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𝗕𝗨𝗖𝗞𝗬 𝗕𝗔𝗥𝗡𝗘𝗦 - LIBERTAÇÃO (+𝟭𝟴)

↳ LIBERATION ↲

[ 𝗔𝗟𝗘𝗥𝗧𝗔 𝗗𝗘 𝗚𝗔𝗧𝗜𝗟𝗛𝗢 ]
estupro

𝗕𝗼𝗮 𝗹𝗲𝗶𝘁𝘂𝗿𝗮!

BROOKLYN, 1970.

As manhãs de Bucky eram sagradas. Ele tinha seus rituais: tomar banho, cozinhar, café da manhã, ler o jornal e tomar sua primeira bebida e cigarro do dia, tudo antes de sair para o trabalho.

Mas durante toda essa semana, suas manhãs foram arruinadas pelo protesto estúpido no parque do lado de fora de sua janela. E pensar que ele realmente pagou mais por um apartamento com vista para o parque — ele não tinha percebido então que a "vista" seria um bando de hippies criando música horrível e um cheiro insuportável que deixava todo o seu apartamento cheirando a reefer se ele se atrevesse a abrir a janela.

Tentar ignorá-lo por uma semana só o tornava mais ressentido a cada dia que passava. Cada vez que ele imaginava que a multidão certamente sairia em breve ou pelo menos ficaria quieta durante a noite, eles pareciam de alguma forma ficar mais altos apenas para irritar.

Ele provavelmente deveria ter esperado até estar um pouco menos agitado para descer e tentar negociar com você, mas ele invadiu até lá e bateu no ombro quando sua presença sozinha não era suficiente para distraí-lo de seu canto incessante.

— Você consideraria ficar quieta? —ele perguntou com firmeza. — Eu tenho que trabalhar de manhã e...

— Não ficaremos quietos até que as mulheres tenham tratamento igual sob os olhos da sociedade e da lei. — interrompeu você para explicar condescendentemente, chocando-o com seu tom gelado. Ele mal podia acreditar na sua atitude, na verdade ele não conseguia se lembrar de nenhuma mulher falando com ele dessa maneira em sua vida: até agora, ele não estava gostando.

— Eu só pensei que você poderia ser um pouco mais respeitosa. — Bucky voltou, ainda mais severo. — Você não está fazendo ninguém querer apoiar seu movimento agindo com direito e incomodando a todos.

— Sinto muito que a revolução seja inconveniente para você. — você respondeu, mas não soou muito como um pedido de desculpas.

Ele queria dizer mais, mas você o explodiu e desapareceu na multidão, deixando-o confuso, irritado e lívido. Até agora, ele estava discretamente cético sobre toda essa conversa de libertação, mas agora ele viu isso pelo veneno que realmente era. Uma garota como você — que poderia ter sido uma verdadeira aparência com alguma vontade de tentar e uma atitude melhor — conversando com um homem como ele com tanto ódio e, acima de quê, um pedido educado?

Isso não poderia ser tolerado; ele não podia deixar você se safar agindo assim. E para sua sorte, ele era exatamente o cara que você precisava para lhe ensinar sua lição.

A coisa boa sobre hippies ricos em cogumelos é que eles não são os mais observadores. Quando ele voltou para a área de demonstração na noite seguinte, ele foi capaz de agarrá-lá grosseiramente e puxá-lá de volta da multidão quase sem problemas, arrastando-a para um beco vazio e apertando a mão sobre a boca enquanto seus olhos se arregalavam e sua garganta vibrava com gritos silenciosos.

— Shh, shh. — ele acalmou contra o seu ouvido. — Por que você está lutando?

Ele gostou da sensação de ter você se contorcendo contra o alcance dele, usando todas as suas forças e nem chegando perto de escapar.