Decisão Dolorosa

Capítulo 12

Quando a chuva acabou eu e Deidara prosseguimos com a missão.

Demorou muito mais do que esperávamos. Mas o pássaro de argila de Deidara fez uma viagem mais rápida para que completássemos nosso objetivo.

Trocamos o pergaminho sem alguma complicação e estávamos prontos para voltar ao esconderijo.

Deidara: Podemos ir comprar suas roupas agora... — falou me ajudando a subir em seu pássaro.

S/n: Sim...

Deidara: Se bem que eu prefiro você sem elas...

Seu olhar era divertido, mas carregava malícia.

Dei um tapinha em seu peito, mas não consegui conter o riso.

S/n: Vamos logo, Deidara...

Deidara: Às suas ordens...

Nós seguimos até a loja mais próxima e eu comprei... tá, eu roubei... mas não importa.
Roubei tudo o que precisava com a ajuda de Deidara. Como eram muitas sacolas ele me ajudou a carregá-las.

Chegamos no esconderijo e não tinha ninguém, exceto Kakuzu na sala contando dinheiro de uma maleta.

Nós tínhamos que ir direto para a sala do Pain, mas antes eu e Deidara fomos deixar as minhas "comprinhas" no meu quarto.

Seguimos para o escritório do Pain e batemos na porta antes que ele nos permitisse entrar.

Pain: Deidara, S/n... — falou sério como sempre, enquanto andávamos para sentar à sua frente.

Pain: Essa missão era muito simples.

Deidara tirou o novo pergaminho de dentro do seu manto e colocou sobre a mesa de Pain, na frente dele.

Pain: Demorou mais do que o necessário. — olhava para nós dois com desdém. — Não acham?!

Deidara: Ah. Sim. Houve um imprevisto... tivemos que parar no meio do caminho por causa de uma tempest-

Pain: Não são pagos para transar no meio das missões. — interrompeu, colocando suas mãos com dedos entrelaçados em cima da mesa. — São?! — sua voz era firme e intimidadora.

Meu rosto ardia em chamas, enquanto Deidara ainda estava com a boca entreaberta sem saber o que falar.

Deidara: Nós não- — Pain ergueu uma sobrancelha e voltou o seu olhar para mim.

S/n: Não aconteceu nada... — completei timidamente, sem ao menos conseguir olhar para Pain.

Ficamos em silêncio por uns instantes, ao mesmo tempo em que Pain analisava nossos rostos um tanto quanto inexpressivos.

Pain: Continua sem roupas por debaixo desse manto, S/n?!

Um formigamento percorreu meu corpo inteiro. Eu poderia desmaiar de vergonha.

Deidara: O quê?! — sua fala foi rápida e surpresa.

S/n: Isso não soou muito bem. — lancei um olhar esbravejado para Pain. — E o que você tem a ver com isso, Pain?!

Ambos continuavam olhando para mim. Deidara sem entender coisa alguma e Pain indiferente.

Pain: Nada. — disse simplesmente. — A vida pessoal de vocês não me interessa. Contanto que não interfiram no progresso das missões.

Deidara: Houve um imprevisto. Uma tempestade.

S/n: E se aconteceu ou não aconteceu algo, não importa. Porque trouxemos o que você pediu. — apontei para o pergaminho.