↳ 𖥻 𝖶𝖨𝖳𝖧 𝖫𝖮𝖵𝖤, 𝖫𝖮𝖴𝖨𝖲💋 ˑ ᳝ ࣪
[ 𝗹𝗼𝘂𝗶𝘀 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗿𝗶𝗱𝗴𝗲 𝗳𝗮𝗻𝗳𝗶𝗰𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻 ]
𝐎𝐍𝐃𝐄 (seunome) e louis embarcam em uma jornada para conhecer as maravilhas de Brighton.
▍𝗹𝗼𝘂𝗶𝘀 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗿𝗶𝗱𝗴𝗲 𝗳𝗮𝗻𝗳𝗶𝗰𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻...
obs: esse capítulo aborda assuntos sobre suicídio;
ansiedade; alucinação.
"A poesia não tem que rimar, ela apenas tem que tocar alguém onde suas mãos não poderiam."
S.N
── Pai? ── falo depois de alguns segundos em silêncio. Meu pai olhava fixamente para frente. Seu olhar era vazio e assustado. Muito assustado. Mais lágrimas desciam sob seu rosto ── O que aconteceu? ── pergunto preocupada, me levantando do chão com a nossa foto em mãos. Limpo algumas lágrimas que estavam em meu rosto, e me aproximo cautelosamente do meu pai. Mais perto, pude ver que suas mãos tremiam. Encaro o mais velho à minha frente, tentando decifrar o que se passava em sua mente. Era impossível ── O que aconteceu? Pelo amor, você está me assustando! ── falo mais eufórica. Encaro os olhos do meu pai, mais o mesmo desvia o olhar, olhando para baixo. Ele limpa as lágrimas de seu rosto e passa as mãos pelos cabelos, puxando-os nervosamente.
── Filha, sente-se aqui ── meu pai fala baixo, me puxando em direção à minha cama. Desconfiada me sento ao lado de meu pai. Começo a ficar mais preocupada. Meu coração disparava, minhas mãos suavam e minha mente não parava ── Eu acabei de receber uma ligação da mãe de Louis...
── Da mãe de Louis, porque? ── interrompo meu pai. O mesmo fica em silêncio por um tempo. Depois de alguns segundos, o mais velho da um suspiro angustiado e finalmente me olha com dificuldade. Parecia que ele não queria me olhar, estava com medo. Ele parecia não querer falar o que precisava.
── Filha, o Louis... ── meu pai da uma pausa ── O Louis morreu filha. Ele se matou ── eu paralizo. Olho nos olhos de meu pai sem nenhuma expressão. Eu não sentia mais nada, nada do meu corpo, nada ao meu redor. Eu simplismente paralizei. "O Louis morreu". COMO ASSIM? COMO ISSO ACONTECEU? O Louis, o meu Louis. Isso não pôde ter acontecido, isso é impossível! O meu Louis não faria isso. O meu Louis jurou ficar ao meu lado, para sempre. Minha respiração fica pesada, eu não estava me sentindo bem. Me levanto de uma vez da cama e saio correndo para fora do meu quarto. Passo pela sala e vejo Winni deitada no sofá. Pego as chaves de casa e destranco a porta, saindo correndo logo em seguida. A última coisa que escuto antes de me distânciar é um grito de meu pai, da forma mais desesperada o possível.
Eu não chorava mais. Nenhuma lágrima escorria pelo meu rosto. Atravesso a rua de casa correndo. Estava desesperada, meu coração batia forte. Eu não queria acreditar naquilo, não queria. Não era verdade, não era. Eu estava em modo automático. Corria desesperada até a casa de Louis. Esperava chegar lá e ve-lo me esperando. Ele me acalmaria e falaria que aquilo não passou de um mal entendido, uma alussinação. Eu realmente esperava por isso. Eu estava sem forças e sem ar, mais mesmo assim não parei de correr. Louis não morava muito longe. Em poucos minutos chegaria lá e o veria. Eu o abraçaria com todas as minhas forças e diria o quanto amo ele. Sim, é isso que eu faria. Eu não enchergava nada ao meu redor. Cheguei a trombar com algumas pessoas durante o caminho, mais não ligava, não naquele momento. Tudo o que eu queria era ver o Louis vivo.
