Capítulo 17

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Pov Jamie

Eu nem sei ao certo o quem vim fazer aqui, mas eu precisava de espaço e silêncio para poder pensar. Aqui é um lugar tranquilo e lindo para ver. É um morro que dá pra ver a cidade inteira, dá pra vir de carro.

Eu estou um pouco confuso e não querendo falar com ninguém, só quero ficar quieto no meu canto. No meu apartamento meu irmão está com sua namorada e eu nada de quero que eles saibam como estou me sentindo. Tenho tentando demonstrar determinação e força por fora, mas estou com medo de foder com tudo.

Dakota é a minha melhor amiga. Aquela que sempre esteve ao meu lado desde que me lembro. Somos unha e carne, a metade da laranja um do outro. Nos completamos de uma maneira que eu nunca fui capaz de entender e muito menos de analisar a fundo. Ela está insegura comigo e eu também estou. Não é nada legal ser rejeitado. Particularmente não estou acostumado com isso, mesmo que pareça um pouco prepotente da minha parte.

Eu quero tanto aquela mulher que chega a doer. Nunca quis ninguém assim e tenho medo de no fim estragar as coisas. Esse tipo de insegurança eu não posso demonstrar pra ela, por isso vim pra cá. Necessito disso para colocar meus pensamentos em ordem. Preciso ter paciência com ela, no entanto as vezes é complicado pra mim.

Fico observando a cidade durante um tempo enquanto planejo o que fazer de agora em diante. O brilho da cidade e a calmaria também acalmam a minha mente. O vento da noite e o friozinho me fazem um bem danado.

Depois de mais um tempo decido ir pra casa, pois amanhã é dia de trabalho.

...

Toco o meu lábio lembrando pela milionésima vez dos beijos que trocamos. Minha mente não consegue esquecer e meu corpo também não.

Eu não sabia que tocar e beijar Dakota poderia ser tão viciante. Alguém deveria ter me avisado com antecedência, pois assim eu teria me preparado para a avalanche de desejo que ela seria capaz de me causar. Quero mais de seus beijos desesperadamente.

Passei a porra da noite sonhando com ela e tive que me masturbar no banheiro para controlar um pouco desse fogo. Minha vontade é invadir seu apartamento, pegar ela no colo, jogar na cama e foder loucamente até perder as forças. Estou parecendo um neandertal de tão louco que estou. Minha sorte ou dela é que nesses último dois dias não nos vimos, se não eu não sei se seria capaz de me controlar.

— No que está pensando, mano? — Olho pra cima encontrando o olhar de Luke.

— Em nada. — Ele arqueia a sobrancelha como se estivesse me questionando.

— Não conversamos muito nos últimos dias. Você está bem? Como está lidando com a mudança da Dakota?

Ele se senta na cadeira em frente a minha mesa no escritório.

— Está tudo bem. Agora ela voltou a morar perto, então estou feliz. Ela parece bem, então está tudo certo. — Ele assente.

— Mas e você, como anda esse coração? Eu sei que não tem sido fácil pra você. — Rio sem humor.

— Na verdade, as coisas estão sendo mais fáceis do que pensei que seria. — Não vou em hipótese alguma admitir ao meu irmão que estou igual adolescente na puberdade.

Ele me olha com curiosidade.

— Eu achei que seria mais complicado lidar com esse situação, mas tenho conseguido levar e Dakota também.

— Então você está pretendendo assumir o bebê? — Ele pergunta na lata.

E pra ser sincero sua pergunta me pegou de surpresa, o que não deveria acontecer, já que se estou tão determinado a conquistar Dakota, assumir a criança deveria ter sido a primeira coisa a passar pela minha cabeça. Só que não foi.

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