𝟬𝟴

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"Eu te amo. Eu não quero isso. Porque eu sei que você nunca vai me amar da mesma maneira. Você não daria para mim o que eu daria para você."

S.N

── Louis! Pare de me desconcentrar! Parece uma criança ── falo enquanto Louis dava leves puxões no meu cabelo, à fim de me irritar. Estavamos sentados na grama do campo da escola. Ele se sentava atrás de mim, enquanto eu me sentava entre seus pés. Eu tentava escrever a redação sobre o nosso trabalho. Tinhamos exatamente três semanas para entregar-mos isso. Eu não estava muito preocupada, mais Louis me cobrava todos os dias por essa redação. Para começo de história, eu nem queria fazer esse trabalho. Ele é um nerd. Aluno exemplar que sempre tira as melhores notas da turma. Ele estuda por puro prazer. Apesar de achar bem estranho, admiro isso. São poucas as pessoas que fazem isso ── Tenho certeza que minha prima de três anos tem mais maturidade que você.

── Você está muito chata hoje ── Louis reclama. Reviro meus olhos enquanto continuava a escrever. Sinto Louis mais perto. Ele coloca a sua cabeça sob meu ombro e começa a prestar atenção no papel à nossa frente. Suas mãos estavam no chão, apoiando seu corpo. Eu não gostava muito de contato físico, mais ultimamente não estava ligando muito para isso. Eu normalmente me sentiria desconfortável com essa ação de Louis, mais não. Eu não me sinto desconfortável quando ele me toca. Pelo contrário. Eu gosto, me sinto....eu não sei descrever o que eu sinto, mais é bom, bom até demais ── O que aconteceu?

── Além de você estar me desconcentrando? Nada ── falo e ele ri voltando a sua posição inicial. Assopro o papel tirando restícios de borracha. Apesar de ele me atrapalhar, eu gostava de sua compania. Acho que Louis virou um amigo. Eu ainda não sei se posso confiar nele. Ele confiou em mim. Me sinto egoista por isso. Ele não sabe quase nada sobre mim. Ele já havia se aberto para mim. Mais eu não. Sinto suas grandes mãos na minha cintura, começando a fazer cosquinhas ali. Deixo o caderno que estava no meu colo de lado e começo a rir. Ali era uma região sensível. Sentia cósegas atoa. Caio sobre a grama rindo. Louis fica encima de mim enquanto ria como uma criança ── P-para, porfavor ── rio ── Eu estou ficando sem ar ── aos poucos Louis para de fazer cóssegas e começa a me encarar. Ainda recuperando o folego o encaro de volta sorrindo. Minha respiração estava acelerada. Eu estava feliz.

── Jantar, hoje, as sete. O que acha? ── me surpriendo com seu convite. O empurro para o lado e volto a me sentar na grama. Ele se senta a minha frente esperando uma resposta ── Não se sinta precionada. Se você não quiser ir, eu vou entender ── Partridge fala de uma meneira fofa. Eu gosto desse seu lado fofo. Ele é respeitoso comigo. Chuto que meu pai e Louis são os homens mais cavalheiros que eu conheço.

── Eu quero. Com certeza eu quero ── falo. Vejo Louis conter um grande sorriso. As vezes que saí com Louis, eu gostei. Eu me sinto bem com a compania dele. Me sinto bem saindo com ele. As últimas vezes que fizemos isso foram maravilhosas. Eu me senti melhor comigo mesma. Eu não me sentia um peso para ele. Eu não me sentia vazia como costumava me sentir. Talvez por ser consumida pela boa energia que ele exala. Eu estou tentando ajudar Louis mesmo não estando bem, e ele está tentando me ajudar mesmo não sabendo o que eu sinto quando estou só. Solidariedade ── As sete! Não as seis e meia. Sete em ponto eu estarei pronta ── o aviso.

── Tudo bem senhorita. As sete estarei esperando por você na porta de sua casa ── Louis diz sendo cortado pelo sinal que indicava o início das aulas no período da tarde. Reviro meus olhos não querendo sair dali ── Vamos florzinha, iremos nos atrasar e eu não quero nem gosto disso.

𝘄𝗶𝘁𝗵 𝗹𝗼𝘃𝗲, 𝗹𝗼𝘂𝗶𝘀 ! louis partridge.Onde histórias criam vida. Descubra agora