Jeffrey
— Nossa que visita inesperada... — Não deixei nem o desgraçado terminar de falar, soquei sua boca com vontade.
— E sinta-se feliz por ser só um soco, poderia ser um tiro em sua cara.
— Você ta ficando louco? Porra! — Spencer cobriu a boca com a mão.
— Quem começou foi você e você sabia que quando te visse cara a cara ia descontar. — Eu dei de ombros.
— Eu deveria te mandar pro inferno. Tá ciente de que eu poderia mandar te matar? Você sairia daqui em um saco de lixo.
— Eu tenho cara de quem tá com medo? — Debochei.
Vim preparado pra descontar a raiva que passei, basta ele revidar.
— Vou procurar outra forma de lhe ferrar. — O idiota riu.
— Se você chegar perto dela eu juro que...
— Não assim seu bastardo, para de esquentar o cu com rola fina. — Ele se jogou na poltrona.
— Depravado.
— Essa eu vou deixar passar. — Ele massageou o rosto. — Se acertou com ela?
— Isso te interessa por que?
— Por que quando você tá de mal humor por causa dela você fode meus negócios e se isso continuar acontecendo eu vou ser obrigado a te jogar num barril com ácido e eu não quero. — Eu franzi a testa. — Por enquanto.
— Ok... vou me vigiar pra isso não acontecer mais.
Spencer juntou as mãos em sinal de reza como quem agradece uma benção.
— Mas você tinha que esperar justo por mim?
— Digamos que pra certos assuntos eu acho que você se encaixa melhor. — Eu ergui a sobrancelha.
— Não me ponha seus pepinos pra resolver.
— Deixa de ser chato homem, quero que você tome a frente de algumas coisas pra me aliviar do trabalho e por que eu confio em você.
— Você tem noção do que tá falando? Eu acabei de te ameaçar de morte. – Nesse momento estou desconfiado, Spencer sempre me deu regalias mesmo eu pisando na bola, mas isso já é demais.
— Eu não posso me dar ao luxo de confiar em qualquer um e você é cabeça dura, mas nunca tentou me passar a perna e sempre cumpriu seus deveres. Apesar de você esta comigo a poucos anos, o pessoal tem receio de te peitar por que você é filho da puta. — Ele riu. — É burro e mal humorado, mas eu gosto de você. É só eu não mexer com a sua mulher e tá tudo certo, não é?
"Ele quer me elogiar ou me ofender?"
— Tá bem, pra que você precisa de mim?
— Vou me ausentar por um período, questões familiares. Junto o útil ao agradável e tiro umas "férias".
Spencer nunca deixou claro quem eram seus parentes, nunca falou muito sobre isso então eu acredito que eles não sejam tão próximos.
— Desde quando pessoas como você tiram férias?
— Eu também sou filho de Deus!
"Eu só quero ir pra casa."
— Tanto faz, eu faço qualquer coisa pra você me deixar em paz.
Não é bem do meu feitio fazer o que os outros me pedem tão facilmente, mas sinto que devo algo a Spencer por todo galho que ele me quebrou. Não é totalmente por culpa dele que eu briguei com Christine. Depois de tanta conversa, o doutor palestrinha finalmente me deixou ir embora. Eu saí apressadamente antes que ele mudasse de ideia. Já não era tão cedo, talvez Christine estivesse dormindo. Sem pressa, aproveitando a noite eu vaguei, optando pelo trajeto mais longo e quando cheguei em casa, Christine estava na sala deitada no sofá.
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Meu Pesadelo (Concluida)
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