reencontrando o amor

Capítulo 9 - Destino

Capítulo 9 - Destino

Anda. Enquanto o dia acorda a gente ama
To pronto pra te ouvir aqui na cama
Te espero vamos rir de todo mundo
Nesse quarto tão profundo

Para. Repara, tente ver a tua cara
Contemple esse momento é coisa rara
Uma emoção assim só se compara
À tudo que nós já passamos juntos

Preciso tanto aproveitar você
Olhar teus olhos, beijar tua boca
Ouvir palavras de um futuro bom...

                                                     (Jota Quest)

De repente um barulho ensurdecedor, Mel demorou a perceber onde estava. O hotel ainda parecia estranho. O barulho continuava e só então ela viu que era o alarme do celular. Pegou-o rapidamente  e desligou, olhou as horas, sete e meia. Ela tinha que estar no escritório as nove. Caiu pra trás na cama. Estava suada, arfando. Acabava de ter tido um sonho erótico. - “O que esta acontecendo comigo” - Desde adolescente ela não sonhava assim de forma tão real. Ainda era capaz de sentir o cheiro de Théo. – “Meus Deus eu estou perdida”- pensou ela.

Apesar de ter namorado com Lucas durante quatro anos ela nunca tinha tido um sonho erótico antes. Ela nunca tinha tido nem um orgasmo antes. E a primeira vez que isso acontece é em um sonho com o filho do seu chefe. “Eu estou ficando louca mesmo” – Mel pensou.

Forçou-se a levantar e tomar um banho gelado. O encontro entre eles seria inevitável, pois teriam varias reuniões. Começou á planejar seu dia. - “Vou me sentar depois de todos, assim posso ficar longe dele, em um ponto que não seja um alvo fácil demais para seus olhares, quer dizer para os meus olhares” – “Como vou olhar para ele depois desse sonho?” - Ela ainda sentia a língua dele a beijando e mordendo. O cheiro dele no seu pescoço. As mãos dele no seu corpo. “Banho, banho, água gelada, agora Melissa Vaz” – Ela pensou e correu pra o banho.

Uma hora depois eu estava entrando no escritório, não quis comer, ficou com medo de passar mal, estava nervosa, ansiosa e principalmente excitada demais para comer. “Depois das reuniões eu como alguma coisa. Vai ser melhor” -  Pegou um copo de café da máquina na copa e já foi direto para a sua sala.

“Ficar longe de Theodoro Melissa, longe é só isso. Nada difícil afinal de contas ele não gosta de você. Ele não gosta de você e só suporta a sua presença por causa do pai dele. È isso mesmo. Ele não gosta de você. Vou pegar os relatórios e repassar tudo até a hora da reunião”. Mel pensou tentando convencer a si mesma daquilo que ela já sabia não ser verdade. Nunca, em momento algum ela planejou ser atraída por Théo. O problema era que apesar de tudo, de não querer, das traições antigas e principalmente apesar de ter jurado pra si mesma que nunca mais entregaria seu coração, ela estava envolvida demais. Muito mais do que queria admitir pra si mesma.

__ Mel – Ela ouve a voz enquanto caminhava para sua sala. Para com tudo, suas pernas ficaram bambas e suas mãos se esqueceram de sua serventia. A parada foi tão abrupta que ela derrubou o copo de café que estava em sua mão.

__ Meus Deus... Mel me desculpa não queria assustar você!

__ Ah, eh, bem, você não me assustou – aquela cena era ridícula, Melissa você não conseguiu se controlar. Ele atravessou o hall do escritório com uma expressão assustada no rosto. E continuava  pedindo desculpa. O nervosismo era tanto que ela desatou a rir. Essa era uma válvula de escape que se acionava sozinha. Desde pequena todas as vezes que se encontrava em alguma situação muito embaraçosa ou muito tensa vinha essa reação.

__ Desculpa... Por quê? Eu que sou uma estabanada. – Quando ela olha nos olhos dele ele também começa a rir. Por sorte ela não tinha se sujado muito. Respingou um pouco de café na roupa. O problema mesmo era seus pés. Estavam encharcados do liquido melado de açúcar.