Capítulo 41 - Desespero

422 40 4
                                    

Voltei meus queridos!

E sem mais demoras vamos ao capítulo que estão todos ansiosos...

Espero que gostem!!!

Beijos

Capítulo 41 – Desespero

Eu perco o chão
Eu não acho as palavras
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala
Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim

Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos
Eu estou ao meio
Onde será
Que você está agora?

Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos
Eu estou ao meio
Onde será
Que você está agora?

(Adriana Calcanhoto)

Mel

Acordo e já é noite. O carro está parado. Tento me mexer. Minhas pernas doem. A barriga esta meio dura, não chega a doer, mas incomoda um pouco. Coloco minhas mãos sobre ela e acaricio como Théo havia feito durante o voo. Movimentos circulares. Aos poucos ela vai voltando ao normal. Com certeza o que o médico disse sobre o estresse é verdade. Tenho estado muito tensa e isso pode prejudicar o meu bebê. Cada vez que me lembro dele meu coração aquece.

Espero que seja um menino lindo como o meu noivo. Ai, essa é outra parte que me deixa mais feliz. Théo é tudo e muito mais que eu poderia esperar em um homem. É integro e leal. Esteve comigo o tempo todo me dando apoio. Ainda não sei se eu mereço toda essa felicidade que estou vivendo o melhor momento da minha vida será quando me tornar esposa dele. Mal posso esperar por isso.

De repente sinto meu estômago roncar e lembro-me que já deveria estar em casa. A viagem de Montes Claros até a casa dos meus pais não é tão longa. Ajeito-me no assento traseiro do carro e confirmo o que já sabia, esta noite. Os seguranças não estão no carro e o entorno com certeza não é a cidade onde cresci. Parece uma estrada no meio do mato. Não existe nenhum sinal de vida aqui por perto. Meu coração começa acelerar no peito e um medo atroz recai sobre mim.

Levo minha mão para abrir a porta, mas ela esta trancada. Onde estão os seguranças que me acompanhavam?

Meu Deus me ajude. Eu estou em pânico e lagrimas já caem pelo meu rosto. Tento novamente abrir a porta, mas está trancada, então começo a gritar!

__ SOCORRO

__ ARTUR

__ DANIEL

__ ALGUEM ME AJUDA...

Só ouço o som da minha voz abafando-se dentro do carro, mais nada. Continuo gritando e pedindo socorro. Mas nada acontece.

Então percebo uma luz vinda em direção ao carro em que eu estou. Parece farol de carro em movimento. Então penso que é a minha chance de socorro. Começo a me balançar para fazer movimento no carro, enquanto grito cada vez mais alto, na tentativa de fazer com que alguém me veja.

O carro chega até bem perto do veiculo em que eu estou e para. Vejo a porta ser aberta e uma pessoa sair do lado do passageiro. Logo depois o mesmo acontece com o lado do motorista e então as duas pessoas se aproximam de onde estou. Com a claridade do farol em minha direção não consigo identificar nada além das duas silhuetas. Mas tenho certeza que é um casal. Um homem alto e uma mulher de estatura mediana. Mas algo no jeito de andar da mulher me parece familiar. Tem coisas que a gente nunca esquece, parece que fica marcado a ferro e fogo dentro da memória e aquele jeito de andar ficou registrado.

reencontrando o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora