Bianca mascava um chiclete enquanto observava as pessoas transitarem pelo Hills, o bar que trabalhava durante o dia a alguns meses. Ela conseguiu esse emprego graças a um cara que ela conheceu em uma das boates que já tocou, que depois ela descobriu ser o dono do bar, sendo assim, Gabriel Miras, o cara que conheceu, salvou sua vida. Desde que decidira sair da casa de seus pais em São Paulo e viver por si própria, ela tem arrumado maneiras de se sustentar. Por sorte sua "carreira" como DJ estava dando certo e começando a dar frutos. E o trabalho no bar era uma ajuda a mais para pagar suas contas, tanto as de casa quanto as que sua Kombi lhe traz.
Bianca é completamente apaixonada por seu carro. Era de seu avô e ele lhe deixou como herança 1 semana antes de falecer. Ela sempre fora apaixonada por aquela Kombi, foi nela que aprendeu a dirigir e foi nela também que deu seu primeiro beijo, com uma antiga colega de escola em um passeio que fizera com seus pais. Bianca está reformando-a aos poucos, mas precisa de mais dinheiro para comprar outras peças mais caras.
No geral, sua vida parecia finalmente estar entrando nos eixos.
- Bianca? - Foi despertada de seus pensamentos ao ouvir uma voz mais do que conhecida. Isabella, sua colega de trabalho e noiva de Miras. - Pode me ajudar a conferir o estoque de cerveja?
- Claro. - Sorridente Bianca salta do banco onde estava sentada e caminha em direção a Isa. - Vamos lá.
As duas seguiram conversando até o depósito na parte de trás do bar. Bianca contava e Isa anotava quantas tinham. O celular da paulista começou a vibrar no bolso de trás da calça jeans, ela terminou rapidamente de contar as caixas de cerveja para verificar logo quem estava lhe chamando.
- E... Pronto. Obrigada, Bibi.
- Disponha. - Sorriu para a baixinha, que acenou e saiu do depósito. Bianca rapidamente pegou o celular no bolso de trás de sua calça e desbloqueou a tela, mas suspirou desapontada ao ver o nome de Maria.
Venturex: Oi, trouxa. Pode me dizer onde está a chave da sua casa?
Bianca revirou os olhos saindo do depósito enquanto digitava a resposta.
Por que eu faria isso mesmo?
Venturex: Anda logo! É caso de vida ou morte.
Não esconda drogas na minha casa!
Venturex: Já achei a chave, imprestável.
Venturex: Aliás, da próxima vez, vê se esconde em um lugar mais difícil.
Vai se foder.
Venturex: Também te amo, ah, peguei o saco de balas que estava em cima da sua cama. Eu amo essas balas.
Não acredito nisso!!!! SÃO MINHAS FAVORITAS
Venturex: Eu sei (:
Vadia!
Venturex: Obrigada. Até mais.
Bianca apenas bufou fechando a conversa com Maria, mas antes que saísse do aplicativo, pôde ver uma mensagem nova não lida. "Como eu não ouvi ela chegar", se perguntou confusa.
Maria Eduarda: Bom dia, pessoa-que-gosta-do-meu-chá-e-eu-não-sei-o-nome.
Ela não pôde segurar a risada. Duda tinha senso de humor, ela apreciava isso. E também porque a garota não tinha lhe bloqueado achando que era algum pervertido.
Só agora que vi sua mensagem. Estava uma barulheira aqui no trabalho.
Maria Eduarda: Uh! Oi, eu achei que tivesse acontecido alguma coisa. Você demorou a visualizar.
Hmm, estava esperando minha mensagem?
Maria Eduarda: Não.
Maria Eduarda: É que sou muito curiosa.
O sorriso não saia do rosto de Bianca, como podia reagir daquela forma conversando com uma garota que só sabia o nome e a idade?
Eu percebi
Maria Eduarda: E então...
O que?
Maria Eduarda: Seu nome. Não vai me dizer?
Por que eu diria?
Maria Eduarda: Bem... Talvez porque você conseguiu o meu número sei lá como e agora eu estou conversando com um desconhecido, ou desconhecida (?)
Maria Eduarda: É o suficiente para você?
Você tem um ponto.
E é desconhecidA.
Bem, não tanto assim. Você fala comigo no café.
Maria Eduarda: Sério? Então me diz seu nome, talvez eu lembre de você.
Ainda não...
Maria Eduarda: Isso é injusto! Você sabe meu nome, onde eu trabalho e tem meu número.
Maria Eduarda: Espera... Você não é uma daquelas stalkers esquisitas que perseguem as pessoas por onde elas andam e depois sequestram e torturam, né?
Wow! Parece que alguém anda assistindo muitos filmes.
Maria Eduarda: Na verdade documentários. Sabe? Investigação Discovery, são um vício.
Uh! Eu te entendo. Sou viciada nesse canal também.
Ah, só para esclarecer. Eu não sou uma stalker assassina.
Até porque se eu fosse eu não falaria à você.
- Nossa, Bianca, realmente. Você é ótima em puxar assunto.
Maria Eduarda: Obrigada por ter me deixado mais tranquila. Realmente.
Hahaha! Perdão, não quis te assustar.
- Me vê uma cerveja, por favor? - Bianca desviou o olhar de seu celular e olhou em direção ao balcão, onde um rapaz loiro estava inclinado pedindo uma bebida a ela.
Olha eu tenho que ir. Podemos nos falar mais tarde?
Maria Eduarda: Só se você disser seu nome.
Você é insistente, huh?
Tudo bem... Me chame de Bia (:
Maria Eduarda: Belo nome
Obrigada.
Maria Eduarda: Até mais tarde, Bia.
Até, Maria Eduarda...
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Secrets Of A Heart - Versão Duanca
Fiksi PenggemarBianca nunca foi fã de chá, na verdade ela odiava. Mas tudo isso mudou em uma manhã de domingo quando ela decidiu entrar em uma cafeteria no caminho para sua casa. Ela adorou o ambiente, a comida, o chá e principalmente a doce garçonete que lhe serv...