Capítulo 9

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Pov Dakota

Jamie havia me abraçado por muito tempo e eu não queria que ele me largasse. Nunca.

Quando vi o resultado eu me senti horrível. Eu não queria estar grávida aos 22 anos sem nem ao menos estar namorando. E quando me imaginei contando a Jamie sobre a gravidez foi a coisa mais apavorante que aconteceu. Meu amigo havia programado toda a situação pra que eu me divertisse, não para que no fim eu engravidasse.

Como eu pude ser tão ingênua ao ponto de não confirmar se Victor estava sempre com proteção?

A merda daquela bebida afetou o meu juízo e agora tudo o que sonhei simplesmente desmoronou. Pavor e decepção são as únicas coisas que me rondam.

— O que eu vou fazer da minha vida? — Pergunto a Jamie depois de um tempo.

Ele se afasta para me encarar. Seu olhar triste faz meu coração doer.

— O que você quer fazer?

— Eu não sei. Tenho opções, mas não quero fazer nada drástico. — Ele assentiu sabendo que eu nunca seria capaz de abortar uma criança.

— O que você decidir saiba que estarei ao seu lado. No entanto eu acho que você deveria falar com Victor sobre isso. Você não fez a criança sozinha.

De certa forma me sinto aliviada. Achei que assim que meu amigo descobrisse que eu estava grávida do cara que ele detesta me acusaria de várias coisas e me abandonaria. Todavia eu deveria saber que sua raiva em relação a Victor não era maior que nossa amizade.

— Estou com medo. Como eu vou contar isso aos meus pais? Eles vão ficar decepcionados comigo. — As lágrimas voltaram aos meus olhos.

Eu nem pensei em usar pílula já que na minha mente eu não iria pra cama de alguém tão cedo, então não havia a menor necessidade de ficar me medicando.

— Eu duvido que eles fiquem decepcionados. — Ele beija a minha testa. — Se me permite um conselho, eu acho que você deveria resolver as coisas com Victor primeiro e depois contar aos seus pais sobre a criança. Pelo menos você já vai ter uma noção do que fazer.

— Obrigada. — Digo com a voz embargada. — Muito obrigada pelo apoio, não sabe o quanto te ter aqui me faz bem.

— Não se esqueça, somos almas gêmeas. — A última frase saiu embargada.

Levantei para olhar o seu rosto e encontrei aquele sorriso falso em que ele vinha se escondendo durante semanas. Meu estômago embrulhou de nervoso.

Se eu achei que as coisas entre nós poderiam voltar ao normal, eu estava completamente enganada.

...

Três dias haviam se passado eu ainda não tinha comentado com os meus pais sobre nada do que estava acontecendo. Eu estava tentando a todo custo esconder meus enjôos matinais e minha aversão por algumas comidas.

Tinha passado todos esses dias pensando em como contar para Victor que eu teria um filho ou filha dele.

Ele havia me dado o seu número para voltar a entrar em contato, mas não tinha certeza de que ele realmente queria que eu ligasse. Ele não morava na mesma cidade que a gente. Ao que tudo indica ficava a duas horas daqui, no entanto eu não poderia mais esperar. Eu tinha resolver essa situação de uma vez por todas e não dava mais para adiar. Meu melhor amigo estava certo, eu precisava saber o que faria da minha vida de agora em diante.

Por isso liguei para Victor e disse que queria encontrá-lo. No telefone ele pareceu empolgado com o nosso encontro. Provavelmente achando que teria mais sexo da minha parte, o que não era o caso. Marcamos de nos encontrar amanhã. Eu estava nervosa e sem saber como abordar o assunto. Também estava apavorada com a sua reação.

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