17. Bom Dia

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Meredith Pov.

Acordo com uma dor de cabeça terrível e o peso da ressaca me invade sem pedir licença.
Abro meus olhos e vejo que ainda estou abraçada com o Andrew do mesmo jeito que peguei no sono, respiro fundo e sinto o seu cheiro, que saudade eu estava de dormir assim com ele.

Estou deitada com minha cabeça entre seu ombro e seu pescoço. Minhas pernas estão por cima das pernas dele, ele dormiu segurando com uma mão a beira da camisa que eu visto e a outra ele descansa em minha perna, acho que a coisa mais difícil vai ser sair daqui.
Andrew dorme pesado, mas respira calmo e suave, minha mão sobe e desce em cima do seu peito acompanhando sua respiração.

Fecho os olhos e me lembro exatamente de tudo que aconteceu ontem, eu não estava tão bêbada quanto pensei, acho que o tanto de água que ele me fez beber e a comida fizeram o porre passar mais rápido.

Ainda sinto vestígios em meu corpo do beijo incrível que nós demos e do quanto eu queria que ele me despisse e me tomasse para si ali mesmo no sofá, mas é claro que ele não faria isso comigo estando bêbada. Andrew é correto e perfeito demais para essas coisas, e isso só me faz ver o quanto estou perdendo por ter ele aqui perto de mim e não conseguir dar um passo para trás, e desfazer toda essa bagunça que é estarmos longe um do outro.

Eu disse a ele que ainda estava apaixonada, eu não devia ter dito isso, não sem ter certeza absoluta do que eu quero. Andrew já sofreu muito por conta da sua doença, eu não quero envolvê-lo novamente nas minhas indecisões e lutas internas.

Um breve arrependimento toma conta de mim, eu sei que o Andrew ainda mexe muito comigo, mas não acho que eu consiga ter um relacionamento como antes, pelo menos não agora, eu me machuquei muito e decidi me fechar para suprimir todos os meus sentimentos em relação a ele, por isso tudo é tão difícil, eu preciso pensar, eu preciso me decidir.

Eu levanto minha cabeça para olhar para ele, admiro as sardas de seu rosto e imediatamente um sorriso se apodera de mim, ele é tão bonito e sereno dormindo.

-Ei, bom dia.

Ele acorda de repente e eu me assusto.

-Bom, bom dia Andrew, desculpa acordar você.

Eu digo e saio do seu ombro.

-Eu não estava mais dormindo, senti você me encarando...ai, ai...

-Que houve?

Ele senta na cama e mexe os braços com cara de dor.

-Não sinto meu braço direito.

Ele diz isso rindo e murmurando de dor ao mesmo tempo.

-Caramba, deixa eu ajudar... desculpa, a culpa é minha, eu dormi no seu braço a noite toda.

Eu sento na cama com as pernas dobradas para trás e fico bem próxima fazendo uma massagem em seu braço.
A blusa dele que estou vestindo levanta um pouco quando sento e minha calcinha fica a mostra, ele olha rapidamente e disfarça olhando depois para o lado, chega a ser engraçado ver ele tão nervoso assim.

-Está passando?

Eu pergunto, mas ele ainda evita olhar para mim. Andrew pega o travesseiro e coloca em cima de sua perna para esconder o volume de sua excitação. Confesso que não deveria ficar feliz em vê-lo envergonhado por estar excitado, mas de certa forma eu gosto de saber que ainda causo esse efeito nele, e com certeza ele também causa em mim, só eu sei o quanto estou me segurando para não pular em cima dele agora.

-Sim, passou, obrigado.

Ele responde e respira fundo como se estivesse tentando se concentrar.

-Você não devia ter me deixado dormir no seu braço a noite toda...

Depois do Fim (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora