29. Apaixonada

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Meredith Pov.

Eu entro em casa e o Nathan me espera na cozinha.

-Ei, Nathan...

-Eu sei, você não gostou da surpresa não é? Desculpa Mer, eu só quis fazer algo, pois imaginei que você chegaria cansada, afinal é uma longa viagem. Eu cozinhei para você e preparei um banho relaxante, fiz na melhor das intenções, juro.

-Eu agradeço de coração você ter feito tudo isso.

-Mas...

Ele me interrompe e se aproxima mais de mim no balcão da cozinha, ele tá todo sem jeito e com o semblante triste, droga, eu não tenho coragem de mandá-lo embora assim.

-É...você sabe que eu não sou muito fã de surpresas.

-Eu sei desculpa, olha, eu posso ir embora, você come e aproveita sua noite para descansar, depois conversamos.

-Não precisa, você fez tudo isso, então vamos jantar, eu estou com fome mesmo. 

Ele abre um sorriso enorme assim que eu termino de falar, e eu só penso que vou ter que iniciar uma conversa séria sobre nós dois e nem sei por onde começar.

-Senta lá, eu vou servir você, só falta aquecer um pouco mais o risoto.

Ele diz gentilmente e beija minha testa, eu saio rápido da cozinha e sento a mesa posta na sala de jantar.
Alguns minutos depois ele volta e nos serve com um risoto que ele sempre faz pra mim e um bom vinho.

-Muito bom Nathan.

-Obrigado, quer ajuda?

-Não, se eu tivesse que cortar algo aí seria um problema.

-O que houve com sua mão?

-É, eu escorreguei, você sabe né, eu sou um desastre e ainda com neve, perigo triplicado, mas não foi nada grave. 

-Que bom! E fora isso, como foi a conferência?

Ele pergunta e me olha enquanto toma um gole do vinho.

-Foi excelente, a melhor conferência que eu já participei na vida. E por aqui como estão as coisas?

Mudo logo de assunto antes que ele pergunte algo relacionado ao Andrew, eu estou muito desconfortável para falar sobre ele agora.

-Por aqui não tivemos nenhuma surpresa, tudo está igual, só que sem você tudo é bem mais sem graça sabe.

Ele fala e pega em minha mão por cima da mesa, eu engulo a seco e dou um sorriso torto, logo retiro minha mão da dele e tento mudar de assunto, sei que ele percebeu, mas ele não fala nada.

-Eu fiquei alguns dias com a Cristina na casa dela.

-E como ela está?

-Muito bem, continua sendo Cristina Yang.

Eu falo e nós dois rimos, não sei como iniciar a conversa, acho que vou deixar para outro momento, preciso pensar melhor em como conversar com ele. Eu conto um pouco mais sobre a viagem e terminamos o jantar. Ele faz questão de lavar a louça e já que eu estou com a mão machucada acabo deixando. 

-Desculpa me aproveitar de você, mas será que você pode levar minha mala lá pra cima antes de você ir?

Ele termina com a louça e se aproxima de mim que estou encostada no balcão da cozinha, ele coloca as duas mãos no balcão e me prende entre eles.

-Eu preciso mesmo ir?

Ele pergunta olhando para os meus olhos e minha boca.

-Nathan...

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