19. Como assim ótimo?

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Andrew Pov.
Três dias depois

Hoje é o dia da nossa viagem à Suiça, desde aquela noite em que Meredith apareceu na minha porta e se declarou para mim eu não consigo parar de pensar nisso. De certa forma eu sabia que ela sentia algo, ela me beijou no elevador e nesse dia ela estava sóbria só para constar. Eu sinto a tensão que fica entre nós dois naquele Hospital, e então agora ouvir de sua própria boca que ela ainda é apaixonada por mim só me motivou mais ainda a querer lutar por ela.

Não nos vimos nesses três dias, mas sei que ela pediu folga para ficar com as crianças. Ontem eu fui vê-los o que me deixou aliviado, pois achei que ela estava me odiando tanto a ponto de não me deixar visitá-los, ela só abriu a porta para mim, me cumprimentou e eu fiquei sozinho com eles.

Chego no aeroporto uma hora antes do horário do embarque, aproveito e passo em uma lojinha para comprar uns chocolates para viagem e uma caixa de brownies que eu sei que a Meredith gosta.

Estou em pé na fila de embarque e olho para trás várias vezes, Meredith não costuma se atrasar. Faço uma ligação para ela, e logo a sinto atrás de mim com o telefone tocando.

-Cheguei - ela diz desligando o celular.

-Oi, desculpe ligar, o embarque começou algum tempo e eu fiquei preocupado de você perder o voo.

-Bom, obrigada pela preocupação. Olha só a fila andou.

Ela aponta para fila e eu sou o próximo, eu entro e sento na minha poltrona que é na mesma fileira que a dela.
Após uns minutos ela chega e senta, eu fico olhando para ela de soslaio sem que ela perceba.
Ela coloca o cinto e o verifica várias vezes, respira fundo e fecha os olhos com a cabeça encostada na poltrona.
Um homem senta ao lado dela, e logo vejo ele se apresentar muito sorridente, ele puxa conversa com ela que responde educadamente.

Tivemos um atraso de quarenta minutos para decolar por conta da documentação de alguns passageiros, nesse tempo eles nos servem algumas bebidas, que por sinal eu não aceito.
Eu ouço o cara ao lado dela que não para de falar, sinto que ela está incomodada com isso, assim como eu estou, o cara não para de se vangloriar e falar que é muito rico, então me atrevo a pedir para ele trocar de lugar comigo.

-Oi, com licença senhor.

-Pois não - ele responde.

-Você se importaria de trocar de lugar comigo? Nós estamos em uma viagem a trabalho sabe, ela é minha chefe e eu preciso que ela me ajude com algumas dúvidas de uns casos cirúrgicos.

-Você também é médico?

-Sim, não tão bom quando ela, então você se importa?

-Não, tudo bem - ele me responde e se volta para ela - Muito prazer doutora, esse é meu contato caso queria beber algo ou jantar nos melhores restaurantes da Suíça é só me ligar.

Eu reviro meus olhos e forço um sorriso para ele.

-Dúvidas de que cirurgia? Não sabia que íamos operar.

Ela fala com sarcasmo quando eu me sento ao seu lado.

-Situações extremas exigem medidas extremas.

Eu digo e ela sorri finalmente.

-Situações extremas? Ele só estava puxando conversa.

-Uma conversa muito chata, eu salvei você Doutora admita isso?

-Talvez eu estivesse gostando da conversa...

-Duvido, a cada dez palavras onze era ele se gabando, você odeia isso. Por um minuto achei que ele ia mostrar a conta bancária para você.

Depois do Fim (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora