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Esta história se passa dentro de um único cômodo.

É um cômodo espaçoso, todo branco e bastante arejado. Uma porta de vidro que cobre toda uma parede está sempre aberta, dando para uma pequena sacada segura com uma tela de proteção. Muitas plantas rodeiam o lugar, e é fácil se sentir acolhido nesse cômodo. No lado esquerdo tem um colchão no chão. Os lençóis eram tão brancos quanto as fronhas dos travesseiros e o edredom, arrumados de forma charmosa na cama. Ao lado da cama tinha um toca disco antigo e alguns cabos que podiam ser conectados a um notebook que ficava fechado em cima dele, além de alguns livros espalhados pelo chão.

Na parede oposta ao colchão tinha uma estante alta de madeiras claras, abarrotada de livros que se empilhavam para que coubessem na estante. Eram tantos que até mesmo na parte de cima dela tinham livros. Perto da estante tinha uma pequena mesa redonda de vidro, que nunca tinha lugar certo para se estar. Na maioria das terças-feiras ela ficava na sacada, acomodando algum livro e uma xícara de chá.

Logo na entrada do cômodo tinha uma pequena cozinha. Era simples, com uma geladeira pequena e um fogão embutido, e todos os seus armários eram de madeira clara, além de uma máquina daquelas que lava e seca bem encaixada na madeira planejada. Se você abrisse os armários veria apenas uma xícara e dois pratos, todos brancos e brilhantes, além de um jogo de panelas amarelas. A única divisão entre a cozinha e o restante do cômodo era uma pequena bancada com banquetas em estilo retrô. Ela tinha uma travessa de café da manhã, onde eram guardados sempre duas caixinhas de chá, um de casca de maçã e canela e o outro de melissa, uma chaleirinha pequena de fazer chá e torradas. Além de um porta incenso que sempre queimava um incenso de erva doce.

Ao lado da cozinha, o banheiro estava cheio de plantas que não gostavam muito de claridade. A pia em estilo clássico também tinha um porta incenso, a única diferença é que apenas incensos de cravo eram queimados naquele lugar, geralmente quando a banheira de cerâmica era usada, com muitas bolhas e óleos relaxantes.

O único armário de roupas naquele lugar era um pequeno armário antigo de duas portas, todo de madeira pintado de branco.

O piso daquele lugar calmo também era de madeira, mas uma madeira escura e bem envernizada, dando um contraste em toda a branquitude daquele lugar.

O único tom escuro naquele apartamento era o lustroso gato preto, com olhos amarelados e muito gordo. Seu nome era White, e era a única companhia do ser solitário que vivia naquele lugar.

Harry Edward Styles. 

a room with a blue viewOnde histórias criam vida. Descubra agora