🌹Capítulo 29🌹

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No capítulo anterior...

- Aposto que sabe o que eu vim fazer aqui, Miguel - Álvaro diz o nome dele, com um desprezo mais do que evidente em sus voz e olhar - Ou pelo menos faz uma leve ideia do motivo que me trouxe aqui, considerando que apesar de mau caráter, burro você nunca foi.

- Faço uma ideia - Pensa um pouco, com seus pulsos doloridos por conta da pressão das algemas neles - Você veio tirar uma dúvida comigo, sobre a paternidade de Alejandra.

- E então? - Começa com a cara mais fechada do que antes - Essa moça é ou não, a minha filha?

- E você vem perguntar isso justamente a mim? Mas que bela ironia do destino, não acha? - Começa a tortura - lo psicologicamente, para que assim ele acabe perdendo seu auto - controle - Mas ok, tudo bem, vou ser mais generoso e benevolente do que a minha quase ex esposa - Sorri preguiçosamente - Sim, Alejandra é sua filha, uma garota que você fez questão que te odiasse, mas uma ironia do destino na sua conta, seria divertido se não fosse trágico, para você, naturalmente...

- Mas não pode ser - Ele começa a sentir uma leve vertigem - Isso, definitivamente, não pode ser verdade - Ele sentia que era verdade, mesmo antes de Miguel confirmar tudo, mas mesmo assim o seu choque não deixava de ser genuíno e mais do que sincero - Não pode ser, meu Deus, eu sempre tratei muito mal essa moça, e durante todo esse tempo, ela era a minha filha... A minha única filha... Meu Deus...

- É como eu disse - Dá de ombros com muita dificuldade, parecia estar se divertindo com tudo aquilo, e na realidade, estava mesmo - Mais uma ironia do destino na sua conta de ironias... Chega a ser, quase que cômico tudo isso, não concorda?

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Agora...

Ilha dourada...

Apesar de recriminar constantemente Raissa e sua obsessão por Teobaldo, Carola começava a se sentir quase do mesmo jeito que sua irmã mais nova, em relação a mais nova amizade feminina de seu antigo amante, o governador de Ilha dourada, Bartolomeu Montenegro. Bartolomeu e Carola foram amantes muito antes dele se tornar governador da ilha dourada.

Mas não eram as 'amizades' de Bartolomeu que deixavam Carola indignada, mas sim o que aconteceu no passado há mais de vinte anos, quando Bartolomeu tirou de Carola o seu bem mais precioso, a única coisa que fazia vir a tona o seu lado humano. Um segredo guardado a sete chaves, que nem mesmo Raissa conhecia, e que aconteceu muito antes da mais nova atingir a maior idade. Um segredo que fazia com que Carola perdesse o sono por muitas noites a fio.

Em uma das gavetas de seu gabinete, a única que tinha chave, Carola guardava uma pequena boneca de porcelana, de cabelos loiros, e feições delicadas, que lhe lembrava, e muito, aquilo pelo que ela teve de abrir mão. Carola estava com essa boneca em mãos, quando percebeu que Raissa logo entraria em seu escritório, e então rapidamente guardou a boneca em sua gaveta rapidamente, antes que sua irmã mais nova, antes que sua irmã mais nova pudesse perceber alguma coisa.

- Eu não aguento mais essa maldita Maria Alejandra Narvaez! Garota estúpida! Sempre se metendo onde não deve - Entra igual um furacão na sala de sua irmã mais velha - Juro que se essa garota aprontar mais uma das delas, eu mato a infeliz! Juro que mato!

- Já ouvi falar dessa tal Maria Alejandra, aqui no cassino e por toda a Ilha dourada, todos falam desta mulher, e em especial, de sua 'amizade' para com o governador, minha irmã - Fala como se não estivesse interessada no assunto daquela conversa - Infelizmente, ou felizmente, ainda não tive o prazer de conhece - lá, mas não entendo a sua raiva, Raissa. Sinceramente não entendo, se for por causa do Teobaldo, ele nem é mais tão garboso como antes, até porque bonito ele nunca foi, cara Raissa.

Trilogia amores latinos: livro 3, coisas do destino... Onde histórias criam vida. Descubra agora