reencontrando o amor

Capítulo 14 - Resolução

Capítulo 14 – Resolução

Naquele instante
Em que o dia cai
E o sol finge brilhar
Pra noite
Todos os pássaros
Buscam um canto pra sonhar
E todo desejo é maior, hum!...
Quer me torturar, hein?
O que mais eu quero
É saber se me quer ou não
O que desejar, tem
O mais sincero
Tudo em mim é você
Veja bem, hum!...
Naquele instante
Em que o dia cai
E o sol finge brilhar
Pra noite
Tudo é tão raro
Quanto é inviável
Ter que se achar na vida
Amando só.

                                     (Djavan)

Théo

Ai caralho... caí da cama. Acordei assustado e frustrado, estava todo enroscado nos lençóis da cama. Quando percebi eu estava no chão. Puta que pariu eu sonhei com Melissa e que sonho foi aquele. Era muito real.

Essa mulher deve ter parte com demônio. Eu nunca havia ficado assim por mulher nenhuma. Tatiana foi a mulher que eu fiquei por mais tempo. Embora com ela era diferente. Dávamos-nos bem na cama. Ela era uma submissa perfeita eu sempre gostei de domina-la. Fora da cama era um inferno, ela sempre com suas futilidades, preocupada em manter as aparências e mostrar seu status social. Eu nunca vi Tatiana sem um salto nos pés o que era realmente um incomodo. Nunca podia caminhar com ela. Se bem que até conversar com ela era complicado, nunca tinha assunto. Tatiana terminou o colégio e não quis ir pra faculdade, dizia que ler era chato e que não sabia como eu aguentava estudar tanto. Nossos pais eram amigos há décadas então namorar Tatiana era natural. Nunca imaginei que Tatiana pudesse me trair da maneira sórdida como ela fez. Muitas vezes vinham-me falar que tinham visto ela com um ou com outro, mas eu nunca acreditei. Sempre achei que era gente querendo fazer intriga, até que ha um mês eu cheguei de viagem de surpresa e a peguei com o porteiro do prédio na cama dela.

Foi estranho ver outro cara fodendo ela. Ela estava de quatro e ele batia na bunda dela. Sempre achei que amava Tatiana, mas naquele momento percebi que na verdade só estava acostumado a ficar com ela. Arranquei o cara de cima dela e o joguei no chão, bati tanto nele que seu rosto ficou irreconhecível, sou bem maior que ele então esse foi um serviço fácil pra mim.

Batia nele olhando para ela. Minha vontade era matar aquela vaca. Mas eu sabia que não poderia e tinha que extravasar a minha raiva de alguma forma, por Deus eu parei antes de matar aquele filho da puta. Eu nunca fui um cara violento, ao contrário, sempre procurei ficar longe de brigas, mas naquele momento eu colocava pra fora todas as feras que viviam dentro de mim.

Depois de soltar o infeliz e deixa-lo caído no chão eu me virei pra ela que chorava copiosamente em um canto do quarto e a adverti:

__ Tatiana, não cruze o meu caminho nunca mais. Vou mandar trazerem as suas coisas que estão no meu apartamento. Espero nunca mais ter que olhar nessa sua cara de vadia.

__ Théo. – Ela tentou argumentar comigo, mas não havia nada que eu quisesse ouvir, então virei as costas e sai daquele lugar o mais rápido possível.

Durante duas semanas eu fiquei sem paradeiro. Estava acostumado a ficar com a vagabunda, era assim que meus amigos passaram a se referir a ela. Marcos o meu amigo mais próximo me deu muita força, arrumou vários programas pra nós irmos e muitas garotas para nos divertir. Quando fui para o México a primeira vez a pedido do meu pai eu nem me lembrava mais de Tatiana. Ela era coisa passada. E foi ai que ela começou a me ligar e encher o meu saco.

Théo por favor me perdoe... Minha vida sem você não faz sentindo e blá blá blá. Eu ainda estava com muita raiva, mas não era só dela, era mais raiva de mim mesmo por ter aguentado aquela situação por tanto tempo. Resolvi não atender mais nenhuma ligação e nem ler as mensagens, nem os emails dela.

Quando eu voltei da viagem do México no domingo a noite ela estava parada em frente ao meu prédio. Ela sabia que eu detestava escândalos então se posicionou de maneira que eu teria que ouvi-la de qualquer forma. Para evitar um escândalo maior eu a segurei pelo braço e sai empurrando-a até o elevador, ela provocou a fera em mim e iria descobrir de uma vez por todas que com Theodoro Rhumell não se brinca.