Trilogia amores latinos: livro 3, coisas do destino...

🌼Capítulo 25🌼

No capítulo anterior...

- Pare de me olhar assim, Aracely, por favor, eu estou implorando... Não me faça me sentir pior, do que eu já estou me sentindo, minha irmãzinha - Ela o olhava com ódio e indiferença - Eu não mereço isso... E você sabe muito bem disso, mais do que eu, até...

- Não te pedi para me trazer ao hospital, e muito menos para cuidar de mim - A voz dela estava fria e distante, nem parecia a garota meiga e doce, que sempre foi, especialmente com o seu irmão mais velho, a quem amava, como se fosse o seu pai, desde a morte de seus pais - Você está aqui porque quer, eu não te obriguei a fazer nada, Teobaldo...

- Estou aqui ao seu lado, porque te amo, Aracely, e você sabe muito bem disso, minha querida - Tenta segurar uma das mãos dela, mas ela a afasta de dele, como se o toque de seu irmão pudesse queimar a sua pele - Pelo que vejo, você ainda guarda rancor de mim, quando vai conseguir me perdoar, sendo que tudo que eu fiz, foi pensando no seu bem?

- Sabe quando eu vou conseguir te perdoar? - Ela pergunta praticamente aos gritos - Nunca! Nunca, Teobaldo! Você não merece o meu perdão e muito menos o meu amor de irmã, depois de tudo o que você fez, e tudo isso pra quê? Apenas para controlar a minha vida, como se fosse o meu dono! Só que você não é o meu pai! Portanto não manda em mim! Eu te odeio! Te odeio!

- Você realmente me odeia? - Ele engole em seco, com uma bile se formando em sua garganta, o impedindo de falar por algins instantes - É tudo o que você sente por mim? Ódio? Mesmo sabendo que tudo que eu sempre te dei, foi um amor mais do que incondicional? Eu desisti de muitas coisas que eu queria por você, mas já que você não sabe reconhecer o que eu fiz - Reprime suas lágrimas, para não parecer fraco diante de sua irmãzinha - Creio que está na hora de você sair de debaixo das minhas asas...

- Como assim, Teobaldo? Do que você está falando, afinal? - Ela pergunta, meio confusa - O que quer dizer com isso? Me responde, por favor, eu acho que tenho o direito de saber, não concorda... Meu irmão?

- Estou te dizendo, exatamente isso que, com certeza, você está pensando, Aracely - Ele fala isso, de forma decidida - Que a partir do momento, que você se recuperar, estará por conta própria, eu lavo as minhas mãos com você, Aracely, pois eu finalmente decidi deixar você viver a sua vida, quebrar a cara de vez em quando e finalmente construir o seu caráter, de maneira forte e honesta, através de lições, que somente o mundo pode lhe dar...

- Você está mesmo falando sério? - Ela pergunta incrédula - Tem mesmo certeza, do que acabou de me falar?

- Eu nunca falei tão sério, em toda a minha vida - Ele a olha de uma maneira quase fria, nem parecia que era ele, bem ali, ao lado de sua irmãzinha, a pessoa que ele mais amava, em sua vida - Eu realmente me cansei... Me cansei de ser super protetor com você, desistir dos meus sonhos e desejos, me anular como homem e pessoa, e receber apenas ingratidão da sua parte... De modo que, a partir do momento em que você estiver melhor, tomará conta da sua própria vida, mas bem longe de mim... Ou seja, eu estou te expulsando de casa, Aracely... E dessa vez, é mais do que sério, minha irmãzinha, pois,  eu não estou brincando...

Agora...

....

San Martín da Costa,
Fazenda Narvaez...

Ver a felicidade de Maria Alejandra ao lado de Otávio, era quase o fim para Miguel e Ramiro, ainda mais agora que Frederico, parecia apoiar incondicionalmente essa união. Mas não era apenas com isso, que Miguel estava preocupado, Álvaro logo estaria de volta em San Martín da Costa, e Ramiro junto com José Antônio, parecia estar lhe escondendo alguma coisa. Sem contar que Miguel também estava mais do que preocupado com a presença de Eduardo Quiroga em San Martín da Costa, e também com a possível recuperação de Alfonso, com a ajuda de Simona. Sem saber muito o que fazer, Miguel resolveu ligar o seu aliado misterioso, para que ele informasse como andava a fazenda de seu pior inimigo, Álvaro Sifuentes...