07: Pôr do sol

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Christine

— Você está linda. — Larry me deu um selinho. — Espero que goste do dia de hoje.

— Vou amar desde que eu esteja com você. — Ele sorriu.

Entramos no carro e ele deu a partida. Larry insistiu em manter em segredo para onde íamos então não insisti.

Seguimos viagem por alguns minutos e ele permanecia calado, oque era diferente do habitual já que ele gostava de conversar comigo sobre diversas coisas.

— Você está bem? — Perguntei.

— Sim, claro querida. Eu só... — Ele se calou. — Não é nada.

Havia claramente algo o incomodando, mas ele não quis ou não teve coragem para falar.

Resolvi ficar quieta e esperar. O dia estava quente e bonito, senti a brisa entrar pela janela e respirei fundo. Será uma ótima tarde e tenho certeza que aproveitarei.

— Dormiu bem? — Puxou assunto.

— Sim e você? — Menti.

— Eu dormiria melhor se estivesse com você.

— Seu desejo é uma ordem, podemos dormir juntos.

Nós rimos. Larry me deixava mais leve com sua presença e perto dele todos os dias pareciam ensolarados. Nossos momentos juntos sempre eram mais descontraídos.

— Estamos quase chegando. — Ele procurou uma vaga para estacionar.

— Larry eu não trouxe roupa de banho. — Puxei de leve um cacho de seu cabelo. — Deveria ter me avisado.

— Relaxe, não viemos para nadar.

Saímos do carro e ele pegou no banco de trás duas cestas. — Você nem notou não foi?

Ele trancou o carro e me ofereceu uma das cestas, a menor.

— Vamos? — Demos as mãos, cada um com uma cesta.

— Hoje ela não vai estar tão cheia, tem um local perfeito para ver o pôr do sol. Temos algumas horas antes então dá para aproveitar.

— Você é incrível! — Eu sorri.

Caminhamos por alguns minutos vendo apenas alguns banhistas e outros correndo na praia.

— Aqui. — Paramos numa parte mais afastada, ele forrou o chão e nos sentamos. — Sei que você não gosta de muita movimentação então acho que vai gostar daqui.

Eu não pude evitar, me lancei sobre ele e o beijei intensamente.

— Você é um anjo. — Um sorriso doce surgiu em seus lábios. — É uma pena, a água parece tão boa e não vamos poder entrar.

— Eu não sabia que você ia querer, também não queria dizer para não estragar a surpresa.

— Está tudo bem, eu amei a surpresa.

Larry pensou por algum tempo e então tirou a blusa.

— O que tá fazendo?

— Indo pra água. — Ele riu. — Um banho não vai nos matar, não tem ninguém aqui.

— Eu não vou ficar nua seu doido e nem você. — O repreendi.

— Não vamos. — Ele me deu um sorriso travesso. — Mas eu gostaria.

— Larry!

— Você não vai? O sol está quente e nos secamos rapidinho quando voltar.

Eu pensei, um banho não faria mal. Não acho que alguém iria aparecer exatamente agora.

Meu Pesadelo (Concluida)Onde histórias criam vida. Descubra agora