Capítulo 17 – Revelações
Em casa, sozinha, sem você
eu ligo a televisão
E bebo o vinho de uma vez
Suas fotos que eu fiz
De lado, as paredes falam
Sorriem ás vezes, e ás vezes me calam
Do jeito que estou aqui eu nunca fiquei.Eu nunca deixei meus sentimentos mostrarem quem eu sou
Eu sempre tentei ser forte e não falar do meu amor
Mas hoje eu bebi, e vivo essa dor
Pro inferno que fui, o orgulho acabou
Sem parar, esta noite eu vou chorar.Podia até estudar, ouvir uma canção
Amanhã de manhã ia me machucar como as lembranças farão
Quem sabe ao ler uma carta de amor já velha
Eu pense que as coisas não estão tão sérias
Do jeito que estou aqui eu nunca fiquei.(Tânia Mara)
Mel guardou o celular no bolso falso de sua saia. Depois começou a andar de um lado para o outro.
“Calma Melissa, calma. Ficar nervosa não resolve... pensa... eu tenho que dar uma desculpa pra levar o Théo para hotel sem levantar suspeita... O que eu vou falar. Dor de cabeça? Não isso é muito batido. Menstruação nem pensar, nunca eu iria conseguir falar isso com aquele nojento olhando pra mim. Então o quê? Febre... Isso... febre é bom, digo que me sinto indisposta e que preciso ir para o hotel porque estou febril, assim conseguirei conversar com o Théo em particular”.
Mel saiu do banheiro decidida a seguir seu plano, mas quando chegou à mesa que ocupava com Théo e Juarez não tinha mais ninguém lá. Seu coração acelerou e ela começou a ficar com muito, muito medo. Logo sentiu uma mão segurando em seu braço.
__ Vamos doçura, seu amiguinho esta esperando por você.
__ O que? Como assim? Onde está Theodoro? O que você fez com ele?
__ Muitas perguntas. Muitas perguntas para uma tica que não falava nada. Vamos.
Ao saírem pela porta do restaurante Mel viu o carro de Juarez com outro homem no banco do motorista. Aproximaram-se e Juarez abriu a porta de trás. Empurrou Melissa que caiu em cima do colo de Théo.
__ Calma. – Théo sussurrou no ouvido de Mel – Vai ficar tudo bem eu prometo.
Mel apenas olhou para ele, não precisava dizer nada, naquele olhar ela transmitiu mais sentimentos do que se usasse palavras. O medo era palpável, mas a sensação de impotência e de incerteza do que poderia acontecer era enorme.
O motorista colocou o carro em movimento e eles passaram por várias ruas. Rodaram cerca de uma hora e meia no carro, até chegarem a uma casa em um bairro residencial. Como era a primeira vez que ia ao México Mel não sabia que lugar era aquele. O Carro foi estacionado e os homens que estavam na frente desceram. Depois abriram as portas e Juarez puxou Melissa para fora. Théo fez menção de descer do carro, mas imediatamente recebeu uma pancada na cabeça e desmaiou.
__ Não! Ele não fez nada, por que você fez isso com ele? – Mel falava entre lágrimas.
__ Desculpe senhorita, mas ele não precisa ver mais nada a partir de agora.
Mel não entendeu nada, mas resolveu se calar. Em momentos de desespero falar nunca era uma opção válida para Mel. Ela mergulhou em um transe interno. O mesmo que ela viveu em alguns momentos difíceis em sua vida. As coisas se passavam diante dos olhos, porém em câmera lenta. Ela não pensava em nada. Era tudo um grande vazio.
__ Vamos Rob trás ele que a boneca aqui é comigo. – Falou Juarez.
Ele pegou no braço de Melissa e saiu puxando ela para dentro da casa. Ao abrir a porta da sala Mel sentiu um cheiro forte de mofo. Aquela casa não deveria ser usada ha muito tempo. Mel foi colocada no sofá, suas mãos e seus pés foram amarrados e sua boca foi amordaçada. Em seguida Théo foi jogado no sofá ao lado dela.
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reencontrando o amor
RomanceAtenção livro não indicado para menores de 18 anos. Contém cenas de sexo heterossexual. Melissa Vaz sempre foi uma pessoa lutadora e apaixonada pela vida. Muito tímida conheceu a pessoa que julgava ser o homem da sua vida e dedicou-se ao relaciona...