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- D-desculpe eu não gosto de sair.

Harry suspirou. Era agora, provavelmente, que eles teriam A conversa. Aquela conversa em que ele teria que dizer que definitivamente não iria sair daquele quarto, nem daquele prédio. Que ele fez uma concessão para o seu avô, porquê ele era muito querido para si, além de o ajudar muito e o caos completo foi instaurado na sua vida quando ele pensou que teria que ir as compras. Foi uma surpresa Louis aparecer na sua porta, uma surpresa boa demais para durar muito tempo. E agora provavelmente ia acabar, já que ninguém ficaria com uma pessoa que nunca sai de casa.

Louis, entretanto, já tinha previsto isso. Ele sabia da condição de Harry, e já tinha bolado milhares de planos na sua cabeça para sair com o cacheado. 

- Nem se a gente não sair do prédio e não ver ninguém? - Tornou a perguntar, percebendo o quanto Harry tinha ficado amuado com a pergunta. Não era bem o seu plano inicial, mas ele vinha planejando chamar o Harry para sair a tantos dias que planejou várias formas e meios de conseguir isso.

Ele atribuia a culpa disso a Harry, já que ele ficava acordado até tarde pensando nele antes de dormir. Como pode esse garoto não sair da minha cabeça?

Ainda amuadinho, o cacheado olhou para ele por baixo dos seus cílios compridos.

- Me escuta antes de negar. Não sei se você já foi, mas esse prédio tem um terraço bem bacana, e ele pode ser alugado. Eu estava pensando em irmos ver as estrelas juntos, comer uma comida diferente da rotina e conversar. Você não precisaria sair. Nem ver ninguém. Bem, ninguém além de mim.

Harry sente uma vontade grande de chorar. Ele não queria ser estranho, mas seus olhos encheram de lágrimas com o discurso de Louis. Foi tão... cuidadoso. O coração dele estava apertado, e sentimentos nunca sentidos estavam borbulhando na sua barriga.

- E-eu acho que pode ser... - Ele responde ainda inseguro, com a garganta enrolada.

Louis vê a cara de choro de Harry, e não consegue evitar de - lentamente - levantar sua mão na direção do cacheado, encostando levemente na bochecha dele. Harry para de respirar por um segundo, sentindo a barriga borbulhar com várias borboletas, para então deitar levemente sua cabeça contra a mão do médico.

Eles se olham por alguns instantes, em silêncio. Seus rostos se aproximam um pouquinho, e Louis olha para os lábios de Harry. O cacheado engole seco, e não pode evitar de olhar para os lábios de Louis também. 

Eles se aproximam mais, e Louis finalmente fala algo:

- Se você não se afastar de mim agora, eu vou te beijar.

Ele sussura, e Harry fecha os olhinhos, suspirando. Ele não fala nada, nem se afasta, e aquela oportunidade não seria desperdiçada por Louis. 

O médico termina a distância entre os dois, encostando levemente sua boca na de Harry. 

Tudo começa com um beijo tímido, sem línguas, e Harry parece derreter nos braços de Louis, que logo o trazem mais para perto e pressiona seu corpo contra o dele.

Ambos se arrepiam, nunca sentindo algo como aquilo. Parecia duas galáxias se trombando, e explodindo. O coração do cacheado estava tão acelerado que ele tinha medo que o próprio Louis escutasse. Era bom. Não havia nenhum pânico nem ansiedade, parecia simplesmente o certo. Certo para ambos.

Louis precisou se controlar muito para não aprofundar o beijo e assustar o mais novo, e se afastou um pouco depois de passarem um tempo ali. Ofegante, ele pousou sua testa na do outro, e suspirou fundo, puxando o escritor para os seus braços. 

- Eu acho que eu gosto de você, Harry Styles.

Com o coração a mil, o cacheado esfregou seu rosto no peito de Louis. Ele precisou de alguns segundos para digerir o que Louis tinha dito, e então começou a chorar.

Em desespero, Louis segurou novamente o rosto choroso de Harry, tentando consolá-lo com palavras doces. Tão doces que o coração já derretido de Harry se desfez por completo. Ainda em lágrimas, ele responde:

- Eu também acho que gosto de você.

...

Depois do choro, Louis e Harry se embolaram em um abraço carinhoso na cama do cacheado. Em sussurros, ambos conversaram sobre seus sentimentos. Como começou, o que cada um gostava um do outro, e mais palavras doces demais para serem descritas. Louis carinhosamente fazia carinho em Harry, que estava com os olhos e o nariz vermelhinho por conta do choro - o que para Louis era uma gracinha. 

Eles passaram o resto da manhã de manha na cama, murmurando palavras carinhosas um para o outro, com um beijinho aqui e ali de vez em quando (é claro que Louis acabou levantando para escovar os dentes, afinal, não queria ficar beijando Harry com bafo). 

Louis só foi embora pouco antes do meio dia, pois precisava cuidar do seu avô. A despedida foi melosa, já que depois da "declaração", o médico não estava nem um pouco afim de se separar do cacheado. 

Ele só se foi quando, depois de muito repetir, Harry afirmou que o veria no final daquele dia, no terraço. 



Oi pessoaaal, o que acharam do capítulo? Esperavam um lovezinho como foi? Hahahaha - só passando para lembrar que eu NÃO DROPEI ESSA OBRA, eu só demoro mesmo para escrever.

Espero que tenham gostado, e até a próxima!

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⏰ Última atualização: Mar 19 ⏰

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