Quando finalmente chego à porta da casa dele, começo a tocar a campainha repetidas vezes. Impaciente começo a bater fortemente na porta, à espera que alguém fosse me atender. Meu coração batia forte, muito forte. Eu estava o escutando. Escuto a tranca da parte de dentro fazer barulho. Alguém abrirá a porta. Me afasto um pouco. A porta finalmente é aberta, revelando senhora Jean em pedaços. Encaro-a por um tempo. Ela tinha o olhar vazio. Seus olhos castanhos estavam inchados e vermelhos. Sua expressão era de dor. Volto a realidade e adentro na casa, ignorando qualquer coisa. Subo as escadas freneticamente, indo até o andar de cima. O primeiro quarto à direita era o de Louis. Sem hesitar, abro a porta dele com toda a minha força. Encontro o quarto vazio.
Olho para todos os cantos dali, esperando encontrar o garoto. Isso não aconteceu. Esperava que ele estivesse escondido. Adentro em seu quarto com cuidado, e vou até seu guarda roupas. Abro o mesmo. Ele estava vazio. Louis não estava escondido, Louis estava morto. Isso foi um choque. Me afasto bruscamente de seu guarda roupas com as mãos tampando a minha boca, impedindo-me de gritar. Uma dor que nunca senti antes invade meu corpo com tudo. Como doia. Uma fraqueza me invade. Impotência. Louis, o meu amor Louis está morto, e eu não consegui impedir isso. Ajoelho-me. Eu não estava suportando o peso do meu corpo. Eu tremia como nunca uma crise me fez tremer. Começaram a descer pelo meu rosto lágrimas de tristeza. De desespero. Como eu deixei isso acontecer? Porque eu não impedi? Porque eu não consegui salva-lo, assim como ele me salvou? Solto um grito. Era um grito de angústia. De dor. Estava doendo muito, muito, muito. Eu me sentia em pedaços, como eu nunca me senti antes.
Sinto alguém me abraçar. Meu pai. Tudo se passava em câmera lenta. Eu não conseguia me mexer. Doia muito. Meu Deus, como isso pôde acontecer? Aonde eu errei? O que eu fiz de errado? Porque eu não consegui com que ele ficasse aqui? Eu preciso dele. Eu preciso de seu abraço, das suas risadas, dos seus conselhos, das suas piadas sem graça. Eu preciso dele. Abraço meu pai de volta, com toda a força que restava em mim. Contra seu peito, solto um grito angustiante de se ouvir. A dor me dominava. Eu fui fraca em não conseguir salva-lo. Eu fui fraca de não consegui fazer fica-lo.
── Pai, ta doendo pai ── falo angustiada ── Ta doendo muito, tira essa dor de mim, porfavor ── enterro minha cabeça na curva de seu pescoço, fechando meus olhos. Lágrimas molhavam a gola de sua camisa social. Eu não ligava. Ele não ligava ── Eu imploro, tira isso de mim ── despedaço-me em seu ombro como uma criança. Eu só queria parar de sentir aquilo. Sinto outros braços me rodearem por trás, era Jean. Ela tinha sua cabeça escorada em minhas costas. Ela também chorava como uma criança. Essa dor, ela também sentia. Todos nós sentiá-mos, só que de maneira diferente.
Levanto minha cabeça até a porta de saída do quarto de Louis. Por um breve momento, eu o vi parado ali. Ele nos olhava. Olhava eu, meu pai e sua mãe abraçados compartilhando a mesma dor. Ele também chorava. Porém ele tinha um sorriso enorme em seu rosto. Um dos sorrisos mais lindos dele. Um dos sorrisos em que ele só dava quando estava comigo. Pisco meus olhos e ele some. Permito-me voltar a chorar. Ele realmente se foi, e eu não poderia fazer nada. Louis está morto. O amor da minha vida está morto. Sinto meu pai me abraçar mais forte, já eu vou enfraquecendo aos poucos em seu braço. Eu me sentia impotente. Eu me sentia sozinha novamente. Eu nenhum mundo eu poderia imaginar Louis morto. O meu amor morto. Ele se foi sem saber o quanto eu o amo, e eu vou me culpar por isso o resto de minha vida.
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𖥻01. eu não sei o que falar, eu só espero que se você leu até aqui, você esteja bem.