmo, descendo para a cozinha. — Espera um pouquinho — disse, ao sentir uma dor em meu ventre e ele se aproximou, preocupado, perguntando se estava tudo bem. — Contração de treinamento. A obstetra disse que é normal. Não se preocupe.
— Tudo bem. — Ele beijou o meu rosto e eu sorri, enquanto ele ia ao balcão da cozinha.
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ACIDENTE DE UMA NOITE || JJK
FanficGo-eun adorava festas. Ela adorava ir para boates se divertir, dançar bêbada em uma mesa. Certo dia, ela acabou na cama com um homem que acabou a engravidando. Justamente por esse motivo, ela foi obrigada a se casar com o pai do bebê. Jungkook não e...