48. Momentos

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"O amor é uma questão de escolhas. É uma questão de tirar os venenos e as adagas da frente e criar o seu próprio final feliz"

Meredith Grey


Meredith Pov.


Casamos! É isso mesmo. Eu casei pela segunda, e espero que última vez. Bom, na verdade com toda certeza será a última vez, se um dia eu me separar do Andrew, eu não caso nunca mais. Peraí, eu acabei de casar e estou pensando em separação? Que horror.

Eu nunca fui muito adepta a casamentos, com Derek também foi rápido, simples e direto. Nós também estávamos envolvidos no processo de adoção da Zola e já tínhamos casado no post it, que pra gente já valia muito, mas precisamos formalizar e eu não me arrependo disso.
Derek e eu nos amávamos, e mesmo com altos e baixos como em toda relação, nós tivemos uma vida maravilhosa juntos. Eu aprendi a acertar, a errar, e não foi nada fácil lidar com a sua perda. Mas após muita luta e terapia, hoje eu consigo enxergar que tenho e devo escrever uma nova história, e eu decidi fazer isso com Andrew, que é o homem mais incrível e perfeito que eu poderia ter encontrado, na minha opinião acho que ele talvez seja o último dessa terra e eu fui a sorteada pelo universo.

Andrew me faz feliz todos os dias, até quando me irrita ele contorna a situação me fazendo sorrir em algum momento com as suas gracinhas.
É inacreditável o quanto esse italiano convencido me deixa com as pernas bambas, o coração acelerado e a barriga cheia de borboletas todas as vezes que me abraça e me beija. É muito bom sentir isso de novo e todos os dias.

Nós entramos de mãos dadas no elevador para sairmos do cartório. É muito evidente que estamos com um sorriso enorme no rosto, Andrew então deve estar até com dor na bochecha.

-Então agora quer dizer que você é meu marido?

-Eu sou, quem diria não é?

-Pois é.

Ele beija meu rosto e o meu dedo com a aliança. Eu optei usar por hoje, ele sabe que eu não gosto de anéis e ele também não se importa com essas coisas, nossos sentimentos são muito bem resolvidos e anel nenhum influencia nisso. Mas como é o anel da mãe dele, eu acho que vou tentar usá-lo por uns dias, eu quero vê-lo feliz, e vai que eu me acostume.

O elevador abre e nós saímos em direção ao nosso carro.

-Certo, eu sei que nós não tivemos um casamento daqueles cheios de coisas e...

-Você queria?

Eu pergunto e ele vira o olhar para mim.

-Não Mer, o que importa é que você tá aqui comigo, aliás essas festas dão um super trabalho, são caras e as pessoas ainda falam mal depois.

-Eu concordo com você, mas por um momento achei que você era do tipo tradicional que sonhava em se casar em um castelo italiano, cheio de rituais e todas aquelas coisas, com uma noiva jovem e virgem em um vestido branco.

Ele semicerra os olhos e cruza os braços. Nós ainda estamos parados no estacionamento dentro do carro. É curioso como a gente sempre perde a noção do tempo e lugar quando estamos conversando.

-Nossa, você pensa isso de mim? Eu não sou nada tradicional, parece que eu nasci no século dezenove.

Ele ri e me puxa para um selinho.

-Eu tô brincando.

-Eu sei, eu não iria me opor a ter um casamento tradicional desde que a noiva fosse você, isso é a única coisa que importa.

Depois do Fim (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora