Go-eun
Os dias passavam e eu estava, cada vez mais apaixonada pelo meu bebê que a cada dia ganhava um traço mais do que um joelhinho amassado. Minha mãe e amigas, vinham frequentemente e eu sempre mostrava à elas coisinhas do Toseong para demonstrar o quanto eu sou uma mãe babona do meu bebê e estava muito feliz com a minha família. Eu estava deitada na minha cama no meu quarto com meu filho, quando Jisoo me ligou.
— E aí, mãezona. Eu e a Ryujin queríamos saber se você aguenta com todo esse corpinho gostoso ir pra uma boate com a gente, hoje à noite? — convidou e eu franzi o cenho, olhando para o pequenino ao meu lado e neguei com a cabeça, automaticamente.
— Não dá. Não posso deixar o Toseong sozinho e nem com o Jungkook. Sabe como ele tem dificuldade com o neném. Vai ficar pra próxima — contei, chateada e ouvi um suspiro do outro lado da linha.
— Podemos ir aí? — Eu disse que não teria problema, então ela comemorou. — A gente chega aí em alguns minutos — avisou e eu concordei. Quando elas chegaram, eu deixei Toseong em seu quartinho, já que ele havia dormido e desci as escadas, indo em direção à sala de estar para abrir a porta de casa para as duas que entrar e não tinha uma cara muito boa.
— O que aconteceu? A cara de vocês não está muito feliz... — reclamei, chateada.
— Você... mudou desde que teve o seu filho. Não quer fazer mais nada, não quer sair e falar com estranhos, por estar bêbada demais — confessou, Ryujin, me fazendo franzir o cenho. — Você está estranha. Você só fala de bebês, o tempo todo. Fica mostrando as roupinhas dele e... não quer mais sair com a gente, porquê não tem coragem de deixar ele sozinho com o Jungkook.
— O que a gente está querendo dizer... — continuou, Jisoo, me fazendo trocar o olhar para ela, confusa e magoada. — É que você não faz mais sentido com a nossa vida. Você tem uma família agora e uma rotina. A nossa vida não costumava ter rotinas, então... temos que concordar que não temos mais muito a ver. As vezes, amizades tem que só... acabar. — As palavras das duas quebraram meu coração em pedaços.
— Somos... amigas desde o ensino médio. Fala sério, a gente colava papel higiênico no teto do banheiro, a gente... fez um ménage na sala de geografia no terceiro ano, nós temos história. Nós somos um trio — contei, tentando entender a situação e o motivo de elas estarem indo embora. — Nós somos uma família. Não podem fazer isso comigo, porquê eu tenho um bebê e... — Parei de falar, quando ouvi Toseong chorando no andar de cima.
— Prova. Não vá ver o que ele quer — avisou, Ryujin e eu engoli seco, cruzando os braços, como se não fosse. Meu coração partiu ao ouvir os berros dele e eu voltei a olhar às duas.
— Sinto muito... Vocês não são mais importantes que o meu filho. E eu sinto muito, se pra continuar com vocês, eu tenha que ser uma péssima mãe, porquê eu vou dar tudo de mim, por aquele bebê. Vão embora — mandei, subindo as escadas e indo até o quarto do meu pequeno Saturno. — Oi bebê, a mamãe chegou, está tudo bem. As malvadas já foram embora. A mamãe te ama tanto.
Passei a tarde com ele em meus braços e perto do horário de Jungkook voltar para casa, eu estava deitada na cama com o meu primogênito. Ele entrou no quarto e se deitou na cama, dando seu dedo para o bebê segurar, até que ele me viu com um bolo inteiro no colo, o devorando com uma colher.
— Você está comendo doce? Não é você que diz que doces é só no final de semana? — perguntou e eu mordi meus lábios, derrubando uma lágrima ou duas, até que fechei os olhos, negando com a cabeça, tristonha.
— Hoje eu faço uma exceção.
— O que foi, amor? — questionou, mexendo os meus fios de cabelos. — Você nunca está tristinha assim. Você costuma ser tão alegrinha. Olha só o nosso pudinzinho — avisou, balançando o dedo, mostrando a mãozinha do nosso neném.
— Hoje eu tive que escolher, entre ser uma boa mãe e... ser uma boa amiga — contei com a voz embargada pela tristeza e as minhas lágrimas, então encostei a minha cabeça em seu ombro. — E é claro que eu escolhi o nosso filho. Se elas querem que eu escolha um, elas não podem ser minhas amigas — expliquei e ele beijou a minha cabeça.
— Não liga pra isso. Olha só pro nosso bebê, ele é o nosso filho. Ele está olhando pra você e está preocupado com essas lágrimas. — Eu olhei para o nosso filho, me encarando com aqueles olhinhos arregalados e eu sorri, derrubando ainda mais lágrimas dos olhos. — Ele te ama e você ama à ele. Então, para de chorar — pediu, então finalmente olhei para o seu rosto e ele me acompanhava no choro.
Ele sempre odiou me ver chorando.
— Me desculpe te fazer chorar. Eu não queria isso. Por favor me perdoa — disse, sinceramente e abracei o seu corpo, buscando algum tipo de apoio e beijei o seu rosto. — Ele é o nosso filho e nós somos um casal. Somos uma família verdadeira. Aquilo não era nada, além de putaria. Nós somos algo real e eu te amo, tá bom?
— Não é sua culpa me fazer chorar. Não é culpa de ninguém. Somos uma família e eu odeio que Toseong nos veja chorando. Você sabe disso mais do que ninguém — contou falsamente irritado e eu acabei rindo. — Eu também te amo muito. Demais. Você é a minha vida e olha só ele... Dá pra acreditar que ele já foi um feijãozinho?
— Ele é o nosso feijãozinho — contei, emocionada. — Você é a minha família agora. Eu nunca estive tão feliz — confessei, sorrindo e sequei as minhas lágrimas, deixando o bolo de lado e me aproximando para me aconchegar nos braços do meu marido, depois que peguei o nosso pequenino no colo.
— Deixa aquelas bobas pra lá, tá bom? — falou, como se eu fosse um bebê e eu concordei com a cabeça, dando risada. — Você é uma mãe incrível e não conseguem enxergar isso, porquê não conseguem mais te entender. Elas não sabem o quanto você ama essa sementinha — explicou e eu concordei com a cabeça, fechando meus olhos para descansar.
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ACIDENTE DE UMA NOITE || JJK
FanficGo-eun adorava festas. Ela adorava ir para boates se divertir, dançar bêbada em uma mesa. Certo dia, ela acabou na cama com um homem que acabou a engravidando. Justamente por esse motivo, ela foi obrigada a se casar com o pai do bebê. Jungkook não e...