Cidade do México...
A verdade finalmente veio a tona, Vitória finalmente reencontrou o swu filho, mas o preço foi caro demais, e ela teve de ser transferida as pressas para a Capital do México, muito mal do coração. Carola finalmente teve de aceitar, que Paulo era mesmo o filho de Vitória, e que na verdade, ele se chamava mesmo Otávio, e não Paulo, como disse, assim que ambos se conheceram. Tobias, que já sabia de tudo, e nada disse, com medo de que sua patroa e amiga, não reistisse após saber a verdade, só podia rezar em silêncio, enquanto a acompanhava até um hospital, na Cidade do México, juntamente com Otávio, que era o único, e legítimo filho de Vitória.
Vitória estava nas últimas, ela sentia isso, um frio gelado a percorrer suas entranhas, o sopro gelado da morte em seus ossos cansados. Sua respiração cada vez mais ofegante, suas palavras, que pareciam presas em sua garganta seca, seu corpo que não a obedecia mais, e a leveza de seu espírito, face a face com o espectro da morte. Mas mesmo assim, com a morte cada vez mais perto de si, batendo em sua porta, literamente, Vitória sentiu que não poderia partir daquele mundo, sem ao menos trocar uma palavra com o seu filho, com quem conviveu por meses, sem saber a verdade, apesar de se sentir mais do que conectada com aquele estranho rapaz, que lhe surgiu num momento deveras delicado de sua vida.
Em seu leito de hospital, mais fragilizada do que nunca, e quase sem poder falar direito, Vitória se sentia feliz, só de ter ao seu lado, o seu verdadeiro filho, depois de tantas mentiras, e desilusões. Sua vida, que antes parecia tão amarga, nunca lhe pareceu tão doce e perfeita, apesar de tudo que ela teve de viver e enfrentar, até aquele dado momento, em que finalmente, estava frente a frente pelo filho por quem, ela procurou a sua vida inteira. Ao sentir uma das mãos de Otávio na sua, Vitória se sentiu numa espécie de transe, que se quebrou a medida que a sua respiração ficava cada vez mais ofegante, e fraca ao mesmo tempo, como se ela estivesse relutando em partir, antes de falar pela última vez com Otávio, o reconhecendo por quem ele realmente era, e representava em sua vida, o seu tão amado filho.
- Alguma coisa dentro de mim, sempre soube, a sua real importância em minha vida - Apesar de fraca, a sua voz estava mais firme do que nunca, naquele dado momento - Pois sempre senti um carinho... Um carinho muito especial por você, quase como... se uma parte vital de mim já soubesse quem você era de verdade.
- Por favor, poupe as suas forças - Ele estava com lágrimas nos olhos - Faça isso, por mim, mamãe, eu te imploro... Por favor... Apenas resista...
- Minha hora se aproxima, posso sentie em meus ossos - Aperta por alguns instantes, a mão dele, nas suas, cheia de amor em seus olhos - Mas não se preocupe... Antes de partir, deixarei tudo que tenho... Para você, meu filho...
- Eu não me importo com nada disso, só quero que você fique bem de novo, para conhecer a sua neta quando ela nascer, mãe - Ele, então, sorri em meio a lágrimas agridoces - Sim, eu reencontrei a minha esposa, e ela logo terá uma filha minha... Uma filha nossa... Minha e dela... E também sua netinha, mamãe...
- Você será um bom pai - Ela diz olhando bem no fundo dos olhos dele, com ternura - Mas infelizmente não estarei aqui para ver... Eu já falei com Tobias, em breve ele irá trazer o meu advogado, para que assim eu possa... Eu possa refazer o meu testamento, deixando... Deixando tudo o que tenho para você...
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Ilha dourada...
As coisas até que estavam indo bem para Alejandra, desde que ela descobriu sobre as cartas falsas, que tanto Otávio, quanto ela receberam, enquanto o mesmo estava preso, acusado de um crime que ele não havia cometido, o atentado contra Eduardo Quiroga, namorado de Soledad, sua melhor amiga. Mas certas coisas eram, por certo, imperdoáveis, ou pelo menos, pareciam difíceis de serem esquecidas, e com isso, também, perdoadas muito facilmente. Otávio havia sido um completo idiota com Alejandra, mentindo para ela, sobre quem era, e até mesmo desconfiando da paternidade de sua filha, que nem sequer, havia nascido ainda. Era quase, como se, tudo estivesse perdido para um recomeço entre os dois, e Inês estava morta, pois entre ambos havia quase que um penhasco os separando, através das inúmeras artimanhas do destino, que sempre teimava em brincar com ambos, os separando e reaproximando, sempre nas piores horas possíveis.
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Trilogia amores latinos: livro 3, coisas do destino...
RandomMaria Alejandra Narvaez vive com sua irmã Lúcia, e seu cunhado Miguel, ela quer sua parte da fazenda para gastar a vontade... Porém sua irmã não aceita isso, pois sabe que certamente ela vai torrar o dinheiro com futilidades. Nesse meio tempo um sel...