DÓI. Tudo doía. Cada movimento, cada osso, cada músculo. Mas isso era esperado considerando que você caiu... quantos andares eram? Dois? Três? Tudo o que você sabia era que doía. Os eventos da noite começaram a passar pela sua cabeça como um velho filme desbotado.
O copo de vinho em sua mão estava frio contra sua pele ligeiramente quente. Bebendo lentamente o líquido caro, você fez o seu caminho conversando com várias pessoas. Nenhum deles importava. Era apenas uma pessoa que você queria na festa chique, e ele não estava lá. Claro, ele nunca estaria lá, o incômodo amargo de seus demônios internos continuou lentamente te devorando.
Já se passaram duas horas depois da festa que você finalmente se permitiu tirar seu telefone, escorregando para a varanda vazia.
— Steve, onde você está? — sua voz saiu com força.
— Estou no escritório, por quê? — ele disse timidamente como se você estivesse incomodando ele.
— Por que você não está na festa? — suprimindo a sensação de precisar suspirar ou revirar os olhos, você bebeu o vinho novamente. Esse foi o momento exato em que você decidiu que era muito chique para você. Nota mental para si mesma: nunca mais deixe Tony escolher o álcool para sua festa. Embora, talvez tenha sido Pepper. Ela parecia sempre fazer tudo por Tony. Assim como você estava fazendo tudo pelo Steve. Você colocou o copo de vidro no corrimão e fechou os olhos.
— Estou trabalhando, eu te disse. Isso é mais importante do que uma festa. — era como se ele não soubesse para que era a festa.
— Você me disse que estaria aqui, no entanto.
— Por que você está fazendo um grande negócio sobre isso?
Você demorou um segundo para pensar na sua resposta. Decidindo que era desnecessário começar um drama redundante gritando, você simplesmente inalou profundamente.
— Eu só esperava que pudéssemos ter passado a noite juntos.
Uma pequena pausa no final dele. — Por quê?
— Você realmente não se lembra que dia é hoje?
— Eu deveria?
— Eu não sei. Eu esperava que você se lembrasse do meu aniversário. — você disse, finalmente deixando um pequeno suspiro escapar de seus lábios, antes de desligar o telefone na cara dele.
A festa parecia estar em pleno andamento, ninguém realmente percebendo sua ausência. Verdade seja dita, você já havia feito seu discurso, cortado o bolo e falado com todos com quem vale a pena conversar. Talvez fosse a sua hora de ir.
Depois de se desculpar com alguns de seus companheiros de equipe, você se viu do lado de fora do prédio. Por que não aproveitar ao máximo a noite? Você coletou uma grande quantia de dinheiro e cartões-presente como presentes, você poderia ir a lojas 24 horas por dia, 7 dias por semana, cafés e possivelmente até alguns bares. Você ficaria solitária? Claro. Mas seria melhor do que ficar presa em uma festa em que você não queria estar? Claro, seria.
Como se viu, seus planos foram arruinados, devido a perceber um certo carro estacionado perto de um prédio. Esse carro era definitivamente propriedade de uma organização terrorista que você e o resto dos Vingadores haviam descoberto há algum tempo. Sua primeira resposta lógica foi ligar para alguém para informá-los sobre sua localização, e que você estava entrando, mas devido a perceber que a maioria de seus companheiros de equipe estava bêbados e sem condições de lutar. Uma inspiração profunda e um pensamento meia-boca mais tarde você considerou sua roupa digna o suficiente para poder lutar, se necessário. Uma mensagem rápida para Steve.
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Levou algum tempo esgueirando-se pelo prédio para finalmente encontrar os andares do escritório. Eles estavam no alto. No segundo em que você encontrou os computadores e começou a copiar um monte de arquivos para o seu telefone, algo saiu nos andares abaixo de você. Olhando pela sala freneticamente, você esperava poder copiar mais alguns arquivos antes que o que estava por vir chegasse até você. Seu telefone começou a vibrar e você imediatamente recusou a chamada.
Outra agitação do prédio e muito barulho. Steve continuou tentando ligar para você, mas não adiantava, já que você continuava recusando-o.
— Vamos, vamos. — segundos depois, a transferência foi concluída. Mas levou apenas alguns segundos a mais para as luzes piscarem, para o chão começar a desmoronar e você finalmente responder Steve. A primeira coisa que você ouviu foi o tom autoritário de Steve gritando seu nome.
— Saia do prédio, estamos a caminho!
— Eu tenho cópias dos arquivos no computador, vou... — foi quando o chão desabou abaixo de você, e tudo ficou preto.
Então foi assim que você acabou aqui. Com muita dor, bater a cabeça e a visão embaçada. Mas algo estava se movendo ao seu redor. Não, não, você estava se movendo.
— Querida, por favor, mantenha os olhos abertos para mim, sim, é exatamente isso. — voz de Steve parecia quebrada.
Foi quando você registrou o fato de estar no banco de trás de um carro, com a cabeça apoiada no colo de Steve. Sua mente não estava clara o suficiente para ver, ou mesmo se importar, com quem estava dirigindo.
— Amor, por que você entrou lá sem reforços? — ele perguntou, e você simplesmente gemeu. A maioria de suas palavras continuava borrada na sua cabeça. — Você poderia ter morrido! Você tem alguma ideia de quão perigoso era?! Por que você arriscou sua vida? — a última pergunta caiu de seus lábios como uma oração quebrada.
— Eu pensei que talvez você pensaria que eu seria importante se eu fizesse... — foram as primeiras palavras a deixar seus lábios para ele desde aquele telefonema mais cedo.
— Por que eu não pensaria que você é importante?
— Porque você nunca esquece coisas importantes... — e assim você fechou os olhos da exaustão.
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