ELA grava o último pôster de 'MISSING' no poste maçante ao lado do Wallmart e suspira muito. Seus olhos escaneiam seu ambiente com esperança, talvez ela tenha um vislumbre de sua amiga peluda que fugiu de sua casa. Mas quando tudo o que ela vê é o engarrafamento ruim e algumas pessoas discutindo sobre uma vaga de estacionamento, ela decide seguir em frente. Isso é tudo o que ela poderia fazer, gravar pôsteres de seu cachorro pela cidade com esperanças de alguém o avistá-lo e ser gentil o suficiente para devolvê-lo.
Seus pés a levam a um grande portão preto, com uma placa dizendo 'Xavier's School For Gifted Youngsters'. Todos os moradores das cidades vizinhas sabiam da escola. Não, todas as pessoas no país sabiam. É para onde os mutantes vão, é assim que eles são chamados. Para S/N, eles são apenas pessoas. Pessoas com habilidades extraordinárias. Pessoas que podem ter visto seu cachorro.
Há um interfone na parede de pedra, um botão com um símbolo de sino e um alto-falante. Ela timidamente pressiona e aguarda uma resposta. Depois de alguns segundos e um pouco de estática, ela ouve uma voz do outro lado.
— Como podemos ajudá-la?
Ela procura as palavras certas, não tendo realmente pensado no futuro, não esperando que ninguém responda.
— Hm.. meu cachorro fugiu há dois dias. Existe alguma maneira de você pegar um pôster? Repassa-lo? Talvez alguém o tenha visto. — ela olha em volta, olhando ao seu redor. Verdura e árvores, e longe da Lagoa Esquimalt.
Uma pressão perceptível se instala sobre seu cérebro, um sentimento que ela só pode se comparar quando um médico toma sua pressão arterial, mas em seu cérebro. Não doloroso, mas definitivamente lá. Se ela estivesse em outro lugar, seus instintos diriam a ela para tomar um analgésico para a dor de cabeça que se aproxima. Mas aqui, na escola, ela sabe que a fonte da pressão não é totalmente natural.
S/N) se inclina para o interfone, franzindo a testa e meio sussurros. — Você está na minha cabeça?
A voz ri, sem o seu conhecimento, um certo telepata já sabe algumas coisas sobre ela.
— Entre, senhorita S/N/S.
Então um bipe, sinalizando que a conversa acabou. O portão se abre lentamente.
Contemplar se ela quer ou não entrar leva apenas alguns segundos, a necessidade de encontrar seu cachorro conquistando. Seus pés a carregam pela longa garagem, passando por várias pessoas normais, que provavelmente são mutantes. Ela não olha fixamente, em vez disso aprecia a natureza que cerca a escola. E não se preocupa em tentar descobrir como a voz sabia o nome dela.
Ela caminha em direção à impressionante estrutura, um homem em uma cadeira de rodas esperando com um pequeno sorriso na porta. Este deve ser o proprietário da escola. Professor X, não é? Ele estava frequentemente no noticiário local da cidade, seja porque as pessoas o temem ou o adoram. Muda a cada semana. Embora sua juventude a surpreenda.
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