Layla viveu a vida toda trancada num mausoléu vigiando a tumba de seu inimigo.
Era o negócio da família, passado de geração para geração.
Mas ela já estava farta dessa vida de servidão; desejava uma vida melhor para sua avó Sophie.
Algo melhor qu...
- Isso sim, é uma surpresa! - Dimitri falou- Layla sabe?
- Não! Sua mãe quis que tudo fosse mantido em segredo para protegê-la. Quando nasceu, ela foi considerada um milagre para alguns e uma maldição para outros. Nunca havia acontecido de nascer descendente entre um vampiro e um guardião. Layla é a primeira e única.
-E de quem Amely a estava protegendo?
-Dos vampiros, tinha medo de que a reinvindicassem se soubessem de sua existência, e principalmente, de Lilith, sua irmã.
-Hum... Não me espanta em nada! Aquela lá é uma cobra traiçoeira.
-Sim! Ela fez Amely largar a filha, ameaçando-a.
-E o pai?
- Foi morto pela anciã! E antes que me pergunte, Amely também! Porque até hoje não engoli essa de que ela foi morta numa emboscada de vampiros.
-Um vampiro torturado me falou que eu acharia respostas na tumba dela, saberia me dizer onde fica?
-Somente Lilith tem essa informação.
-Então, Layla é meio vampiro?
Eles ouviram Helen balbuciar. Viraram-se para ela, para se depararem com uma mulher ainda mais pálida do que já era. Se bem que nos últimos meses, seu semblante melhorara bastante. Ela havia ganhado uns quilinhos a mais e seus ossos não estavam mais tão a vista.
- Isso faz diferença para você, querida?- Sophie a inquiriu.
- Não, nona! De modo algum!- negou- Ela é como uma irmã que nunca tive! Só estou preocupada... e se ela tem sede, eu posso ajudá-la.- Disse passando a mão no pescoço.
Provavelmente não tivesse ciência desse ato reflexo.
Dimitri a encarou, perplexo. Não imaginava que um servo pudesse ser tão leal a um guardião.
-Pena que eu não sou um vampiro! Você tem o pescoço mais lindo que já vi!- ele disse com uma mistura de cafajeste e sedutor.
- Eu... h-ã...obrigada, eu acho! - por fim ela conseguiu falar.
-Fica pro almoço, filho?
-Na verdade, um pouco mais nona! Se não se incomodar.
-Claro que não, querido! Você é sempre bem-vindo!
Dimitri não achou justo manter segredo sobre o que acontecera na noite anterior e abriu o jogo com elas. Sua intenção era ficar ali o mínimo de tempo possível. Não queria expô-las ao perigo, mas no momento precisava desse abrigo, até achar um novo esconderijo.
Por sorte, Lilith mesmo se encarregara de limpar seus rastros de seu apartamento e isso significava que só tinha as armas que carregara consigo, o restante, ela havia levado. Ele soubera disso através de um amigo de confiança. Sua cabeça estava a prêmio. A anciã o acusara de deserção. Aquela naja não perdia tempo. Mas ela ainda teria o que merecia, jurou para si.
Por enquanto, seria divertido ficar um tempinho ali. Pensou olhando para Helen.
***
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